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O artigo de hoje será para falarmos de espasmo muscular. Vamos abordar do que se trata, suas causas, tipos, sintomas e tratamento. Acompanhe até o final para saber tudo sobre o assunto!

espasmos musculares 1

O que é espasmo muscular?

Espasmo é a contração muscular involuntária, súbita, anormal e geralmente acompanhado de uma dor localizada e enrijecimento prolongado do músculo (espasmo tônico) ou uma série de contrações musculares involuntárias alternando com relaxamento (espasmo clônico).

 

Os espasmos dos músculos esqueléticos são mais frequentes e são muitas vezes devidos ao uso excessivo e à fadiga muscular, desidratação e anormalidades eletrolíticas.

Podemos definir os espasmos em tipos?

Normalmente, os tipos de espasmos vão ser definidos por quais músculos serão acometidos ou quanto tempo elas irão durar.

 

Veja alguns tipos mais comuns:

Cãibra

São contrações involuntárias dos músculos que costumam surgir após exercício físico intenso, refeições e até mesmo durante o sono. Apesar de a panturrilha ser um alvo preferencial do incômodo, as repuxadas podem atingir também abdômen, coxa, pés, mãos e até pescoço.

 

Existem duas explicações para o aparecimento das cãibras. Uma delas é que o ácido lático, substância produzida a partir da queima da glicose durante um esforço físico, se acumula em excesso e faz o músculo entrar em fadiga — a consequência disso são os espasmos.

 

A outra explicação está em um desequilíbrio de sais minerais. Se a atividade dura mais de uma hora ou é muito intensa, por exemplo, o suor faz o organismo eliminar bastante sódio e potássio. Só que essas moléculas ajudam a coordenar o trabalho das fibras musculares. Podemos dizer que o músculo fica descoordenado, contraindo demais sem relaxar em seguida. Aí vêm as fisgadas dolorosas.

 

Por que temos cãibras no meio da noite?

Se a cãibra é uma consequência do esforço muscular de determinadas regiões, porque ela aparece quando dormimos, e portanto, num momento de relaxamento? Isso acontece porque na hora do sono nosso corpo relaxa e faz um balanço de tudo o que gastou e repôs ao longo do dia e, quando há falta de algum nutriente, ele reage mesmo se estamos dormindo. 

 

Outra situação provável durante o sono é o relaxamento brusco do músculo contraído durante todo o dia. O corpo está reagindo ao que não apresenta equilíbrio ou sofreu o impacto do relaxamento brusco provocado pelo sono depois de um dia inteiro de contrações.

Qual a relação da cãibra com o esporte?

As cãibras estão associadas a uma série de condições não relacionadas com o esporte ou exercício. O suor e a diurese excessiva podem causar uma hiponatremia (queda do sódio sérico). Isso é importante porque o organismo começa a utilizar sódio dos músculos quando as suas principais fontes de glicogênio acabam. 

 

Quando isso acontece pode ocorrer uma hiperirritabilidade em algumas terminações nervosas que ficam hiperexitadas, provocando um estresse mecânico ao seu redor. Resultando em contrações espontâneas dos músculos, ou seja, nas cãibras.

 

Lembrando sempre que as deficiências de outros minerais como cálcio, magnésio e potássio também podem causar cãibras musculares e problemas neuromotores. A falta de condicionamento físico e a fadiga também podem ser responsáveis pelas cãibras. Uma prova disso é a sua maior frequência em atletas iniciantes, pouco preparados ou mal assessorados por um profissional da área.

Mioquimia das pálpebras

Quando as pálpebras tremem involuntariamente causam um grande desconforto para a pessoa, em especial porque esse sintoma pode durar alguns dias. 

 

O tremor na pálpebra se identifica pelos movimentos involuntários que ela realiza, são espasmos musculares que caracterizam o problema chamado mioquimia. O indivíduo não consegue controlar essa movimentação, por isso, causa muito incômodo.

 

Esses tremores acontecem porque o músculo palpebral, ou orbicular, provoca movimentos muito rápidos com intuito de aumentar a circulação sanguínea na região e também para dissipar o ácido lático. Trata-se de uma condição muito comum que pode acontecer com qualquer pessoa.

