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Você sabe o que é Obesidade infantil?

A obesidade infantil ocorre quando uma criança está com peso maior que o recomendado para sua idade e altura. De acordo com o IBGE, o índice de obesidade infantil no Brasil faz com que uma a cada três crianças esteja pesando mais que o recomendado.

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As faixas de Índice de Massa Corporal (IMC) determinadas para crianças são diferentes dos adultos e variam de acordo com gênero e idade. Você pode procurar por calculadoras automáticas na internet que realizam esse cálculo para você.

 

Os quilos extras podem ter consequências para as crianças até a sua vida adulta, mesmo que a obesidade seja revertida nesse período. Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto são algumas consequências da obesidade em crianças não tratada. A condição também pode levar a baixa autoestima e depressão.

Dados sobre a obesidade em crianças

Infelizmente, a obesidade já pode ser considerada o problema crônico mais prevalente entre as crianças do planeta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 41 milhões de pequenos com menos de 5 anos estejam acima do peso – número que engloba tanto países desenvolvidos como aqueles em desenvolvimento.

 

Em países mais pobres e desiguais, a obesidade chega a coexistir com a desnutrição. Em contrapartida, crianças com histórico de baixo peso ao nascer, baixa estatura e ganho de peso aquém do esperado correm maior risco de se tornar obesas e diabéticas no futuro. É como se seus corpos ativassem o modo econômico para viver na adversidade, e assim permanecessem em qualquer circunstância.

 

Um estudo recente aponta que crianças acima do peso possuem 75% mais chance de serem adolescentes obesos e adolescentes obesos têm 89% de chance de serem adultos obesos. Pesquisas do Ministério da Saúde indicam que 12,9% das crianças brasileiras de 5 a 9 anos são obesas e 18,9% dos adultos estão acima do peso. 

 

Por isso, além de já iniciar as ações nos primeiros dias de vida, como o incentivo ao aleitamento materno, as políticas de estímulo ao hábito saudável devem aliar ações de alimentação e atividade física.

 

Principais causas

Diversos fatores podem causar obesidade infantil. Entre as mais comuns estão fatores genéticos, má alimentação, sedentarismo ou uma combinação dessas condições. Além disso, a obesidade em crianças também pode ser decorrente de alguma condição médica, como doenças hormonais ou uso de medicamentos a base de corticoides.

 

Apesar de ser uma condição com influência genética, nem todos os pais e mães com obesidade também terão filhos com o problema, assim como aqueles pais e mães com peso recomendado podem gerar filhos com obesidade. Isso porque a obesidade infantil também tem ligação com os hábitos alimentares da criança e da família, assim como a realização de atividades físicas.

 

Por conta disso, a alimentação da criança e a quantidade de exercícios físicos que ela pratica são aspectos determinantes para o aparecimento da obesidade infantil, ainda que exista histórico familiar do problema. Ficar atento a esses hábitos pode ajudar a prevenir a condição pela vida toda.

O que pode levar à obesidade infantil?

Alguns fatores podem aumentar o risco de obesidade em crianças e adolescentes. Por exemplo:

 

  • Dieta desequilibrada, rica em fast foods, alimentos industrializados e congelados, refrigerantes, doces e frituras.
  • Sedentarismo, uma vez que a atividade física ajuda a queimar as calorias ingeridas.
  • Histórico familiar de obesidade, pois a doença tem influência genética e os maus hábitos alimentares podem ser passados de pai para filho.
  • Fatores psicológicos, como estresse ou tédio, podem fazer as crianças comerem mais do que o normal.

Quando é necessário buscar por ajuda médica?

Se o peso do seu filho ou filha está te preocupando, pode ter chegado o momento de marcar uma consulta médica. O pediatra irá considerar a história individual da criança, assim como seu crescimento e desenvolvimento.

 

Alguns especialistas que podem diagnosticar e tratar obesidade em crianças são:

 

  • Pediatra
  • Endocrinologista
  • Nutrólogo
  • Nutricionista

 

Como pai ou mãe, você se preparar para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Por isso, chegue à consulta com algumas informações:

 

  • Uma lista com tudo o que está acontecendo e há quanto tempo vêm te preocupando.
  • Histórico médico, incluindo outras condições que a criança sofra e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade.
  • Leve um caderno e uma caneta para anotar informações importantes.
  • Anote perguntas para fazer ao médico ou médica.
  • Anote as refeições que seu filho faz durante uma semana para mostrar na consulta médica.

