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Você provavelmente, em algum momento da vida, já sentiu cólica. Mas você sabe do que se trata e como tratá-las adequadamente dependendo da intensidade, da localização e da causa? O artigo de hoje é para explanar exatamente este assunto! Acompanhe conosco!

O que é cólica?

Segundo o dicionário, cólica trata-se de uma dor espasmódica ligada à distensão do tubo digestivo, dos canais glandulares ou das vias urinárias.

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Essa dor abdominal que chamamos de cólica é causada, principalmente, por alterações no intestino, estômago, vesícula, bexiga ou útero. O local onde aparece a dor pode indicar o órgão que está com problema, por exemplo, a dor que surge do lado esquerdo do abdômen, na parte de cima, pode indicar uma úlcera gástrica, enquanto a do lado direito pode indicar problemas no fígado

 

Os motivos da dor variam desde situações simples, como excesso de gases, que vamos analisar mais à frente, até mais complicadas, como apendicite ou cálculo renal. Assim, havendo uma dor abdominal muito intensa ou que dura mais que 24h ou que é acompanhada de outros sintomas, como febre, vômitos persistentes e sangue nas fezes ou urina, deve-se ir ao pronto-socorro ou consultar o clínico geral.

Analisando algumas causas para cólicas

A cólica (dor abdominal) pode surgir em vários locais de acordo com o órgão acometido:

 

A dor abdominal persistente ou crônica, que dura mais de 3 meses, geralmente, é causada por refluxo, intolerâncias alimentares, doença inflamatória do intestino, pancreatite, vermes intestinais ou até câncer, e podem ser mais difíceis de identificar.

 

Ela pode ser causada por muitas e diferentes condições. O importante é saber quando a pessoa precisa de cuidados médicos imediatos. As causas também podem variar de acordo com o local da dor. Se as dores estiverem localizadas na parte superior do abdômen, as prováveis razões para o seu surgimento são:

 

  • Angina
  • Apendicite
  • Colangite (inflamação no duto biliar)
  • Colecistite
  • Duodenite
  • Cálculo renal
  • Doença do refluxo gastroesofágico
  • Infarto
  • Hepatite
  • Bloqueio ou obstrução intestinal
  • Isquemia mesentérica
  • Linfoma não-Hodgkin
  • Dor de estômago
  • Pancreatite
  • Úlcera péptica
  • Pericardite
  • Pleurisia
  • Pneumonia
  • Pneumotórax
  • Estenose pilórica
  • Aneurisma da aorta abdominal.

 

Já quando as cólicas estão localizadas na parte inferior do abdômen, as causas podem ser:

  • Apendicite
  • Cistite
  • Diverticulite
  • Endometriose
  • Inflamação cervical
  • Bloqueio ou obstrução intestinal
  • Doença inflamatória pélvica
  • Mittelschmerz (dor associada à ovulação)
  • Cistos no ovário
  • Salpingite.

 

Outras prováveis causas para a dor na barriga são:

 

  • Constipação
  • Síndrome do intestino irritável
  • Alergias ou intolerância alimentar (como intolerância à lactose)
  • Intoxicação alimentar
  • Gripe estomacal
  • Câncer do estômago, cólon e de outros órgãos
  • Inflamação da vesícula (colecistite) com ou sem cálculos biliares
  • Suprimento sanguíneo reduzido aos intestinos (intestino isquêmico)
  • Azia ou indigestão
  • Doença inflamatória do intestino (doença de Crohn ou colite ulcerativa)
  • Úlcera.

 

Às vezes, a dor abdominal pode ser causada por um problema em outra parte do corpo, como tórax ou região pélvica. Por exemplo, você poderá ter dor na barriga se sofrer:

 

  • Cólicas menstruais intensas
  • Estiramento muscular
  • Doença inflamatória pélvica
  • Pneumonia
  • Gravidez ectópica
  • Infecções do trato urinário.