 

Geralmente essas movimentações involuntárias atingem somente um dos olhos e uma pálpebra, sendo a inferior a mais afetada. É incomum que o tremor ocorra nas duas pálpebras e nos dois olhos, embora não seja impossível acontecer.

Cólicas 

O significado da palavra cólica é de origem grega (kolikós) e se refere ao cólon, estrutura final do trato digestivo. Todavia, o termo se difundiu na linguagem médica como sinônimo de dor de característica espasmódica, relacionada à contração da musculatura lisa de vísceras abdominais ocas, que são órgãos com espaço interno (luz) revestido por mucosa e cuja função é promover a propulsão ou excreção de conteúdos sólidos, líquidos e/ou gasosos. São inervadas pelo nervo vago, do sistema parassimpático.

 

As cólicas podem acontecer no trato digestivo, esôfago, estômago, duodeno, jejuno, íleo, apêndice cecal, cólons, reto, vesícula biliar, ductos hepáticos, colédoco e ducto pancreático; no trato urinário, nos rins, ureteres, bexiga e uretra; e no aparelho reprodutor, no útero. 

 

Os espasmos dolorosos ou cólicas ocorrem devido à exacerbação das ondas de contração da musculatura lisa do órgão, normalmente por um empecilho mecânico à propulsão de tais ondas ou reflexo da irritação de sua mucosa. São mais conhecidas e frequentes as cólicas intestinais (diarreias infecciosas), biliares (pedra na vesícula), renais e ureterais (pedra no rim) e menstruais. As cólicas ureterais se destacam pela intensidade da dor.

Espasmos Coronarianos

Um espasmo coronário é um espasmo que repercute sobre os vasos sanguíneos do coração principalmente as artérias coronárias. Esse espasmos reduzem o tamanho das artérias causando uma irrigação imperfeita do miocárdio, podendo provocar sintomas de angina do peito. A angina do peito aparece quando a quantidade de oxigênio em uma área do coração apresenta defeito, e quando o espasmo coronário está envolvido, falamos de angina espástica.

 

A angina se traduz por um problema torácico ou uma dor causando a impressão de uma serração, localização na região cardíaca. A angina de Prinzmetal é uma angina espástica que se caracteriza principalmente pelo surgimento de diversas crises dolorosas violentas durante repouso, geralmente na segunda parte da noite que levar a perda da noção da intensidade da dor. Ele pode causar problemas de ritmo cardíaco. Devem ser realizados um eletrocardiograma e uma coronografia para sua investigação.

 

Causas

Os espasmos musculares podem ser provocados por diversas situações, tais como estresse físico ou emocional, sobrecarga muscular, má qualidade do sono, trauma súbito (pancadas), estiramento de músculos ou ligamentos, fratura ou estresse do osso, atividade física intensa, desidratação durante exercícios prolongados, gravidez, devido às alterações posturais e redução dos níveis de cálcio.

 

Alguns exemplos de espasmos musculares normais não associados a problemas de saúde incluem a ejaculação e todos os espasmos associados ao orgasmo (ocorrendo na musculatura pélvica e abdominal), espasmos musculares noturnos (mioclonia), associados ao período de sono profundo REM em que acontecem os sonhos, o espasmo do diafragma que causa soluços e espasmos oculares, relacionados a um aumento de pressão nos olhos quando estes estão cansados após uso prolongado em leitura ou uso de aparelhos eletrônicos.

 

Outras possíveis causas para os espasmos musculares incluem alteração nas concentrações de minerais que atuam diretamente na contração muscular, como cálcio, magnésio, sódio e potássio, abuso de bebidas alcoólicas, hipoglicemia (baixos níveis de açúcar no sangue), falta de vitaminas B1, B5 e B6, diuréticos e medicamentos para controlar hipertensão arterial.

 

A ansiedade e o estresse parecem ser causadores de grande parte das desregulações de estímulos nervosos que causam espasmos. O espasmo cricofaringeal, que ocorre na garganta, pode causar grande desconforto e durar longos períodos e acontece mais frequentemente em pessoas que relatam estar sob grande estresse emocional. 

