Sepse: o que é e quais são as causas?

Sepse: Imagem de Freepik.

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A sepse, também conhecida como infecção generalizada, é uma das principais causas de morte no mundo e uma emergência médica que exige atenção imediata. Mesmo assim, muita gente ainda não sabe o que ela é ou como identificá-la. Entender a sepse pode salvar vidas.

O que é sepse?

A sepse é uma resposta inflamatória desregulada do corpo a uma infecção,  o que pode levar à falência múltipla de órgãos e, se não tratada rapidamente, à morte.

Ela é tão grave que o tempo de resposta faz toda a diferença: a cada hora sem tratamento adequado, a chance de sobrevivência diminui significativamente.

Quais são as causas?

A sepse pode ser causada por qualquer tipo de infecção, mas as mais comuns incluem:

  1. Infecções respiratórias, como pneumonia;
  2. Infecções urinárias, especialmente em idosos e pessoas com baixa imunidade;
  3. Infecções abdominais, como apendicite perfurada ou peritonite;
  4. Infecções de pele, como celulite infecciosa ou feridas contaminadas;
  5. Infecções hospitalares, especialmente em pacientes internados, entubados ou com cateteres.

Além disso, os  agentes causadores podem ser bactérias, vírus, fungos ou protozoários, sendo as bactérias os principais responsáveis.

Qualquer pessoa pode desenvolver sepse, mas o risco é maior em:

  • Bebês e crianças pequenas;
  • Idosos;
  • Pessoas com doenças crônicas (diabetes, câncer, insuficiência renal, HIV);
  • Imunossuprimidos (uso de corticoides, quimioterapia, transplantados);
  • Pacientes hospitalizados ou em UTI;
  • Portadores de feridas infectadas ou cateteres.

É essencial reconhecer os sinais precoces para buscar atendimento médico urgente.

Fique atento a sintomas como:

  • Febre alta ou hipotermia (temperatura muito baixa);
  • Confusão mental ou sonolência excessiva;
  • Queda da pressão arterial;
  • Respiração acelerada;
  • Batimentos cardíacos muito rápidos;
  • Extremidades frias ou com coloração azulada;
  • Diminuição da quantidade de urina.

A sepse precisa ser tratada o mais rápido possível, geralmente em ambiente hospitalar ou UTI. Por isso, é importante investigar a história sugestiva de infecção e internações recentes, bem como febres recorrentes e uso dos antibióticos dos últimos 3 meses antes de seguir com o tratamento, que inclui:

  • Uso de antibióticos venosos de amplo espectro;
  • Suporte com soro e medicamentos para estabilizar a pressão arterial;
  • Oxigênio ou ventilação mecânica, se necessário;
  • Controle da infecção na origem, como drenagem de abscessos, retirada de cateter contaminado, entre outros.

Importante: ao notar qualquer suspeita de infecção com sintomas graves, busque imediatamente o serviço de saúde.

Para prevenir a sepse é indispensável a higienização correta das mãos, ademais, a realização de vacinas pneumocócica, meningocócica e Covid-19 podem ser essenciais na redução da incidência da sepse.

A sepse não é “só uma infecção”, trata-se de uma urgência médica e, por isso, precisa de tratamento o mais rápido possível. Não negligencie e sua saúde ou a de quem você ama.

Tags: sepse
Mariana Marins: Enfermeira, especialista em Saúde da Família e mestre em Ensino na Saúde pela Universidade Federal Fluminense.