Principais tipos de cólica

A forma como a dor é manifestada também pode ajudar a encontrar a sua causa, como por exemplo:

 

  • Dor como queimação: as dores que surgem no estômago devido a gastrite, úlcera e refluxo, geralmente, aparecem com a sensação de queimação ou ardor nesta região. 
  • Dor tipo espasmódica: problemas no intestino, como diarreia ou prisão de ventre, e também da vesícula podem se manifestar como cólicas. Também aparecem nas dores causadas no útero, como as cólicas menstruais. 
  • Pontada ou agulhada: dor causada por excesso de gases, ou por inflamações no abdômen, como apendicite ou inflamação intestinal. 

 

Existem ainda outros tipos de dores abdominais, como sensação de estar cheio ou inchado, dores tipo aperto ou sensação inespecífica de dor, quando a pessoa não sabe identificar bem como surge.

 

Nestes casos, normalmente, a causa só é identificada após exames diagnósticos como ultrassom e exames de sangue ou através do histórico pessoal, feitos pelo clínico geral ou gastroenterologista. 

Quando a cólica pode ser preocupante

É bom sempre ficar atento aos sinais de alarme que, quando aparecem em conjunto com a dor, podem indicar doenças preocupantes, como inflamações ou infecções graves, e na presença de algum deles, é orientado procurar atendimento em pronto-socorro. Alguns exemplos são:

 

  • Febre acima de 38ºC;
  • Vômitos persistentes ou com sangue;
  • Sangramento nas fezes;
  • Dor intensa que faz acordar no meio da noite;
  • Diarreia com mais de 10 episódios por dia;
  • Perda de peso;
  • Presença de apatia ou palidez;
  • Dor que aparece após queda ou pancada.

 

Sempre bom lembrar de um sintoma que merece atenção especial: a dor na região do estômago, em queimação, pois pode indicar infarto. Principalmente, se vier acompanhada de falta de ar, suor frio, dor no peito ou que irradia para os braços, deve-se procurar atendimento imediato em pronto socorro. 

Como funciona o tratamento

O tratamento da dor na barriga depende da sua causa e sua localização. O clínico geral, ou o gastroenterologista, indicará o tratamento mais adequado após realização de exames físicos, de sangue e, se necessário, ultrassom abdominal. Alguns dos remédios mais usados para tratar problemas leves são:

 

  • Antiácidos, como Omeprazol ou Ranitidina: utilizados em casos de dor na região do estômago causado por má-digestão, refluxo ou gastrite;
  • Anti-flatulentos ou antiespasmódicos, como a Simeticona ou Buscopan: aliviam a dor causada por excesso de gases ou diarreia;
  • Laxantes, como lactulose ou óleo mineral: aceleram o ritmo intestinal para tratar a prisão de ventre;
  • Antibióticos, como amoxicilina ou penicilina: são usados para tratar infecções na bexiga ou no estômago, por exemplo.

 

Além do uso destes medicamentos, em alguns casos, o médico pode ainda recomendar fazer alterações na dieta, como evitar frituras e refrigerantes e ingerir menos alimentos flatulentos como feijão, grão de bico, lentilha ou ovos, já que a dieta é uma das principais causas de dor abdominal.

 

Nos casos mais graves, em que existe infecção ou inflamação de um órgão, como acontece na apendicite ou na inflamação da vesícula, pode ser recomendado fazer cirurgia para retirar o órgão afetado.

O que dizer da cólica na gravidez?

A dor abdominal na gravidez é um sintoma frequente que surge devido às alterações do útero da mulher e à prisão de ventre, característica desta fase.

 

Vale ressaltar que, quando a dor piora ao longo do tempo ou é acompanhada por outros sintomas, como sangramentos, pode indicar problemas mais sérios, a gravidez ectópica ou aborto são alguns exemplos, e nestes casos, deve-se consultar o obstetra o mais rápido possível.

 

Acalmem-se grávidas, saibam que a dor abdominal no final da gravidez também é normal e, geralmente, está relacionada ao estiramento dos músculos, ligamentos e tendões devido ao crescimento da barriga e, por isso, você deve repousar várias vezes durante o dia!

Cólica menstrual

A cólica menstrual, também conhecida por dismenorreia, é o sintoma mais natural e comum que acompanha a menstruação. Juntamente com a tensão pré-menstrual, é uma das principais queixas das mulheres.

 

Podemos enumerar dois tipos dessa cólica: a primária, que existe desde a menarca (primeira menstruação) juntamente com o início dos ciclos ovulatórios; e a secundária, que surge após um período sem dor.

