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Hoje vamos falar de um assunto bastante controverso. Os medicamentos para emagrecer. Não é segredo para ninguém que a melhor maneira de ter e manter um peso equilibrado é consumir alimentos saudáveis e praticar exercícios físicos, bem como evitar stress e manter uma boa rotina de sono. Mas é claro, que os remédios para emagrecer são considerados uma forma simples e principalmente rápida de perder peso. 

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É importante salientar que, para que eles possam realmente funcionar, um especialista deve ser procurado. Isso porque eles podem causar efeitos bem sérios e precisam ser tomados com muito cuidado.

Índice:

O que são e quais os principais tipos de medicamentos para emagrecer?

Nos dias atuais, em que a taxa de obesidade se eleva consideravelmente a cada mês, a busca por substâncias inibidoras da fome e de queimadores de gordura cresce na mesma proporção. Em muitos casos, a utilização desses medicamentos é feita por indicação de terceiros sem acompanhamento médico.

 

Apesar da indicação dos especialistas em prescrever medicamentos apenas para pessoas com índice de massa corpórea (IMC) acima de 27 ou àquelas que apresentam problemas de saúde relacionados ao excesso de peso, muitas pessoas que se consideram acima do peso ingerem emagrecedores para perder alguns quilos.

 

Antes de iniciar uma dieta à base de medicamentos é necessário que um endocrinologista faça uma ampla pesquisa sobre os hábitos alimentares, as atividades físicas praticadas e outros fatores que podem influenciar. Dentre os medicamentos utilizados podemos citar:

 

Inibidores de Apetite: são os mais conhecidos e utilizados. Agem no cérebro controlando a fome de maneira variada, conforme a substância utilizada, já que cada uma funciona de maneira específica. Seu uso pode provocar sensações desconfortáveis como mau hálito, insônia, boca seca e tremedeira.

 

Queimadores de Gordura: apesar do nome, essas substâncias não queimam as gorduras do corpo, elas apenas inibem a absorção de gordura no organismo, tornando-se um método rápido e eficaz.

 

Apesar de fornecer o resultado desejado, tais substâncias só atuam no organismo quando são ingeridas, ou seja, no final da dieta o organismo não se adapta à nova condição e volta a apresentar o mesmo desejo pela comida e a mesma absorção de gordura fazendo com que a pessoa engorde novamente, algumas vezes até mais do que apresentava no estágio inicial.

 

Para melhores resultados, recomenda-se a utilização de dietas naturais, a reformulação dos alimentos ingeridos, a utilização de exercícios físicos e a reorganização dos hábitos diários. Esses são capazes de manter o corpo dentro do peso desejado e ainda promover a saúde metabólica do organismo.

 

Veja a seguir mais sobre os remédios para emagrecer mais conhecidos, como eles agem, para quem são indicados e se causam efeitos colaterais. Além disso, descubra se alternativas naturais e alimentos funcionais podem substituir esses medicamentos.

 

1. Sibutramina

A sibutramina é um dos medicamentos mais conhecidos e usados para emagrecer. Ela atua mexendo em alguns neurotransmissores como serotonina, noradrenalina e dopamina, e com isso, reduzindo o apetite. Hoje ele é um dos remédios que pode ser vendido no Brasil, desde que com prescrição médica.

Vantagens e indicações 

Uma das vantagens da sibutramina está em sua ação de redução do apetite e também de aumentar o gasto calórico. A sibutramina deve ser utilizada por pacientes com grau de obesidade grau 1 (quando o Índice de Massa Corpórea, IMC, está entre 30 e 34,9), grau 2 (quando o IMC, está entre 35 e 39,9) e grau 3 (quando o IMC está acima de 40).

 

A sibutramina é contraindicada para quem tem hipertensão, diabetes ou risco aumentado para doenças cardiovasculares. Ela pode causar efeitos colaterais, segundo a endocrinologista Márcia Nery, do Hospital das Clínicas, em São Paulo, por ser um “parente distante dos remédios antidepressivos”, que agem em diversos locais do sistema nervoso central, é possível que ocorram efeitos colaterais, como:

 

  • aumento da pressão arterial
  • elevação da frequência cardíaca
  • dores de cabeça
  • prisão de ventre
  • boca seca
  • dor de cabeça
  • insônia

 

Alterações de humor também são bastantes comuns e devem ser relatadas ao médico.

