HPV: tipos, sintomas, vacina e tratamento

HPV: Imagem de Freepik.

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Existem vários tipos de HPV, com efeitos diferentes no corpo. Entenda as diferenças.

O que é HPV?

HPV é a sigla para Papilomavírus Humano, um vírus muito comum que pode infectar pele ou mucosas. Existem mais de 200 tipos de HPV descritos.

A maior parte das infecções por HPV se resolve espontaneamente em até 12 meses.

Quais são os sintomas?

Nem sempre a infecção por HPV causa sinais ou sintomas. Os tipos de HPV que infectam a pele costumam causar verrugas que podem acometer várias partes do corpo, inclusive mãos e pés.

Existem também vários outros tipos (mais de 40) que infectam áreas de mucosa e pele da região genital e anal. Isso inclui os tipos que infectam o colo do útero.

Alguns dos tipos que infectam a região íntima causam verrugas, como os tipos 6 e 11. Outros tipos podem levar a lesões precursoras de câncer de colo do útero, vulva, vagina, pênis ou ânus, sendo os mais importantes os tipos 16 e 18. O HPV 16, que infecta mucosas, também pode levar ao câncer de boca ou de garganta.

Ou seja, o HPV que causa verruga não é o mesmo que causa o câncer de colo de útero.

HPV tem cura?

A maioria das pessoas com um sistema imune normal consegue eliminar o HPV do organismo. Entretanto, é possível ocorrer a reinfecção, ou seja, pegar novamente alguma cepa do vírus.

Em alguns casos, o vírus pode ficar latente, ou seja, “adormecido” no corpo, mesmo após o tratamento dos sintomas. O risco de que isso aconteça é maior no caso de pessoas imunocomprometidas, como aquelas que vivem com HIV sem o tratamento adequado.

Diagnóstico de HPV

Existem duas formas de diagnosticar o HPV: quando temos lesões visíveis ou através de exames.

Um exame muito importante para diagnosticar precocemente as alterações causadas pelo HPV no colo do útero é o preventivo,  ou “papanicolau”. Da mesma forma, também existe o preventivo anal. Este é indicado principalmente para aquelas pessoas que têm relação sexual anal.

Atualmente, também utilizamos a pesquisa do HPV diretamente na secreção vaginal, identificando a presença dos tipos de vírus com maior risco para câncer, antes mesmo de haver lesões precursoras.  Caso sejam identificados esses vírus,  como o HPV 16 e 18, realizamos um seguimento mais cuidadoso. É importante destacar que, na maioria das vezes, mesmo com a presença do vírus não haverá o câncer.  O risco maior é quando há infecção persistente pelo vírus, ou seja, quando o corpo não consegue eliminá-lo.

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Como tratar o HPV

O tratamento do HPV normalmente envolve o tratamento dos sintomas, já que não temos um antiviral específico para matar esses vírus no corpo.

No caso das verrugas, normalmente se realiza a cauterização no local das lesões com ácido ou medicação. Em alguns casos é necessário remover as lesões por cirurgia, principalmente quando ficam muito grandes.

No caso de alterações no preventivo sugestivas de HPV, o acompanhamento deve ser de acordo com a alteração encontrada. A depender, pode ser necessário apenas repetir o exame com uma frequência maior ou realizar exames mais detalhados.

Como prevenir o HPV

A forma mais eficaz de prevenir o HPV é através da vacinação, que pode ser feita entre 9 e 45 anos.

Ela está disponível no SUS para pessoas de 9 a 14 anos na forma quadrivalente. Também é gratuita para vítimas de abuso sexual, pessoas que vivem com HIV e imunocomprometidos. Ela pode evitar até 70% dos cânceres de colo do útero.

Existe ainda a vacina nonavalente, apenas na rede privada, sendo essa mais completa. Ela protege contra até 90% dos casos de câncer de colo.

A camisinha protege parcialmente contra o vírus, pois, caso haja verrugas fora da área coberta por ela como vulva, base do pênis, períneo e bolsa escrotal, haverá o contato da parceria sexual com a lesão e possível transmissão.

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Carolina Caldas: Médica formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Médica de Família e Comunidade pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).  CRM 520107347-8