 

A cólica primária é de natureza desconhecida e comum ao organismo feminino. Já a cólica secundária pode ser provocada por doenças como inflamações pélvicas, endometriose e fibromiomas.

 

Não existe como prever a duração da cólica, mas geralmente essa dor precede a menstruação por alguns dias e se intensifica com a chegada do fluxo menstrual.

Sintomas

Os principais sintomas que acompanham a cólica menstrual são:

 

  • Enjoos;
  • Diarreia;
  • Vômitos;
  • Cansaço;
  • Dor de cabeça;
  • Nervosismo;
  • Vertigem e desmaios.

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Nas cólicas secundárias, os sintomas aparecem após algum tempo de uma doença ou de algum fato específico. As causas mais comuns da dismenorreia secundária são: endometriose, alteração nos ovários e/ou útero, uso de DIU, miomas, doença inflamatória pélvica, malformações uterinas e hímen não perfurado (que não permite a saída do fluxo menstrual).

Como é feito o diagnóstico

Para algumas sortudas ela nem dá as caras, para outras se trata apenas de um pequeno incômodo, já para algumas ela é uma verdadeira tortura. A cólica menstrual ou dismenorreia, em alguns casos pode ser tão forte que incapacita as mulheres de seguir com suas rotinas, podendo causar até mesmo transtornos gastrointestinais e cefaleia.

 

Nesses casos mais severos é preciso procurar um ginecologista para que, através de exames clínicos e laboratoriais, possa realizar um diagnóstico correto sobre o motivo das fortes dores. Cólicas sem causa patológica, ou seja, que são exclusivamente provocadas pelas contrações uterinas normais do período menstrual, têm início de 6 a 12 meses após a primeira menstruação e ocorrem de 8 a 72 horas do início do fluxo sanguíneo e são diagnosticadas através do exame clínico em consultório e conversa com a paciente. 

 

Quando a dor é muito intensa e foge dos padrões de duração anteriormente mencionados é preciso realizar alguns exames como ultrassonografia pélvica ou transvaginal, tomografia computadorizada ou bacterioscopia da secreção vaginal para investigar possíveis patologias como inflamações do colo do útero, miomas, endometriose, entre outras.

 

Importante lembrar que, procurar ajuda médica quando as cólicas menstruais passam de um simples incômodo para um problema que afeta sua rotina é o primeiro passo para obter um diagnóstico. As dores muitas vezes escondem problemas que podem até mesmo afetar a fertilidade feminina, mas que quando diagnosticados precocemente são resolvidos com o uso de medicamentos ou intervenções cirúrgicas simples.

Tratamentos e precauções

Como já vimos, a cólica menstrual é uma dor na região pélvica que é provocada pela liberação da prostaglandina, substância que faz com que o útero se contraia para a eliminação da sua camada interna em forma de sangramento. As fortes dores podem ter como causa o ciclo menstrual ou patologias do aparelho reprodutivo, como miomas, tumores ou endometriose.

 

Quando as dores severas passam a ser rotina na vida de uma mulher, é preciso procurar um ginecologista para investigar o motivo disso, estabelecendo o diagnóstico correto por meio de exames clínicos e laboratoriais para iniciar o tratamento.

 

Se o motivo da dor é apenas reflexo dos hormônios do período menstrual, o melhor tratamento consiste em praticar exercícios físicos para a liberação de endorfina e relaxamento do corpo, ingestão de alimentos ricos em fibra e a aplicação de bolsas de água quente já são suficientes para aliviar as dores. 

 

Mas, se a cólica for causada por alguma patologia, é necessário tomar a ingestão de medicamentos de acordo com orientação médica. Para saber o tratamento ideal para a cólica menstrual procure um médico ginecologista para que ele possa fazer o diagnóstico correto e iniciar o melhor tratamento para você.

O que fazer para prevenir?

As tão indesejadas cólicas menstruais não precisam ser um transtorno eterno. Caso as fortes dores não tenham nenhuma causa orgânica ou patológica, algumas atitudes e mudanças de hábitos podem te ajudar a passar pelo período menstrual sem sofrimento.