2. Saxenda

O saxenda é um remédio para emagrecer aprovado pela Anvisa em 2016. Seu princípio ativo, a liraglutida, é a mesma do remédio Victoza, usado para tratar o diabetes. Foi descoberto que ele reduz a sensação de fome, além de melhorar a glicose no sangue.

 

Ao contrário dos outros medicamentos de uso oral, o saxenda deve ser injetado sob a pele.

Vantagens e indicações 

A indicação do Saxenda é que ele seja utilizado em conjunto com dieta e atividade física em adultos com:

 

  • Índice de massa corporal acima de 30 kg/m2
  • IMC acima de 27 kg/m2 com alguma condição relacionada ao excesso do peso, como hipertensão, diabetes tipo 2 ou alterações de colesterol.

 

Acredita-se que ele funciona melhor em pessoas com problemas metabólicos, uma vez que ele também preserva o pâncreas.

 

Outra vantagem do saxenda é não afetar o humor do paciente, como outros remédios para emagrecer.

Efeitos colaterais 

Ele pode causar desenvolvimento de pancreatite, cálculos em vesícula biliar e risco de hipoglicemia, este último em pacientes com diabetes tipo 2.

3. Orlistat

Esse medicamento não atua na fome, saciedade ou outros mecanismos metabólicos. Ele normalmente interfere na absorção de gordura, inibindo que 30% dela seja assimilada pelo corpo, que é eliminada em maior quantidade nas fezes.

 

Por conta disso, ele é mais usado como coadjuvante, junto a outros tipos de remédios para emagrecer.

Vantagens e indicações 

O orlistat é um bom medicamento para pessoas com dieta rica em gordura e quem dificuldades em cortá-la da alimentação.

Efeitos colaterais 

Quando a pessoa ingere muita gordura tomando esse medicamento, ela pode ter diarreias devido à quantidade de gordura em suas fezes, o que pode causar desconfortos.

4. Fluoxetina

A fluoxetina é um remédio para ansiedade, que pode ser usada em alguns tratamentos para emagrecer. Neste contexto, ela age controlando a ansiedade a fim de reduzir a compulsão alimentar.

Vantagens e indicações 

Seu uso como coadjuvante na perda de peso deve ser restrito a pessoas que possuem obesidade associada à depressão, ou então em casos de obesidade relacionados a uma condição médica chamada Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Sendo assim, o paciente deve ter IMC maior ou igual a 30 e um diagnóstico de depressão ou TAG feito por um psiquiatra.

Efeitos colaterais 

A fluoxetina pode causar:

 

  • Diarreia
  • Náusea
  • Cansaço (fadiga)
  • Dor de cabeça
  • Insônia

 

Além disso, estudos mostram que após 6 meses de uso, a modesta perda de peso obtida inicialmente com a fluoxetina aos poucos vai se perdendo.

5. Sertralina

A sertralina também é um medicamento antidepressivo e sua ação é semelhante a da fluoxetina acima. No entanto, esse remédio é ainda menos usado para emagrecer, já que pode causar compulsão alimentar em grandes quantidades.

Vantagens e indicações 

Seu uso como coadjuvante na perda de peso deve ser restrito a pessoas que possuem obesidade associada à depressão, ou então em casos de obesidade relacionados a uma condição médica chamada Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

Efeitos colaterais 

As reações adversas mais comuns são:

 

  • Insônia
  • Sonolência
  • Tontura
  • Dor de cabeça
  • Diarreia
  • Boca seca
  • Náusea (enjoo)
  • Distúrbios da ejaculação
  • Fadiga (cansaço).

6. Bupropiona

A bupropiona é um antidepressivo mais indicado para o emagrecimento do que a fluoxetina e a sertralina, por ajudar a reduzir a compulsão. Ela atua de forma semelhante em casos de fumantes que querem deixar o vício de fumar.

Vantagens e indicações 

Ela é mais indicada quando o paciente apresenta algum quadro psiquiátrico, como depressão ou compulsão alimentar, e apenas quando a dieta e os exercícios físicos sozinhos não se mostram eficazes para o emagrecimento.