 

O médico ou médica provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 

  • O que seu filho (a) come em um dia típico?
  • A criança pratica atividades físicas? Com que frequência?
  • Quais fatores você acredita que afetam o peso do seu filho(a)?
  • Quais dietas ou tratamentos você já tentou para reduzir o peso da criança ou adolescente?
  • Você tem familiares com problemas de peso?
  • Você está pronto para fazer mudanças no estilo de vida da sua família para ajudar seu filho (a) a perder peso?
  • O que pode estar impedindo o emagrecimento da criança?
  • A criança, ou a família, come enquanto assiste TV ou usa um computador?

 

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para obesidade infantil, algumas perguntas básicas incluem:

 

  • Que outros problemas de saúde meu filho(a) pode ter?
  • Quais são as opções de tratamento?
  • Existem medicamentos que podem ajudar a controlar a obesidade e outras condições de saúde?
  • Quanto tempo durará o tratamento?
  • O que posso fazer para ajudar meu filho(a) a perder peso?
  • Há algum material impresso que eu possa levar para casa comigo? Quais sites você recomenda visitar?

 

Lembre-se de fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

Diagnosticando a Obesidade em crianças

Para saber se uma criança está acima do peso recomendado ou com obesidade, é necessário fazer a conta do IMC (índice de massa corporal). Para adultos, normalmente as medidas são específicas: IMC entre 18,5 e 25 é normal, enquanto acima de 25 já representa sobrepeso e além de 30 já é obesidade.

Porém, para crianças, essas faixas não se aplicam, e podem inclusive causar a falsa ilusão de que a criança está saudável, quando na verdade ela pode já estar com obesidade infantil.

 

As faixas de IMC para as crianças mudam de acordo com a idade e o sexo, e para orientar os médicos existem tabelas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para fazer esse cálculo. 

 

No entanto, o IMC não considera fatores como a quantidade de massa muscular (magra) e a estrutura física da criança, uma vez que o crescimento pode variar muito de uma para outra. Dessa forma, o médico ou médica pode avaliar outros tópicos para determinar se o peso da criança está afetando sua saúde. Exemplos:

 

  • História familiar de obesidade e problemas de saúde relacionados com o peso, como diabetes;
  • Hábitos alimentares da criança;
  • Nível de atividade física que a criança faz;
  • Outras condições de saúde que a criança pode ter.

 

O médico ou médica pode solicitar exames de sangue:

  • Colesterol total e frações;
  • Glicemia de jejum;
  • Exames de sangue para verificar se desequilíbrios hormonais.

Tratamento para Obesidade infantil

O tratamento da obesidade é complexo e envolve uma equipe multidisciplinar com várias especialidades da saúde. Não existe nenhum tratamento farmacológico em longo prazo que não envolva mudança de estilo de vida.

 

Observa-se que a orientação de comer menos e gastar mais energia requer uma boa condução. Do contrário, é alto o risco de fracasso, recuperação do peso perdido e até transtornos alimentares. Na prática, são encorajadas mudanças sustentáveis no estilo de vida, com a participação ativa dos pais, que devem ser bons modelos, estimular exercícios, facilitar o acesso a alimentos saudáveis e limitar o tempo nas telinhas.

 

Pesquisas apontam que, quanto maior o número de refeições em família, menor a probabilidade de a obesidade ganhar terreno. Isso vale desde as primeiras papinhas. Lembre-se: os exemplos e as atitudes valem mais do que mil palavras.

 

Como vimos, as opções de tratamento para a obesidade infantil e o sobrepeso são várias. Quanto maior o grau de excesso de peso, maior a gravidade da doença. As crianças devem ser abordadas individualmente e conforme a idade, isso porque cada uma pode apresentar diferentes fatores que aumentam seu risco.

 

Para as crianças e adolescentes que estão acima do peso recomendado ou com obesidade leve, sem risco de desenvolver outras doenças, pode ser recomendada apenas a manutenção. Isso porque o crescimento da criança pode fazer com que ela entre numa faixa de IMC saudável, sem necessariamente precisar emagrecer.