 

Choques elétricos ou descompressão pulmonar indevida durante mergulhos podem causar espasmos violentos conhecidos como convulsões. Estes espasmos são sistêmicos e podem causar intensa salivação, relaxamento da musculatura da bexiga (liberando a urina), perda da capacidade de se manter de pé e parada respiratória. 

 

Pessoas epilépticas sofrem convulsões de maneira constante e precisam tomar medicação para controlar estes espasmos. A disfonia espasmódica é caracterizada pelo espasmo das cordas vocais, interrompendo ou afetando o timbre da voz. Apesar de não possuir causa conhecida, sabe-se que estresse psicológico, uso excessivo da voz e lesões na laringe causadas por infecções respiratórias ou acidentes aumentam o risco de sua ocorrência. Seu tratamento inclui sessões de fonoaudiologia e uso de toxina botulínica na musculatura afetada.

 

Resumindo, as causas mais comuns e menos graves de contração muscular espasmódica incluem:

 

  • Exercício
  • Estresse e ansiedade
  • Cafeína e outros estimulantes
  • Deficiências nutricionais
  • Tabagismo
  • Irritação das pálpebras ou superfície do olho
  • Resposta a fármacos, tais como corticosteroides, estimulantes e estrógeno.

 

Muitas vezes, os espasmos causados por esses fatores ocorrem nas pálpebras, como falamos anteriormente, ou polegares. Essa situação é bastante comum e os sintomas geralmente desaparecem depois de um ou dois dias.

 

Há também causas menos comuns e mais graves de contração muscular. Algumas destas condições incluem:

 

  • Distrofia muscular
  • Doença de Lou Gehrig
  • Atrofia muscular espinhal
  • Síndrome (doença autoimune que afeta os nervos) de Isaac
  • Qualquer trauma para um nervo que conduz a um músculo
  • Perda de massa muscular ou fraqueza.

E quais os fatores de risco?

Como vimos nas causas, nem sempre o espasmo muscular está associado a uma doença. Dessa forma, todos podem passar por tal situação em algum momento da vida, afinal, como vimos, um espasmo é uma resposta de proteção do corpo. 

 

Ainda assim, vale destacar algumas situações que podem vir a favorecer o seu aparecimento:

 

  • Atividades físicas intensas, em especial sem acompanhamento
  • Pessoas sedentárias
  • Má alimentação
  • Estresse e Ansiedade
  • Medicamentos
  • Ficar muito tempo na mesma posição
  • Alcoolismo
  • Tabagismo
  • Hipotireoidismo ou hipertireoidismo
  • Insuficiência renal
  • Doenças cardiocirculatórias
  • Alterações hormonais
  • Diabetes

Principais sintomas dos espasmos musculares

O próprio espasmo muscular em si já é um sintoma. Apesar de alguns casos aparecerem acompanhados de dor — que pode ser leve ou intensa —, a maioria das pessoas apenas sentem o músculo tremer ou palpitar, como é o caso da mioquimia de pálpebra, que já falamos anteriormente.

 

A musculatura lisa é controlada pelos nervos do sistema nervoso autônomo. As divisões simpática e parassimpática atuam sobre a atividade da musculatura lisa dos órgãos digestivos  e excretores. Por conseguinte, o tecido muscular liso também pode ser estimulado a funcionar pela distensão da parede do órgão. 

 

É o que acontece, por exemplo, quando o bolo alimentar está passando pelo tubo digestivo. A distensão causada pelo aumento na parede intestinal provoca uma resposta de contração na musculatura lisa dessa parede. Como resultado, gera-se uma onda de peristaltismo, que impulsiona o alimento “para frente”.

 

Já do outro lado, temos a musculatura estriada, que na maior parte das vezes, fica sob controle voluntário. Ramos nervosos se encaminham para o tecido muscular e se ramificam, atingindo células musculares individuais ou grupos delas. 