Efeitos colaterais 

O medicamento pode causar insônia, boca seca, cefaleia e, em casos mais graves, convulsões, taquicardia, hipertensão, urticária e manchas na pele (rash cutâneo). Por isso mesmo ele deve ser ingerido com acompanhamento médico.

7. Anfetaminas (Anfepramona, Femproporex e Mazindol)

As anfetaminas, como Anfepramona, Femproporex e Mazindol, são uma classe de medicamentos chamados de anorexígenos. Eles agem diretamente reduzindo o apetite.

Hoje eles estão com as vendas proibidas pela ANVISA aqui no Brasil desde 04 de outubro de 2011. A alegação da agência para a proibição é que não há estudos que comprovem seus benefícios.

Vantagens e indicações 

Esses medicamentos inibem a fome quase que completamente.

Efeitos colaterais 

O problema dessas fórmulas é que elas não melhoram o paciente metabolicamente nem o educam a como comer melhor. Além disso, elas podem trazer alterações comportamentais, como ansiedade, irritabilidade, insônia, tremores e depressão.

Quando usar remédios para emagrecer?

É sempre importante deixar claro aos leitores que, os remédios para emagrecer nunca devem ser a primeira opção para o emagrecimento. O ideal é que primeiro, o paciente experimente mudar hábitos como sua alimentação e grau de atividade física realizada no dia a dia. Caso essas medidas não se mostrem eficazes, aí sim os medicamentos podem e devem ser indicados, levando em conta o perfil de cada paciente.

 

O ideal é que as pessoas com IMC acima de 30, ou pessoas com IMC acima de 27 e doenças metabólicas, sejam avaliadas para o uso de medicamentos nesses casos. Somente nessas situações os efeitos colaterais dos medicamentos não superam os benefícios possíveis.

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O que dizer de remédios naturais para emagrecer?

Existem alguns métodos naturais para emagrecer. Entenda se eles funcionam mesmo:

Quitosana 

Essa substância é extraída do exoesqueleto de insetos ou crustáceos e age como uma fibra, trazendo saciedade. Além disso, estudos feitos em animais mostraram que a quitosana pode interferir muito na digestão e absorção de gorduras pelo trato intestinal, facilitando a excreção destas gorduras nas fezes dos animais. No entanto, não há estudos que mostrem seus benefícios diretos no emagrecimento em seres humanos.

Konjac 

Essa raiz também é famosa por suas propriedades emagrecedoras, mas existem poucas evidências da sua ação em seres humanos.

Goji berry em cápsulas 

Alguns estudos mostram que o goji berry consumido em suco pode ajudar a emagrecer, já que pessoas com baixo consumo de vitamina C podem ser mais resistentes a perder massa gorda. No entanto, ele precisa ser aliado a uma alimentação equilibrada.

Faseolamina 

Essa substância presente no feijão branco cru reduz a absorção dos carboidratos, sendo aliada do emagrecimento. No entanto, esse alimento cru deve ser consumido com bastante moderação, pois pode fazer mal à saúde.

Remédios caseiros para emagrecer funcionam?

Os remédios caseiros para emagrecer e perder a barriga são boas opções para ajudar a desintoxicar o organismo, eliminando gorduras e toxinas que estão envolvidas no aumento do peso.

 

Além disso, alguns alimentos também possuem propriedades diuréticas que eliminam o excesso de água no organismo, sendo uma boa alternativa aos remédios para emagrecer, que só devem ser utilizados sob orientação do endocrinologista.

 

Entre os remédios caseiros para emagrecer estão itens como água com berinjela, água com gengibre e chás diuréticos. Veja se eles realmente funcionam:

Água com gengibre 

Deixar o gengibre soltar seu líquido na água pode sim ajudar no emagrecimento devido a seu efeito termogênico. Mas só funcionará se aliado a uma dieta balanceada e com menos calorias.

Água com berinjela 

Essa água, feita ao deixar de molho cubinho de berinjela, não tem estudos que comprovem seu benefício na perda de peso ou que os nutrientes do vegetal sejam passados para a água. O ideal é aproveitar os benefícios da berinjela in natura, consumindo-a refogada ou grelhada.