 

É possível prevenir ou amenizar as cólicas menstruais. Para isso, mantenha uma alimentação saudável e equilibrada, ingerindo todos os nutrientes necessários e sem pular refeições, isso vai auxiliar a saúde como um todo. Praticar exercícios físicos com frequência também colabora para a redução do fluxo menstrual e de possíveis processos inflamatórios graças à liberação da endorfina, o hormônio que gera a sensação de satisfação.

 

Uma técnica antiga, simples e eficiente é colocar uma bolsa de água quente na região pélvica quando a cólica começar a dar sinais de que está vindo, pois o calor vai dilatar os vasos sanguíneos, relaxando e diminuindo a dor.

 

É importante procurar estar atenta aos sinais do seu corpo, ele é a sua casa e conhecer onde você vive e o que pode provocar alguma dor é essencial para evitar tais condições e viver melhor. Se as cólicas menstruais persistirem e se tornarem severas procure seu ginecologista, apenas um especialista pode diagnosticar a causa da dor e receitar o melhor tratamento.

Cólica renal

A cólica renal, ou cólica de rim, é uma dor em geral forte que se dá na região abdominal, normalmente nos flancos, com possível irradiação para região da virilha. Ela resulta de uma obstrução parcial ou total do ureter, um tubo muscular longo que liga cada rim à bexiga. 

 

Esta obstrução é causada em geral por cálculos (pedras) que se formam nos rins. Também pode ser decorrente de coágulos, porém de forma mais rara. Na maior parte dos casos, a cólica renal vem acompanhada de náuseas e/ou vômitos e, algumas vezes, de sensação de bexiga cheia ou ardor para urinar. 

 

Algumas vezes, torna-se difícil diferenciar de outras manifestações clínicas derivadas de outros órgãos abdominais, como intestino, útero e vesícula biliar. Por causa disso, é importante consultar um urologista quando os sintomas aparecerem.

Causas

As causas mais comuns de cólica renal são cálculos (“pedras”) nos rins ou no ureter, que obstruem a passagem da urina proveniente do rim, dilatando este órgão e provocando a dor. Outras causas da cólica renal são:

 

  • Coágulos;
  • Necrose papilar (morte de tecido renal);
  • “Apertos” (como se fosse compressões) no rim causados por inflamação ou parasitas;
  • Compressão do ureter provocada por tumores, traumatismos ou fibroses.

 

Essa obstrução do ureter pode ser intrínseca (no próprio aparelho urinário) ou extrínseca (fora do aparelho urinário).

Uma vez bloqueado o ureter, há um impedimento da progressão da urina, que faz com que o rim e o canal urinário superior fiquem dilatados e essa dilatação é o que causa a dor.

 

Lembrando que, se a obstrução for completa, a dor pode praticamente desaparecer e o paciente fica com a falsa impressão de melhora, o que pode levar a uma condição ainda mais grave.

 

O médico clínico geral, por exemplo, está apto para uma avaliação detalhada da origem da cólica renal, e também da indicação das medicações apropriadas.

 

Como aliviá-las

A cólica renal pode ser aliviada com uso de medicação anti-inflamatória e analgésica.

Nos casos de pedra nos rins, além de usar essas medicações, a pessoa deve aumentar a ingesta de água e outros líquidos para facilitar a passagem da pedra.

 

Quando o cálculo é volumoso e não consegue atravessar o canal da urina, outros procedimentos podem ser necessários como cirurgia (para retirada da pedra) ou aplicação de laser que permite a quebra dele.

 

A medicação a ser utilizada para aliviar irá depender da intensidade da cólica renal. A pessoa pode, a princípio, utilizar anti-inflamatórios comuns, porém, em alguns casos, há necessidade de internamento hospitalar provisório para administração de medicação intravenosa capaz de controlar a dor.

 

Procure um médico para avaliar seu caso e receitar a melhor medicação.

Em que consiste o tratamento?

O tratamento inicial é o controle da dor, com anti-inflamatórios e analgésicos variados. Logo em seguida, deve ser feita uma investigação para confirmação do diagnóstico e identificação do tamanho e posição do cálculo. Pedras menores que 5 mm costumam ser eliminadas espontaneamente. No entanto, as maiores que 5 mm podem apresentar maior dificuldade de chegarem até a bexiga, mesmo apesar da melhora da cólica. 