 

Cada ponto de junção entre uma terminação nervosa e a membrana plasmática da célula muscular corresponde a uma sinapse. Essa junção é conhecida pelo nome de placa motora. O impulso nervoso propaga-se pelo neurônio e atinge a placa motora. A membrana da célula muscular recebe o estímulo. Gera-se uma corrente elétrica que se propaga por essa membrana, atinge o citoplasma e desencadeia o mecanismo de contração muscular.

Circuito Músculo-Cérebro

Os nervos estão conectados e comunicam seus sinais através de sinapses. O movimento de um músculo envolve duas vias nervosas complexas: a via nervosa sensitiva até o cérebro e a via nervosa motora até o músculo. Esse circuito é composto por doze etapas básicas, as quais são indicadas a seguir:

 

  1. Os receptores sensitivos da pele detectam as sensações e transmitem um sinal ao cérebro.
  2. O sinal é transmitido ao longo de um nervo sensitivo até a medula espinhal.
  3. Uma sinapse na medula espinhal conecta o nervo sensitivo a um nervo da medula espinhal.
  4. O nervo cruza para o lado oposto da medula espinhal.
  5. O sinal é transmitido e ascende pela medula espinhal.
  6. Uma sinapse no tálamo conecta a medula espinhal às fibras nervosas que transmitem o sinal até o córtex sensitivo.
  7. O córtex sensitivo detecta o sinal e faz com que o córtex motor gere um sinal de movimento.
  8. O nervo que transmite o sinal cruza para o outro lado, na base do cérebro.
  9. O sinal é transmitido para baixo pela medula espinhal.
  10. Uma sinapse conecta a medula espinhal a um nervo motor.
  11. O sinal prossegue ao longo do nervo motor.
  12. O sinal atinge a placa motora, onde ele estimula o movimento muscular.

 

Outras condições 

Espasticidade

Segundo o Ministério da Saúde,  a espasticidade é um distúrbio motor caracterizado pelo aumento do tônus muscular, dependente da velocidade, associado à exacerbação do reflexo miotático .As principais causas de espasticidade são acidente vascular cerebral, traumatismo cranioencefálico e traumatismo raquimedular em adultos e paralisia cerebral em crianças. 

 

Está associada com redução da capacidade funcional, limitação da amplitude do movimento articular, desencadeamento de dor, aumento do gasto energético metabólico e prejuízo nas tarefas diárias, como alimentação, locomoção, transferências (mobilidade) e cuidados de higiene.

 

Pode causar contraturas, rigidez, luxações e deformidades articulares. Por outro lado, o aumento do tônus muscular pode contribuir para estabilização articular, melhora postural, facilitação das trocas de decúbito e transferências. Portanto, é uma situação clínica a ser modulada e não completamente eliminada.

Distonia

Distonia é um tipo de movimento involuntário que pode ocorrer em qualquer região do corpo de maneira localizada (focal) ou mesmo generalizada e se caracteriza por uma contração de músculos agonistas (favoráveis ao movimento) e antagonistas (desfavoráveis ao movimento) simultaneamente. 

 

Em geral, esta contração involuntária em desarmonia dos músculos provoca posturas anormais do segmento do corpo envolvido (cabeça, mão, tronco ou pé) e está frequentemente associada à dor.

 

Tipos de distonia

Uma das maneiras de se classificar uma distonia diz respeito ao segmento no corpo onde ela ocorre. Assim, existem as distonias focais que acometem um único segmento, por exemplo, a mão, o pescoço ou o pé.

 

Existem também as distonias segmentares, que comprometem dois segmentos corporais contíguos, por exemplo, mão e antebraço ou cabeça e pescoço. Em seguida, existem as distonias multifocais que comprometem dois segmentos não contíguos como pescoço e mão. Finalmente, a distonia generalizada atinge os membros inferiores e mais um segmento corporal.

 

Enquanto as distonias focais são mais comuns no adulto, por exemplo, a distonia cervical e a câimbra do escrivão, as distonias generalizadas são mais comuns na criança e adolescente. Todavia, neste grupo, as distonias são frequentemente de natureza genética (relacionadas a mutações de genes conhecidos como gene DYT1). No adulto, as distonias focais são em sua grande maioria esporádicas (sem causa genética).