Chás diuréticos 

Bebidas com essa propriedade apenas reduzem a retenção de líquido do corpo, o que ajuda a reduzir poucos quilos na balança. No entanto, chás diuréticos com outras propriedades emagrecedoras, como o chá de hibisco, podem ser interessantes, desde que também sejam aliados a uma dieta mais saudável.

1. Chá verde

Tomar o chá verde com gengibre como substituto da água ajuda a emagrecer porque estes ingredientes são diuréticos e têm ação termogênica, aumentando o gasto calórico do organismo, mesmo em repouso.

 

Ingredientes

 

  • 1 colher de chá de chá verde;
  • 1 colher de chá de gengibre ralado;
  • 1 litro de água fervente.

 

Modo de preparo

 

Juntar todos os ingredientes em uma panela e deixar descansar por alguns minutos. Coar e beber o chá, aos poucos, várias vezes ao dia.

 

2. Chá de hibisco

O hibisco é uma planta muito eficaz para a perda de peso, devido à sua composição rica em antocianinas, compostos fenólicos e flavonoides, que ajudam a regular os genes envolvidos no metabolismo dos lípidos e atuando na redução das células de gordura.

 

Ingredientes

 

  • 2 colheres de sopa de hibisco seco ou 2 sachês de chá de hibisco;
  • 1 litro de água em início de fervura.

 

Modo de preparo

 

Ferver a água, acrescentar as flores de hibisco e de seguida tampar o recipiente e deixar repousar por cerca de 10 minutos antes de coar e beber. Deve-se tomar 3 a 4 xícaras deste chá diariamente, meia hora antes das principais refeições. 

 

3. Chá de gengibre

O chá de gengibre é ótimo para emagrecer, porque ele é um potente diurético e é considerado um alimento termogênico, aumentando o metabolismo e fazendo o corpo gastar mais energia.

 

Ingredientes

 

  • 2 cm de gengibre fresco;
  • 1 colher de chá de gengibre em pó;
  • 1 litro de água.

 

Modo de preparo

 

Colocar os ingredientes numa panela e deixar ferver por cerca de 8 a 10 minutos. Desligar o fogo, tampar a panela e esperar amornar para coar e beber. É aconselhado tomar o chá de gengibre 3 vezes por dia. 

 

4. Chá de salsinha

O chá de salsinha é um dos remédio caseiros mais populares para ajudar na retenção de líquidos e, de fato, estudos feitos com esta planta em animais demonstraram que é capaz de aumentar a quantidade de urina produzida.

 

Além disso, a salsinha contém flavonóides que, segundo outro estudo, são compostos capazes de se ligar aos receptores de adenosina A1, diminuindo a ação dessa substância e aumentando a produção de urina.

 

Ingredientes

 

  • 1 ramo ou 15 g de salsinha fresca com talos;
  • 1/4 de limão;
  • 250 ml de água fervente.

 

Modo de preparo

 

Lavar e picar a salsinha. Depois, juntar a salsinha na água e deixar repousar por 5 a 10 minutos. Por fim, coar, deixar amornar e beber várias vezes ao dia.

Idealmente, o chá de salsinha não deve ser usado por grávidas, nem por pessoas que estejam fazendo tratamento com anticoagulantes ou outros diuréticos.

 

5. Chá de dente-de-leão

O dente-de-leão é outra planta popular para aumentar a produção de urina e eliminar a retenção de líquidos. Esta planta funciona como diurético natural porque é rica em potássio, um tipo de mineral que atua nos rins aumentando a produção de urina.

Ingredientes

  • 15 g de folhas e raízes de dente-de-leão;
  • 250 ml de água fervente.

Modo de preparo

Adicionar a água numa xícara e depois colocar as raízes e deixar repousar por 10 minutos. Coar e beber 2 a 3 vezes por dia.

O uso desta planta não deve ser feito durante a gravidez, nem por pessoas com problemas nos ductos biliares ou oclusão intestinal.

6. Chá de cavalinha

O chá de cavalinha é outro diurético natural muito utilizado na medicina tradicional e, embora existam poucos estudos recentes feitos com esta planta, uma revisão feita em 2017, refere que o efeito diurético da cavalinha pode ser comparado com o do remédio hidroclorotiazida, que é um diurético produzido em laboratório.