 

Então surge a necessidade de intervenção. Em muitos casos, há a indicação de remoção dos cálculos por meio de cirurgia endoscópica, que é um procedimento minimamente invasivo que permite o retorno do paciente a sua rotina mais rapidamente.

 

Pacientes grávidas, com rim único, indícios de infecção como febre e queda do estado geral têm muitas vezes necessidade de internação de urgência. O mesmo acontece em casos com dor de difícil controle, mas normalmente com a medicação correta na veia, isso já é prontamente resolvido.

 

O Ministério da Saúde divulgou um artigo onde explana a preocupação de especialistas com pacientes que sofrem de doenças renais, terem um risco maior de desenvolver também doenças cardíacas. E como tudo que envolve saúde, é essencial cuidar da alimentação de forma saudável e equilibrada, com baixo teor de sal e açúcar, pois isso vai reduzir os riscos de doenças nos rins e no coração.

 

Também é importante beber bastante água, não fumar e fazer atividade física regularmente. Essas ações juntas deixam o coração mais sadio, e consequentemente os rins também.

 

Cólica intestinal

A cólica intestinal é causada na maioria das vezes por alimentação inadequada, baixa ingestão de fibras e gases intestinais, mas também podem ser sintoma de infecções, doenças ou problemas no intestino.

 

Tudo o que possa provocar gases, prisão de ventre ou diarreia pode originar cólicas intestinais, o que pode ser causado por:

 

  • Dieta pobre em fibras: A falta de fibras na alimentação provoca prisão de ventre, pois elas dão consistência ao bolo fecal e favorecem a sua passagem pelo intestino;
  • Falta de água: De nada adianta consumir uma quantidade adequada de fibras, se o consumo de água é muito baixo. Ela é responsável por umedecer o bolo fecal e facilitar a passagem das fezes pelo intestino. Uma dieta rica em fibras, mas com pouca ingestão de água, prende o intestino;
  • Comer em excesso: Comer demais pode alterar as contrações do intestino e causar espasmos, resultando em cólica intestinal;
  • Fermentação de alimentos: Feijões, grão de bico, ervilha, repolho, couve de Bruxelas, refrigerantes, são alguns exemplos de alimentos que provocam gases intestinais e podem causar cólicas;
  • Infecção intestinal: Pode ser causada por alimentos estragados, contaminados ou pesados demais. Costuma provocar diarreia, cólicas e durar uma semana.

 

Dentre as doenças e condições no intestino que podem causar cólica intestinal, destacam-se:

 

  • Síndrome do intestino irritável: Não se trata propriamente de uma doença, mas de uma desordem no funcionamento do intestino que provoca dor abdominal (cólicas), estufamento, “intestino preso” e diarreia. Pode haver presença de muco nas fezes. É comum haver alternância entre diarreia e prisão de ventre;
  • Diverticulose: É a presença de divertículos (pequenas saculações) no intestino grosso, que surgem devido à maior força que o intestino tem que fazer para empurrar fezes endurecidas. Pode causar leves cólicas intestinais, estufamento e constipação intestinal;
  • Diverticulite: Ocorre quando o divertículo é infectado por bactérias ou fica inflamado. O sintoma mais comum é a dor abdominal. Na presença de infecção, pode haver febre, náuseas, vômitos, calafrios, cólicas e prisão de ventre;
  • Doenças inflamatórias intestinais (como colite ulcerativa, doença de Crohn): Podem causar diarreia contínua (às vezes com sangue), dor abdominal, cansaço e perda de peso. Nos casos mais graves, essas doenças podem levar à incapacitação física e necessitar de cirurgia.

 

Consulte o médico clínico geral ou gastroenterologista se as cólicas intestinais vierem acompanhadas de:

 

  • Dores abdominais fortes prolongadas;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Presença de sangue nas fezes;
  • Emagrecimento;
  • Febre;
  • Dor no peito.

 

Procure também o médico se as cólicas forem persistentes ou graves ao ponto de interferir no seu dia-a-dia.

Como aliviá-la?