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Já para crianças com obesidade instalada e risco de desenvolver outras doenças, a perda de peso é recomendada. O emagrecimento deve ser lento e constante, e os métodos são os mesmos adotados para adultos – ou seja, comer uma dieta saudável e praticar exercícios. O sucesso depende em grande parte de seu compromisso de ajudar seu filho ou filha a fazer essas mudanças.

Alimentação saudável

Não adianta, são os pais os responsáveis em comprar a comida, cozinhar os alimentos e decidir onde o alimento é ingerido. Por isso que, mesmo as pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na saúde do seu filho:

 

  • Invista nas frutas, legumes e vegetais.
  • Prefiro alimentos integrais aos refinados.
  • Evite alimentos como biscoitos, bolachas e refeições prontas. Elas são ricas em açúcar, sódio e gorduras – tudo o que a criança não pode comer em exagero.
  • Limite o consumo de bebidas adoçadas, incluindo os sucos industrializados. Essas bebidas são muito calóricas e oferecem poucos ou nenhum nutriente.
  • Reduza o número de vezes em que a família vai comer fora, especialmente em restaurantes de fast-food. Muitas das opções do menu são ricas em gordura e calorias.
  • Sirva porções adequadas, uma vez que as crianças comem bem menos do que os adultos. 
  • É importante saber que se sua filha ou filho não conseguir comer todo o prato, não se deve forçá-lo a terminar.

Prática de atividade física

Além de queimar calorias, os exercícios físicos também ajudam a fortalecer os ossos e músculos das crianças, melhoram seu humor e ajudam no sono. Outro fator importante é que o incentivo à atividade física na infância pode fazer com que a criança mantenha esses hábitos no futuro, evitando a obesidade ao longo da vida.

 

Crianças devem fazer pelo menos um tipo de atividade física todos os dias, seja ela programada (academia, esportes ou aulas de dança, por exemplo) ou não programada (brincadeiras, como pega-pega, esconde-esconde e usar os brinquedos de um parque).

Medicamentos para tratar obesidade infantil

Para casos graves de obesidade em crianças, já associados com outras condições, podem ser prescritos medicamentos. Todavia, o tratamento farmacológico não é frequentemente recomendado para adolescentes ou crianças, apesar de adolescentes a partir de 12 anos já poderem fazer uso do Orlistate, por exemplo, os médicos preferem prescrever esse tipo de medicação para adultos.

Normalmente, crianças e adolescentes não fazem uso de medicamentos para tratar a obesidade, a não ser que ele tenha alguma doença que necessite de tratamento com remédios como distúrbios da tireoide ou colesterol alto.

Mesmo assim, os medicamentos não substituem a adoção de hábitos saudáveis, como dieta e prática de exercícios.

Cirurgia

A cirurgia bariátrica pode ser uma opção segura e eficaz para alguns adolescentes severamente obesos que não conseguiram perder peso através das medidas tradicionais. No entanto, como com qualquer tipo de cirurgia, há risco de complicações. Além disso, os efeitos a longo prazo da cirurgia de perda de peso no crescimento e desenvolvimento futuro de um adolescente são em grande parte desconhecidos.

 

É importante que o adolescente seja acompanhado por uma equipe de especialistas, como endocrinologista, nutricionista, pediatra e psicólogo.

 

Ainda assim, a cirurgia não é a resposta fácil para perda de peso. Ela não garante que a criança vai perder o excesso de peso, nem mesmo que o peso será mantido depois. Também não substitui a necessidade de seguir uma dieta saudável e um programa de atividade física regular.

Qual o prognóstico?

É possível adotar algumas estratégias para fazer seu filho ou filha comer melhor e praticar mais atividades físicas:

Se a criança se recusa a comer, seja firme

É muito importante que os pais fiquem firmes com a criança e sempre exponham a ela os motivos pelos quais ela deve comer o que eles estão indicando. Ainda mais se ela pede no lugar algum alimento que não fará bem a ela, como trocar a refeição toda por um copo de leite ou um lanche fast food.

 

Eles nunca devem ameaçar as crianças, forçar a comer, e sim explicar que este momento é da comida, oferecê-lo à criança e, caso ela não aceite, deixar sua comida guardada, quando a criança estiver com fome, dar novamente.