Ingredientes

  • 1 colher (de chá) de cavalinha;
  • 250 ml de água fervente.

Modo de preparo

 

Colocar a cavalinha na xícara com água fervente e deixar repousar entre 5 a 10 minutos. Depois coar, deixar amornar e beber 3 vezes por dia.

 

Ainda que existam dúvidas sobre a possibilidade de a cavalinha aumentar a eliminação de minerais pela urina, é recomendado fazer uso desta planta apenas por 7 dias seguidos, para evitar o desequilíbrio de minerais. Além disso, este chá não deve ser usado por grávidas ou mulheres a amamentar.

7. Chá de funcho

O funcho é uma planta tradicionalmente utilizada para tratar problemas da bexiga e até pressão alta, devido ao seu efeito diurético, que aumenta a produção de urina e elimina o excesso de líquidos no organismo.

Ingredientes

  • 1 colher (de chá) de sementes de funcho;
  • 1 xícara de água fervente.

Modo de preparo

 

Juntar as sementes à água fervente numa xícara e deixar repousar por 5 a 10 minutos. Depois, coar e beber até 3 vezes por dia.

 

Esta é uma planta bastante segura que pode ser usada em adultos e crianças. No caso das grávidas e lactantes, devido à falta de estudos, é recomendado utilizar o chá apenas sob orientação do obstetra.

Cuidados ao utilizar chás diuréticos

O uso de qualquer tipo de chá deve ser sempre orientado por um fitoterapeuta ou um profissional de saúde com conhecimento na área das plantas medicinais.

 

Idealmente, os chás diuréticos não devem ser usados por pessoas que já estejam fazendo uso de diuréticos sintéticos, como a furosemida, hidroclorotiazida ou espironolactona. Além disso, também devem ser evitados por pacientes com problemas renais, doenças cardíacas ou pressão arterial baixa.

 

No caso dos chás diuréticos é também muito importante importante evitar seu uso por mais de 7 dias, principalmente sem orientação de um profissional, já que alguns podem aumentar a eliminação de minerais importantes na urina, podendo causar desequilíbrios no organismo.

 

Outras dicas importantes para emagrecer são evitar produtos muito processados, industrializados, gordurosos ou com muito açúcar e, além disso, praticar exercícios regularmente. Uma consulta com um nutricionista pode ser útil para receber orientações práticas para adaptar a dieta e emagrecer com saúde, mantendo o bem-estar.

Principais dúvidas sobre medicamentos para emagrecer

Em que casos eles devem ser usados? Eles são válidos tanto para sobrepeso como para a obesidade?

Todos os tipos de medicamentos para emagrecer só devem ser usados quando a adoção de uma alimentação mais saudável e a prática de exercícios físicos não mostraram resultado na perda de peso. “Quando o índice de massa corpórea (IMC) continua superior a 29,9 após o tratamento com reeducação alimentar, é indicado o uso de remédios para ajudar no processo de emagrecimento”, diz a endocrinologista Vânia dos Santos. Para descobrir o índice de massa corpórea, basta dividir o seu peso em quilogramas pelo quadrado de sua altura.

 

Tabela de IMC segundo a Organização mundial da saúde

Abaixo do peso – abaixo de 18,5

Normal – de 18,6 a 24,9

Sobrepeso (pré-obesidade) – de 25 a 29,9

Obesidade leve – 30 a 34,9

Obesidade moderada – 35 a 39,9

Obesidade grave ou mórbida – acima de 40

Quais são os possíveis efeitos colaterais destes medicamentos?

Mesmo que esses remédios sejam seguros se usados da maneira correta, eles podem causar uma série de efeitos colaterais. “Cada tipo de medicação contra obesidade tem efeitos colaterais específicos, que também variam de acordo com o metabolismo de cada indivíduo”, explica a endocrinologista Glaucia Duarte.

 

Os anorexígenos (anfepramona, femproporex, mazindol), podem causar irritabilidade, insônia ou sono superficial, tremores, depressão ou se alternam períodos de estímulo com períodos de depressão, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. “Todos esses efeitos estão ligados ao sistema nervoso e cardiovascular, áreas onde os anorexígenos têm efeito”, diz Glaucia Duarte.