Para aliviar cólica intestinal causada por intestino preso, siga as seguintes dicas:

 

  • Faça uma massagem abdominal para estimular o intestino:
    1. Espalhe um pouco de creme por todo o abdômen;
    2. Comece massageando a região inferior esquerda, com movimentos circulares e profundos, no sentido do ponteiro do relógio;
    3. Massageie essa região até senti-la menos dura;
    4. A seguir, faça a mesma massagem na parte inferior direita, superior direita e superior esquerda;
    5. Insista nas partes que estiverem mais endurecidas e doloridas;
    6. Termine a massagem com movimentos amplos e circulares por todo o abdômen, no sentido horário;

 

  • Beba água: A água deixa as fezes mais moles e favorece a passagem do bolo fecal pelo intestino;
  • Pratique atividade física com regularidade, a prática de exercícios físicos ajuda na movimentação do trânsito intestinal;
  • Beba chá de ervas como: Funcho com erva cidreira, Gengibre, Chá verde e Erva doce;

 

Se a cólica intestinal vier acompanhada de diarreia, é provável que você esteja com uma infecção. Neste caso, o melhor a fazer é:

 

  • Procurar um médico para receber um tratamento adequado;
  • Manter uma boa hidratação;
  • Cuidar da alimentação.

Os alimentos indicados em caso de cólica intestinal com diarreia são:

  • Arroz;
  • Caldo de carne magra;
  • Banana-maçã;
  • Torradas.

 

Alimentos e bebidas que devem ser evitados:

  • Saladas;
  • Bagaço de frutas;
  • Fibras;
  • Café;
  • Leite;
  • Sucos;
  • Frituras;
  • Temperos fortes.

 

Se as cólicas intestinais não passarem, consulte um médico no pronto socorro ou vá diretamente a um gastroenterologista, principalmente se você também tiver diarreia.

Gases

Os gases intestinais podem incomodar e até serem constrangedores em alguns momentos, mas eles são absolutamente normais em todos os seres humanos. O problema é quando acontece a chamada flatulência excessiva, mais de 25 gases eliminados diariamente, e a distensão abdominal, mais conhecida como inchaço.

 

Alguns alimentos podem ser menos tolerados ou mal digeridos pelo nosso organismo. Isso faz com que seja necessária a presença de bactérias para realizar o trabalho. Esse processo causa fermentação e, consequentemente, produz os gases. Com o acúmulo deles, pode haver muito desconforto e dor, podendo, até mesmo, ser confundida com problemas graves.

 

Alimentos que podem causar este problema:

  • ovo;
  • leite;
  • feijão;
  • batata;
  • milho;
  • brócolis;
  • repolho;
  • couve-flor.

Fibras e açúcares com maior potencial de fermentação também entram nessa lista. É indicado evitar todos eles quando a pessoa tem sofrido com o problema.

 

Outro fator que pode causar gases é a ansiedade. Ela acelera o trânsito intestinal, levando mais alimentos mal digeridos ao cólon e oferecendo subsídios para as bactérias fazerem a fermentação provocando os gases.

 

Os gases intestinais também podem ser sintomas de uma série de doenças. Entre as principais estão algumas já mencionadas nesse artigo, síndrome do intestino irritável, intolerância à lactose, doença celíaca, gastroenterite aguda, insuficiência pancreática, entre outras. Por isso, é sempre importante consultar um médico para o diagnóstico correto.

 

O tratamento para o problema é por meio de uma dieta cuidadosa, que evite alimentos que agravam os sintomas. Destacando que esse é um aspecto pessoal e o que causa gases em uma pessoa pode não causar em outra. No caso de doenças, elas devem ser tratadas da forma adequada para que os sintomas acabem.

Apendicite

Apendicite é a inflamação do apêndice, um pequeno órgão parecido com o dedo de uma luva, localizado na primeira porção do intestino grosso. Infelizmente, qualquer pessoa corre o risco de ter esse problema, o que, sem o tratamento adequado, pode levar a graves complicações.

 

Em mulheres, a inflamação das tubas uterinas, do útero ou dos ovários também provoca dor do lado direito do abdômen, motivo pelo qual é preciso estabelecer o diagnóstico com auxílio de exames de imagem, como ultrassom e tomografia.