 

As crianças (e os adultos também!) precisam provar várias vezes um alimento antes de dizer que não gostam dele. O ideal é fazer isso desde cedo, evitando comidas e bebidas mais palatáveis, como itens refinados ou açucarados artificialmente. 

 

Isso não chega a prejudicar o paladar, mas se os pais só comem e só oferecem para os filhos os sabores salgado e doce, o azedo e o amargo ficam discriminados e a criança se condiciona a não gostar deles.

 

Por isso, é saudável e até sugerível oferecer itens como chocolate amargo, limonada não adoçada, entre outros. Como a criança não vai querer fazer isso de livre e espontânea vontade, é preciso que os pais sejam criativos e mudem as formas de preparação e apresentação do alimento.

 

Inserir um legume cozido e picado com o macarrão ou arroz, por exemplo, é uma ótima ideia. Se a criança não foi acostumada desde cedo, é preciso ter paciência, pois ela realmente demorará um tempo para se adaptar aos outros sabores.

Deixe os alimentos atraentes

Principalmente para as crianças, a comida saudável deve parecer apetitosa, senão todo o esforço não vai valer de nada. É claro que se a criança tem como lanches favoritos bolachas recheadas, salgadinhos e frituras, você deve substituí-los por outros itens. Porém, dá para colocar os itens mais saudáveis com uma apresentação mais agradável para a criança. Picar um alimento como a abobrinha, por exemplo, misturá-lo com outro, fazendo um patê para um lanche integral, pode ser uma forma de a criança começar a consumir esse alimento.

 

Uma dica que pode ajudar é introduzir os novos alimentos com mais calma, sem fazer muito alarde para a novidade do cardápio. Aja de maneira natural, sem muito esforço, faça o prato, ofereça naturalmente e todo mundo come junto. Se os pais falam muito que hoje o filho vai provar uma coisa nova, pode atrapalhar a aceitação.

 

Caso o item não faça tanto sucesso inicialmente, vale apresentá-lo para a criança de uma outra forma, misturado a outros itens, por exemplo. Outra dica é mexer com o lúdico no prato da criança, ela gostar do que vê também é muito importante, você pode brincar com as cores e montar pratos mais agradáveis ao olhar.

Se houver birra

Sabemos que a questão da birra vai além da alimentação – se a criança faz birra porque quer ou não quer comer algo, também faz porque quer que os pais comprem algo, porque não quer obedecer regras e limites, enfim, faz birra constantemente.

 

O ideal é que desde cedo os pais mostrem que eles dão a palavra final nas decisões e que com a birra a criança não vai conseguir o que quer: seja um pacote de salgadinho, seja um brinquedo novo. É importante não reforçar ou de certa forma, até recompensar este comportamento. Uma saída é deixar a criança sozinha no momento da birra e só conversar com ela quando parar.

Evite barganhas

Barganhar muitas vezes é uma atitude que funciona, mas nem sempre é a melhor forma de educar uma criança. Ao negociar o consumo de legumes e verduras no almoço por uma sobremesa, por exemplo, você não ensina o principal, ou seja, a necessidade de saúde na refeição, só faz uma troca sem dar a maturidade pra criança entender o motivo disso. Ou seja, a criança só fará aquilo pensando no ganho, e não porque é o certo.

E que tal sugerir novas modalidades para se mexer?

Pode ser que adolescentes não gostem de praticar atividades físicas por ter como única referência as aulas na escola ou a academia de musculação, que podem ser consideradas entediantes por eles.

 

Uma forma interessante de descobrir novas atividades é levá-lo a clubes ou academias que ofereçam aulas variadas, como lutas e dança. Ele ou ela pode assistir um pouco de cada aula, observar as características dos alunos e associar essa dinâmica às habilidades e preferências que ele tem.

 

No caso das crianças, encontre atividades que também estão ligadas com seu gosto pessoal. Por exemplo, se ela gosta da natureza, experimente uma caminhada no parque para colher folhas ou observar animais. Se ela gosta de subir em objetos ou móveis, encontre parques com brinquedos que possibilitem essa interação, como barras. Se a criança gosta de ler, podem fazer uma caminhada a pé ou de bicicleta para uma biblioteca.