 

Já os sacietógenos, que aumentam a sensação de saciedade, normalmente apresentam efeitos colaterais mais suaves que os anfetamínicos, causando insônia ou sono superficial, agitação, irritabilidade (que não é um sintoma frequente). Mesmo assim a sibutramina, que se enquadra nesse grupo, foi proibida de ser comercializada nos Estados Unidos e na Europa por que os órgãos responsáveis alegaram que o medicamento acelera a frequência cardíaca, provocando arritmias em quem já tem a propensão de doenças cardíacas. No Brasil, a sibutramina foi enquadrada na categoria de remédio controlado.

 

Os inibidores da absorção de gorduras apresentam efeitos colaterais principalmente se a ingestão de gorduras for exagerada. É como um sinal vermelho. “A pessoa apresentará diarreia com fezes pastosas ou líquidas, podendo até eliminar gotas de gorduras depois de refeições mais pesadas. Por isso, mesmo tomando remédios para emagrecer, é preciso ter uma alimentação balanceada e saudável”, diz a endocrinologista Vânia dos Santos Nunes.

Crianças com quadro de obesidade podem tomar remédios para emagrecer?

A indicação de remédios para emagrecer deve ser restrita, sendo prescrita nos casos em que a obesidade se tornou um fator de risco. De acordo com Vânia dos Santos, a reeducação alimentar e a prática de atividades físicas normalmente sozinhas conseguem trazer uma melhora considerável na saúde de crianças obesas e adolescente com menos de 16 anos. No entanto, às vezes o uso de remédios é necessário. “O uso de orlistat, um tipo de remédio que diminui a absorção de gordura pelo intestino, já foi testado e aprovado em crianças. Já os medicamentos que agem no sistema nervoso central ainda não têm total aprovação em crianças e adolescentes”, diz Gláucia Duarte. E não é à toa. Se eles já provocam efeitos desagradáveis no corpo de um adulto, imagine para as crianças.

Esse tipo de remédio tem alguma contra-indicação?

Por causar alterações no funcionamento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular, os remédios anorexígenos e os sacietógenos não devem ser usados por pessoas com hipertensão arterial descompensada, arritmias cardíacas, diabetes do tipo 2, doenças psiquiátricas (depressão e transtornos do humor, impulsos compulsivos) e glaucoma.

 

“Mesmo que as principais contra-indicações estejam relacionadas aos sacietógenos e aos anorexígenos, os remédios que diminuem a absorção de gorduras também apresentam um grupo de risco, que são os pacientes com doenças inflamatórias intestinais”,diz a endocrinologista Vânia dos Santos.

O uso prolongado pode causar dependência (física ou psicológica)?

Mesmo que o grau de dependência seja baixo (possuem nível um em uma escala que vai até quatro), os medicamentos para emagrecer podem causar dependência física e psicológica se forem usados por um período muito longo, (mais de quatro meses sem novas avaliações). “Como esses medicamentos só devem ser usados em último caso e ainda sim como apoio a um programa de reeducação alimentar e prática de atividades físicas, depois que o paciente não se encontra mais em um quadro de obesidade, o uso dos remédios deve ser interrompido”, diz Vânia dos Santos

Eles precisam ser tomados constantemente para que o peso se mantenha sob controle?

“Na verdade, eles devem ser usados por um período curto, (o médico faz uma nova avaliação mensal se o remédio continua necessário), para não provocar nenhum grau de dependência”, diz Vânia dos Santos. Os medicamentos para perder peso devem fazer parte do tratamento para perder peso, e não para mantê-lo baixo. De acordo com a endocrinologista, a manutenção da boa forma deve ser feita a partir de uma alimentação saudável e de prática de exercícios físicos. Caso contrário, as chances de recuperar o peso novamente são enormes. É o famoso efeito sanfona.

É verdade que se parar de tomar engorda o dobro?

De acordo com as endocrinologistas, quem emagrece com ajuda de medicamentos que agem no sistema nervoso central realmente recuperam toda a gordura perdida se não se preocupam com a alimentação e com a prática de atividades físicas após o fim do tratamento.

