O câncer colorretal é aquele que se desenvolve no intestino grosso (cólon), incluindo sua porção final: o reto e o ânus.
Quem pode desenvolver o câncer colorretal?
Qualquer pessoa pode desenvolver esse tipo de câncer, sendo o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil, excluindo os de pele não-melanoma.
O mais comum é que o câncer aconteça a partir de alguns tipos de pólipos (que são lesões benignas) que podem surgir no intestino.
Quais são os sintomas?
Na maioria dos casos, a doença é silenciosa, não apresentando nenhum sintoma. Mas existem alguns sinais de alerta que devem ser observados como:
- Sangramento nas fezes
- Fezes pretas (como “piche”)
- Fezes achatadas (como uma fita)
- Alteração no hábito intestinal mantida (diarreia e/ou constipação)
- Dor abdominal constante
- Anemia não explicada por outra causa
- Sinais de obstrução intestinal
- Perda de peso sem explicação
Existem outras condições que também causam esses sintomas, mas a consulta será o primeiro passo para afastar as questões mais graves.
Como é o diagnóstico?
Qualquer câncer costuma ter seu diagnóstico confirmado através de biópsia. Nesse caso, a biópsia é feita por meio de uma colonoscopia (exame realizado com uma câmera que é introduzida pelo ânus, com o paciente sedado) ou cirurgia.
O que pode aumentar o risco de desenvolver câncer colorretal?
Há alguns fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal, ou seja, situações que vão aumentando o risco de apresentar a doença. Isso não significa que quem tem os fatores necessariamente terá a doença e nem que quem não tem estará livre. Trata-se de situações que podem ajudar tanto no diagnóstico como na prevenção.
Os principais fatores de risco são:
- Ter alguma síndrome hereditária conhecida como a Síndrome de Lynch e a Polipose Adenomatosa Familiar
- Idade a partir de 50 anos
- Tabagismo
- Obesidade
- Hipertensão
- Diabetes
- Colesterol ou triglicerideos alto
- Ingestão em excesso de carnes vermelhas e embutidos
- Esteatose hepática (gordura no fígado)
- Alimentação inadequada (industrializada, com poucos vegetais e muito açúcar/gordura)
- Consumo de álcool recorrente
- História de câncer de intestino em parente de primeiro grau (pais, filhos, irmãos)
- Ter doença inflamatória intestinal
- Ter feito radioterapia na região abdominal
É necessário realizar o rastreio?
De acordo com o Ministério da Saúde é recomendado realizar rastreio para o câncer colorretal a partir dos 50 anos, podendo ser através da pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia ou sigmoidoscopia. A colonoscopia é o exame mais completo, mas nem sempre está disponível e acessível. Caso a pessoa apresente alto risco para a doença o rastreio pode ser antecipado.
O objetivo de rastrear é procurar o câncer em estágios iniciais ou lesões precursoras (aquelas benignas que têm risco de virar câncer) e proporcionar o tratamento precocemente.
O que posso fazer para prevenir o câncer colorretal?
Sabemos que alguns fatores de risco são inevitáveis, como as questões genéticas, mas tomar algumas medidas para reduzir a chance de ter a doença. As recomendações são:
- Realizar atividade física regularmente
- Incluir bastantes frutas, legumes e verduras na alimentação
- Preferir alimentos integrais, pois têm mais fibras
- Parar de fumar
- Parar de consumir álcool
Estas recomendações podem reduzir o risco de apresentar este tipo de câncer e vários outros, além de melhorar a saúde como um todo.