Passeios em família

É fato comprovado que atividades em grupo e ao ar livre são altamente motivacionais. Uma ida ao parque no final de semana pode ser um empurrão para o começo da prática de atividades físicas. Alugar patins e bicicletas ou mesmo praticar algum esporte em grupo pode servir de estímulo para o adolescente ou criança perceber que os exercícios não são desagradáveis como ele pensava.

Dê o exemplo

Infelizmente, não tem como insistir para que seu filho ou filha saia do computador enquanto você mesmo não pratica nenhuma atividade. Os filhos têm os pais como referência e podem usar o sedentarismo deles como desculpa para também não praticar exercícios. Estar atento aos próprios costumes é importante para dar um bom exemplo aos seus filhos, de forma que eles encarem a atividade física como algo benéfico.

Na companhia dos amigos

Já que os adolescentes passam por uma fase de maior independência, pode ser que não se interessem pela ideia dos passeios com a presença dos pais. Nesses casos, você pode propor que ele pratique algum esporte ou exercício com os amigos.

 

As chances de o jovem abandonar a atividade são reduzidas quando ele está entre amigos e pessoas que tem afinidade, pois um acaba incentivando o outro a fazê-la. Convidar os amigos do seu filho para o passeio no parque pode ser muito mais motivador para o jovem do que estar em companhia apenas da família.

Não pressione

Ter pais ativos é uma grande influência para praticar atividades físicas – mas o tiro pode sair pela culatra caso exista muita cobrança e competitividade. Algumas pessoas exigem demais que os filhos pratiquem exercícios e até incentivam a competição.

 

Esses pais precisam entender que a atividade física, nesse momento, deve ser algo para o prazer. O ideal é deixar que o filho escolha uma modalidade pelos benefícios à saúde e pela diversão, deixando as competições para outros momentos.

Driblando a vergonha e o bullying

Todos os adultos já devem ter passado por algum período de vergonha do próprio corpo na adolescência, sabemos que este é um dos maiores dramas vividos nesta fase. Afinal, o desenvolvimento e as mudanças estão a pleno vapor.  

 

Mas enfim, essa vergonha pode fazer com que ele rejeite qualquer atividade física que exija roupas diferentes ou o coloque em situações constrangedoras. Nesses momentos, a melhor forma de ajudar é conversando com seu filho. Escutar o que o adolescente tem a dizer e tentar acolhê-lo pode ajudar a identificar e eliminar as causas do problema. 

 

O diálogo costuma possibilitar a busca de alternativas para solucionar a crise. É importante também não forçar o jovem a praticar qualquer tipo de atividade com a qual ele não se sinta à vontade.

 

Outra questão relevante é o bullying, que deve ser observado e identificado pelos pais ou educadores. Se o seu filho reluta em fazer qualquer tipo de atividade física, principalmente na escola, pode ser sinal de que ele foi alvo de bullying e prefere rejeitar essa prática, a fim de que não sofra mais esse desconforto.

 

Sempre conversar com ele para tentar identificar e ajudar a resolver possíveis problemas é muito saudável. Você estará demonstrando que você se importa e que ele pode contar com seu apoio. É possível também que não querer fazer exercícios físicos seja só a ponta do iceberg – pode ser necessário buscar um acompanhamento psicológico para reverter o problema.

 

Dê suporte

Os pais desempenham um papel essencial para ajudar as crianças com obesidade a controlar o peso. Aproveite todas as oportunidades para construir a autoestima da criança. 

 

Não fique com medo de trazer à tona o tema da saúde e fitness mas seja sensível. Pode ser que uma criança veja a sua preocupação como um insulto. Converse com seus filhos diretamente, abertamente e sem crítica ou julgamento.

 

  • Seja sensível às necessidades e sentimentos de sua filha ou filho;
  • Encontre razões para louvar os esforços da criança;
  • Converse com sua filha ou filho sobre seus sentimentos;
  • Ajude sua filha ou filho a focar em objetivos positivos.

Existem complicações na obesidade infantil?

Quais os riscos que a obesidade em crianças pode trazer?