É perigoso tomá-los e fazer exercícios intensos por causa da frequência cardíaca?

Assim como a alimentação, a prática de exercícios físicos deve ser controlada após a prescrição de remédios para emagrecer “Usualmente os educadores físicos sugerem o teste de esforço antes de iniciar a atividade física. O ideal é que se mantenha um acompanhamento das variações da frequência cardíaca para diagnosticar quaisquer alterações”, diz Glaucia Duarte.

Eles causam sudorese excessiva?

Os remédios termogênicos, um tipo de substâncias que agem principalmente aumentando o gasto calórico do organismo pode causar esse efeito colateral em algumas pessoas. Mas, por razões de segurança e efeitos colaterais (aumento de frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, aumento da termogênese), esse tipo de remédio tem sido pouco utilizado.

Seus resultados são melhores do que a reeducação alimentar e a prática de exercícios físicos?

O uso da medicação apenas pode facilitar a perda de peso, mas, se não houver mudanças do estilo de vida há chances de retomada do peso perdido. “O remédio sozinho não irá trazer resultados positivos. É preciso controlar a alimentação e praticar atividades físicas juntamente com a medicação para conseguir perder peso”, diz Vânia dos Santos.

Eles aceleram o metabolismo?

De acordo com Vânia, as pessoas com obesidade tendem a ter o metabolismo mais lento, e por isso, o corpo demora a consumir toda a energia que foi acumulada pelas refeições. O que alguns remédios causam, como efeito secundário, é aumentar o gasto calórico. A não ser remédios para tireoide, que não são indicados para casos de obesidade, os medicamentos para emagrecer não afetam o funcionamento de nosso metabolismo.

Como garantir que a prescrição médica dos remédios é a mais indicada para o “meu” caso?

De acordo com as nutricionistas, a melhor maneira de se proteger de um erro de prescrição médica é procurar apenas profissionais qualificados e indicados por outros médicos de confiança. Outra dica é sempre procurar ouvir uma segunda opinião.

Qual o perigo de tomar aquelas fórmulas manipuladas que fazem um coquetel de drogas? Nesse caso, o mais indicado é o remédio comprado na farmácia?

Como esse tipo de medicamento pode trazer muitos efeitos colaterais, os médicos preferem medicações dos laboratórios, que são vendidas nas farmácias comuns. “O médico não tem como prever quais os efeitos colaterais que uma fórmula manipulada pode trazer ao paciente. Por isso, bons médicos sempre receitam medicações para emagrecer de laboratórios consagrados, que passam por teste de qualidade”, explica Vânia dos Santos.

A perda de peso é ilusória, ou seja perdemos mais massa magra do que gordura?

Um processo de emagrecimento rápido sem a preocupação com atividades física ou alimentação para manter a massa magra tendem a não se sustentarem. Nesse caso, há perda de músculos sim. “A perda de peso dimensionada num tratamento completo, com reeducação alimentar e exercícios físicos, garante a troca de massa gorda por massa magra“, explica Glaucia Duarte.

Ao passar do tempo o corpo acostuma com o remédio e com as dosagens? Quem toma remédio por muito tempo tem mais dificuldade de emagrecer sem ele depois?

Com o passar do tempo, especialmente com as anfetaminas, o organismo pode desenvolver tolerância, ou seja, necessitar do aumento da dose para que o efeito seja o mesmo. “Muito provavelmente quem se torna um dependente químico de anfetaminas, espera um jeito fácil de perder peso, sem o comprometimento com a reeducação alimentar e exercícios físicos, o que dificulta a sustentabilidade do peso perdido”, alerta Glaucia Duarte.

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Onde comprar?

Com exceção das anfetaminas, que estão proibidas de serem vendidas pelas farmácias e drogarias pela ANVISA, se o seu médico analisou seu caso e viu a real necessidade de utilizar remédios para emagrecer e prescreveu algum deles para você. Cliquefarma te ajuda a encontrar as melhores ofertas e condições de entrega agora mesmo! Confira já e depois comente conosco no box abaixo suas experiências que queremos saber sua opinião! 

Responsabilidade Editorial

Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. PROCURE UM MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.

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