Causas

As causas mais comuns de distonias são as causas genéticas, em crianças e adolescentes, enquanto nos adultos normalmente ela é esporádica (e focal). O gene que está mais frequentemente relacionado às causas genéticas é o DYT1, mas existem outros como DYT4, DYT5, DYT6 que também são causas conhecidas de distonias ou distonias-plus (aquelas onde ocorre a distonia mais outra manifestação neurológica, por exemplo, parkinsonismo, como na distonia associada à mutação no gene DYT5.

 

Vale a pena nos lembrar que as distonias também podem ser adquiridas, no contexto de doenças cerebrovasculares, ou podem ser de origem metabólica, por exemplo, na doença de Wilson, em que o metabolismo do cobre está alterado e a impregnação deste elemento no cérebro pode provocar distonia (ou parkinsonismo).

 

Causas menos comuns seriam aquelas relacionadas a outras doenças genéticas nas quais a distonia é apenas um dentre os múltiplos outros sinais e sintomas encontrados. Por exemplo, diversas doenças neurodegenerativas raras podem cursar com distonia: ataxias espinocerebelares, neurodegeneração por acúmulo de ferro cerebral e parkinsonismos atípicos.

Fatores de risco

O principal fator de risco para distonia está presente nas formas hereditárias, nas quais o gene com mutação poderá ser transmitido para outras gerações. Isto é particularmente importante nas formas autossômicas dominantes e em casamentos consanguíneos. Os portadores da mutação terão maior chance de manifestar distonia que indivíduos sem o gene com mutação. A chance dependerá de diversos fatores como tipo de herança e penetrância do gene.

Sintomas de Distonia

Os sintomas mais comuns de uma distonia são:

  • Aumento do tônus muscular (hipertonia) que se manifesta por segmentos do corpo acometidos mais endurecidos e aumentados
  • Dor
  • Posturas anormais, por exemplo, com o pescoço desviado.

 

Sintomas menos comuns como tremor também podem ocorrer em alguns tipos de distonia, em particular, na distonia cervical, a forma mais comum de distonia do adulto.

A distonia pode ter inúmeras causas. O diagnóstico depende do tripé: história, exame físico e exames complementares. 

 

Nesta situação, mais do que nunca, uma anamnese bem colhida com informações sobre instalação da doença, local de acometimento, duração, história familiar, medicações em uso, etc serão essenciais. O exame físico geral, mas sobretudo um bom exame neurológico ajudarão no raciocínio diagnóstico e na escolha dos exames complementares, que poderão ir de simples exames de sangue a exames mais complexos de neuroimagem ou testes genéticos, nem sempre disponíveis comercialmente.

 

O acompanhamento será clínico e monitorado com exames complementares, conforme a causa da distonia.

Tratamento de Distonia

  • Para as distonias focais o tratamento de escolha, no Brasil e no mundo, é a toxina botulínica tipo A, injetada nos músculos-alvo por profissional treinado, normalmente um neurologista ou fisiatra.
  • Crianças ou adolescentes com distonias generalizadas ou presente nos membros inferiores recebem levodopa para que possamos afastar uma condição conhecida por distonia dopa-responsiva, de causa genética e que responde de maneira espetacular a doses baixas de levodopa. Entretanto, esta doença é rara e a maioria dos testes com levodopa resulta negativa.
  • Relaxantes musculares, benzodiazepínicos e anticolinérgicos podem ser utilizados tanto em formas generalizadas como naquelas focais. Obviamente, se existe um substrato conhecido para a distonia, por exemplo, um acidente vascular cerebral ou um defeito metabólico qualquer, deve-se, além de tratar a distonia, corrigir/tratar o problema de base.
  • Finalmente, existem cirurgias disponíveis para distonia, sendo a estimulação cerebral profunda a técnica mais utilizada atualmente. Neste caso, são introduzidos eletrodos (1 ou 2) no cérebro do indivíduo, por onde passarão corrente elétrica (indolor e imperceptível) proveniente de um gerador de corrente (neuroestimulador) situado debaixo da pele (tórax ou abdome).
  • Órteses e próteses também poderão ser utilizadas dependendo do caso e normalmente com auxílio de um fisiatra.
  • Via de regra o tratamento é multidisciplinar e envolve, ainda, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, etc.