A obesidade infantil aumenta o risco de uma série de condições, incluindo:

 

  • Colesterol alto
  • Hipertensão
  • Doença cardíaca precoce
  • Diabetes tipo 2
  • Problemas ósseos
  • Síndrome metabólica
  • Distúrbios do sono
  • Esteatose hepática não alcoólica
  • Puberdade precoce
  • Depressão
  • Asma e outras doenças respiratórias
  • Condições de pele como brotoeja, infecções fúngicas e acne
  • Baixa autoestima
  • Problemas de comportamento

Prevenção. Como evitar a obesidade em crianças?

O que deve ser feito para evitar a obesidade infantil?

 

Sabemos que os hábitos alimentares das crianças são formados ainda na barriga da mãe e se estendem nos primeiros anos de vida. Para evitar que se tornem adultos com excesso de peso (obesos ou com sobrepeso), os pais devem contribuir para que seus filhos tenham uma alimentação adequada e saudável.

A gestante deve optar por alimentos saudáveis, limitar o consumo de alimentos processados e evitar alimentos ultraprocessados. 

 

Antes dos dois anos, os pais não devem oferecer açúcar e alimentos ultraprocessados para seus filhos. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013) apontam que 60,8% das crianças menores de 2 anos comem biscoitos ou bolachas recheadas. Também devem manter distante dos pequenos suco de frutas e comidas industrializadas e refrigerantes.

 

Viviane recomenda ainda que seja evitado desde cedo o contato com realçadores de sabor e adoçantes artificiais. “A alimentação deve ser baseada em alimentos in natura e minimamente processados”, ressalta.

Atividade física ajuda no combate à obesidade infantil?

A prática de atividades físicas é fundamental para todas as etapas do desenvolvimento infantil e auxilia no equilíbrio do balanço energético e, consequentemente, na prevenção e tratamento da obesidade e de doenças relacionadas à obesidade nesta fase da vida.

 

“As crianças devem fazer exercícios com o corpo e não só com a mente e os dedinhos”, alerta a nutricionista, sobre a quantidade de horas que os pequenos gastam na frente de tablets e computadores. Além de evitar doenças crônicas, as atividades físicas auxiliam na melhora do rendimento escolar.

 

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 1,9 bilhão de pessoas estão acima do peso e 600 milhões são obesas. Para enfrentar essa situação, que permeia toda a população em todas as idades, em 2017 o governo brasileiro assumiu como compromisso atingir três metas para reduzir a obesidade.

 

A primeira delas é deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional. A segunda pretende reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019. A última objetiva ampliar em, no mínimo, 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente, até 2019.

 

  • Agende anualmente visitas de acompanhamento para sua filha ou filho.
  • Dê um bom exemplo. Certifique-se de comer alimentos saudáveis e fazer exercícios regularmente.
  • Evite disputas de poder relacionadas com os alimentos. Não use doces ou outros pratos como recompensa ou punição para as atitudes da criança.
  • Enfatiza o positivo, destacando o lado positivo da boa alimentação e do exercício.
  • Seja paciente. Muitas crianças com excesso de peso podem chegar a um peso saudável com o crescimento. Perceba, também, exagerar nas recomendações de dieta e atividade física pode sair pela culatra, fazendo a criança comer mais e aumentando o risco de um distúrbio alimentar.

Médicos e outros profissionais estão na linha de frente para detectar crianças acima do peso ou sob maior risco de engordar. Para tanto, se valem de diversos cálculos e ferramentas, como o famoso Índice de Massa Corporal (IMC)

 

Nos adultos, os limites são bem definidos. Na infância, porém, devido a variações inerentes ao crescimento e ao desenvolvimento, a interpretação do IMC difere de acordo com gênero e faixa etária e obedece a curvas específicas.

 

Muitos estudos apontam que os pais com frequência não reconhecem o excesso de peso dos seus filhos e não raro têm uma percepção equivocada a respeito da qualidade da dieta da família. No geral, queixam-se ao profissional de saúde quando os filhos parecem comer pouco.

 

A verdade é que esperar a criança crescer para, então, emagrecer não é uma sábia escolha porque diversas doenças podem surgir logo na infância. Quanto mais precoce a intervenção, maior a chance de se manter um peso saudável no futuro.

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Responsabilidade Editorial

Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. PROCURE UM MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.

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