Causas

Na maioria dos casos, a apendicite é provocada pela obstrução do apêndice com restos de fezes, resultando em inflamação.

Sintomas

– dor do lado inferior direito do abdome. É uma dor pontual, contínua e localizada, fraca no início, mas que vai aumentando de intensidade;

– náuseas e vômitos;

– dor na parte alta do estômago ou ao redor do umbigo;

– flatulência, indigestão, diarreia ou constipação;

– febre, que, geralmente, começa após 1 ou 2 dias;

– perda de apetite;

– mal-estar geral, que pode ser confundido com um problema alimentar.

Tratamento

Depois de confirmado o diagnóstico, o tratamento é exclusivamente cirúrgico, com a remoção do apêndice. A cirurgia deve ser realizada o mais rapidamente possível para evitar complicações, como a perfuração do órgão e a inflamação da cavidade abdominal, pondo em risco a vida do paciente.

Precauções e advertências

– procure assistência médica imediatamente, se sentir dor na parte baixa e do lado direito do abdômen. Pode ser uma crise de apendicite aguda;

 

– não se recuse a ficar internado no hospital, enquanto o diagnóstico não for esclarecido. Você pode precisar de cirurgia de emergência.

 

Alguns fatos sobre as cólicas (dores abdominais)

Na grande maioria dos casos, a dor abdominal não indica nenhuma doença maligna. Muitas vezes, a dor na barriga é causada por gases ou prisão de ventre que provocam cólica intestinal. No entanto, em casos mais graves, a dor abdominal pode ser um sintoma de tumores dos órgãos abdominais ou pélvicos, hemorragias ou inflamações graves.

 

Quando a cólica é muito forte e vem acompanhada por outros sinais e sintomas, como vômitos, diarreia com sangue e febre, é essencial a intervenção urgente de um médico.

 

Os órgãos situados dentro do abdômen e que podem causar dor abdominal são: vesícula biliar, fígado, pâncreas, vias biliares, baço, suprarrenais, rins, intestino delgado e intestino grosso, apêndice, estômago e vasos sanguíneos (no caso de isquemia, ruptura ou formação de aneurisma).

 

Os órgãos dentro da pelve que podem causar cólica são: bexiga, ovários, trompas e útero (nas mulheres), reto, sigmoide e próstata (nos homens).

 

O local da dor auxilia no diagnóstico, mas nem sempre é suficiente. Outras características são necessárias para o reconhecimento correto, como tipo de dor (queimação, espasmódica, agulhada…), duração, sintomas associados (vômitos, diarreia, febre, icterícia), fatores que melhoram e pioram a dor e irradiação da dor abdominal para outra parte do corpo.

 

Em vista de tantas possibilidades que podem causar cólica e devido ao alto risco em algumas situações, sugerimos que na presença de dor abdominal de duração prolongada ou piora progressiva, ou ainda, associada a outros sintomas como febre, vômitos ou icterícia (pele e olhos amarelados), procure um serviço de pronto atendimento imediatamente.

 

No caso das dores intermitentes (que vão e vem), de longa duração, procure um médico clínico geral ou um gastroenterologista.

Quais os melhores medicamentos para dor abdominal?

Como entendemos até aqui, a dor abdominal pode ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para cada caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento. Os medicamentos mais comuns e com resultados mais eficazes no tratamento de cólicas são:

 

  • Buscopan
  • Cimetidina
  • Digeplus
  • Dimeticona
  • Dimezin
  • Dimezin Max
  • Domperidona
  • Dipirona
  • Flagass
  • Flanax 550mg
  • Hiospan (comprimido revestido e solução)
  • Hiospan (gotas)
  • Hiospan (solução injetável)
  • Ibuprofeno
  • Luftal (comprimido)
  • Omeprazol
  • Paracetamol
  • Prednisona
  • Nimesulida
  • Simeticona.

 

Orientamos em todos os nossos artigos, que os leitores sempre sigam à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automediquem. Também é importante não interromper o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, seguir as instruções na bula.

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Você costuma sofrer com problemas de cólicas? Comente conosco o que achou desse artigo, sua opinião é importante para nós! 

Responsabilidade Editorial

Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. PROCURE UM MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.

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