Qual o prognóstico?

O prognóstico da distonia depende essencialmente da causa, podendo evoluir com diversas complicações ou não. O objetivo do tratamento será sempre minimizar o impacto da doença e maximizar a qualidade de vida do paciente.

Complicações possíveis

A distonia não tratada prejudica muito as atividades do dia a dia do paciente seja em casa ou em seu ambiente de trabalho com repercussão física, como dor, e impactos psicológicos (depressão, ansiedade, fobia social).

Distonia tem cura?

A maioria das distonias não têm cura, uma vez que estão no contexto de doenças neurodegenerativas. Entretanto, o tratamento pode ser altamente eficaz, seja nas formas focais tratadas com toxina botulínica, seja nas formas que respondem a levodopa, ou ainda, nas formas generalizadas que respondem à cirurgia de estimulação cerebral profunda.

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Tratamentos e medicamentos indicados

O tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento. Os medicamentos mais comuns no tratamento de contrações musculares espasmódicas são:

 

Quais algumas formas de prevenir os espasmos musculares?

Você pode seguir algumas dicas para prevenir os tipos mais comuns de espasmos musculares, entre elas, podemos destacar:

 

Alongamentos e aquecimentos

Alongamentos são exercícios em que a pessoa permanece por um determinado tempo numa postura em que o músculo pretendido se mantém na sua extensão máxima.

 

Os principais benefícios dos alongamentos para a saúde são os seguintes:

1. Melhoram a postura

Alongar o corpo regularmente reduz a tensão muscular, melhorando a postura, evitando o desconforto que poderia surgir com uma má postura. 

2. Aumentam a flexibilidade

Se os músculos estiverem flexíveis, o desempenho nas atividades diárias e durante a atividade física é melhor. Além disso, os alongamentos ajudam a manter e recuperar a flexibilidade, que geralmente diminui com a idade.

3. Permitem movimentos amplos

O alongamento melhora a flexibilidade, o que vai fazer com que, durante a prática de esportes, se consigam movimentos mais amplos e melhor equilíbrio

4. Ajudam no relaxamento

O alongamento alivia a tensão muscular, muitas vezes responsável por dores nas costas, no pescoço e na cabeça. Além disso, alongar relaxa o corpo e a mente, ajudando no alívio do estresse.

5. Ativam a circulação sanguínea

Os alongamentos aumentam o fluxo sanguíneo nos músculos, que é muito importante para a recuperação após lesões musculares.

 

Os exercícios para fortalecimento da musculatura precisam ser feitos da forma correta, para não causar lesões e piorar ainda mais o quadro. Por isso, é imprescindível que a prática aconteça sob orientação de um fisioterapeuta ou um profissional de educação física.

 

Alguns cuidados para prevenir as cãibras incluem:

 

  • Alongar e aquecer a musculatura antes de iniciar a atividade física
  • Ingerir líquidos adequadamente
  • Se você pratica atividade física, considere tomar bebidas isotônicas
  • Tenha uma dieta equilibrada
  • Usar calçados adequados e confortáveis para práticas esportivas ou para quem fica muito tempo em pé
  • Manter uma dieta equilibrada com as vitaminas e sais minerais
  • Respeitar seu limite físico para não causar dores por exaustão
  • Evitar alimentos e bebidas diuréticas para amenizar a perda de nutrientes

Banana previne cãibras, mas sem exageros

Como é rica em potássio, um dos principais minerais responsáveis pelo equilíbrio hidroeletrolítico, a banana ajuda bastante na prevenção da contração, porém, se não houver a reposição dos demais nutrientes e sais minerais, a medida não é suficiente. Para seu efeito se tornar ainda mais poderoso, precisa ser aliado à reposição das demais substâncias necessárias para se alcançar o equilíbrio hidroeletrolítico, inclusive a água.

Alimentos que previnem cãibras

Para prevenir cãibras, é importante consumir alimentos ricos em potássio, magnésio e cálcio, como os vegetais de cor verde escura. Outra maneira de evitar é estar bem hidratado e tomar água tônica, que tem quinino, uma substância que ajuda a diminuir as cãibras. Veja outros alimentos:

 

  • Sementes de girassol torradas
  • Abacate
  • Amêndoas
  • Espinafre
  • Batata
  • Beterraba
  • Banana
  • Brócolis
  • Aipo
  • Iogurte desnatado
  • Rúcula

 

Tente reduzir o estresse

Entre os males causados pelo estresse estão hipertensão, úlcera, queda da imunidade, dores lombares, ansiedade, depressão, doenças cardíacas, problemas digestivos e disfunções reprodutivas/sexuais. Além disso, o estresse crônico é uma das maiores causas do envelhecimento precoce e um grande problema para a produtividade no trabalho.

 

Em dias agitados, com carga de trabalho extensa e mil demandas que exigem solução em pouco tempo, o corpo tende a romper com a correria para dar os seus sinais de que ele não está dando conta da pressão. O recado é direto: uma tremedeira desconfortável na pálpebra, como mencionado, ou ainda a sensação de um movimento involuntário em outros membros.

 

O espasmo muscular dá as caras de forma surpreendente. Considerado uma contração involuntária do músculo, ele aparece, principalmente, quando o estresse atingiu o seu limite ou quando houve uma sobrecarga muscular. Em geral, o espasmo também pode ser o resultado de noites mal dormidas e tensão acumulada. Nos casos em que o estresse é o motivador do inconveniente corporal, o tremor das pálpebras é a manifestação mais comum.

 

Segundo especialistas, ser surpreendido regularmente por este tipo de espasmo localizado na região dos olhos merece atenção especial. Além de muito desconfortáveis, o tremor do olho pode acarretar em mioclomias, ou seja, um agravamento das fisgadas, tornando ainda mais desconfortável a sensação e até provocando dor na região ocular.

 

Já as contrações dolorosas são decorrentes de algum esforço em excesso que o músculo sofreu, como carregar peso em excesso diariamente. Bolsas ou mochilas pesadas, por exemplo, podem provocar uma contratura permanente do músculo dos ombros, devido à sobrecarga. Ou até quem abusa na hora de fazer exercícios físicos pode sentir contrações musculares. 

 

O neurocirurgião Luíz Cláudio Modesto Pereira recomenda a procura de um especialista quando o espasmo permanecer por muito tempo. Segundo ele, é necessário verificar a sua origem da contração, que pode ser no nervo, no músculo ou possuir origem psicológica.

 

A maior parte dos espasmos pode ser evitada. Um grande aliado para combater o problema é a prática de atividades físicas regularmente. De acordo com o neurocirurgião, os músculos precisam de uma boa oxigenação para que os espasmos não apareçam. O médico do esporte do Hospital 9 de Julho, de São Paulo, Pablius Staduto Braga da Silva, dá algumas dicas para acabar com os espasmos:

 

Exercícios aeróbicos: eles irão manter a boa oxigenação dos músculos e impedir as contrações.

 

Hidratação: a reposição dos sais minerais gastos durante os exercícios é crucial para que os músculos estejam sempre saudáveis, pois a atividade física gasta os eletrólitos e, se não forem repostos, eles favorecem os espasmos;

 

Alimentação antes dos exercícios: atividade física não pode ser realizada em jejum pois o corpo precisa estar preparado para aguentar a repetição dos exercícios;

 

Aproveite a academia sem exagero: abusar nos exercícios prejudica os músculos porque pode sobrecarregá-los. Ir com calma e ter acompanhamento profissional são os melhores caminhos para fugir das contrações musculares.

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Nós do Cliquefarma temos o objetivo de passar artigos de caráter puramente informativo, para saber o que fazer no seu caso, procure sempre orientação médica e jamais se automedique! Deixe abaixo nos comentários sua experiência com espasmos musculares, será um prazer interagirmos com você! 

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