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O que exatamente é a tireoide ou glândula tireoide?

A tireoide é um órgão que faz parte do sistema endócrino. Os órgãos endócrinos são “glândulas” distribuídas por diferentes partes do corpo e produzem “hormônios” diferentes. Esses hormônios são mensageiros que viajam pelo sangue e alcançam os tecidos onde regulam múltiplas funções.

Poderíamos dizer que a glândula tireóide é uma fábrica de hormônios (mensageiros) que viajam pelo sangue e dizem a outros órgãos como se comportar.

A tireoide regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Dessa forma, garante o equilíbrio do organismo. A glândula possui forma de borboleta (com dois lobos) e se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão.

tireoide hipotireoidismo 2

Em relação a outros órgãos do corpo humano, a tireoide é relativamente pequena, mas é uma das maiores glândulas já que pode chegar a até 25 gramas em um adulto. Sabemos que ela atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.

 

Podemos ver o quão importante ela é, pois quando não funciona corretamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertiroidismo). Nos dois casos, o volume da glândula aumenta, o que é conhecido como bócio. Esses problemas podem ocorrer em qualquer etapa da vida e são simples de se diagnosticar.

Onde fica a tireoide? Anatomia tireoidiana

A glândula tireoide tem a forma de uma borboleta ou de uma gravata-borboleta. Ela é composta de dois lobos unidos pelo istmo da tireoide.

Está localizada na parte frontal e baixa do pescoço, um pouco abaixo da laringe (garganta) e um pouco acima do esterno (osso central do tórax). A traqueia fica atrás da tireoide e há pele, tecido subcutâneo e pequenos músculos à frente. Em condições normais, é pequena em tamanho e pode ser palpada com dificuldade. Como curiosidade, a tireoide “sobe engolindo”, o que dá para aproveitar para detectá-la no exame físico médico.

 

É importante não confundirmos a tireoide com as “Glândulas Paratireoides”, que são 4 pequenas glândulas em forma de ervilha que são coladas apenas na parte de trás da tireoide. Elas fazem outro tipo de hormônio chamado “Parathormone”, que regula o cálcio no sangue.

Como ela funciona?

A glândula tireoide não funciona sozinha, mas é regulada por outros órgãos endócrinos, neste caso, a glândula pituitária e o hipotálamo.

Quando o hormônio da tireoide é necessário, o hipotálamo dá a ordem à hipófise usando o hormônio TRH. A glândula pituitária recebe a ordem e envia à tireoide outro hormônio, o TSH (hormônio estimulante da tireoide). A tireoide, ao receber o TSH, fabrica o hormônio tireoidiano ou tiroxina e o envia para o sangue para realizar sua função em todo o corpo. 

 

Existe também um mecanismo regulador para que um excesso de hormônios não seja fabricado. Quando há quantidade suficiente de T3 e T4 no sangue, elas inibem a produção de mais TRH e mais TSH para manter níveis estáveis ​​de hormônios.

Fabricação de hormônios pela tireoide

A tireoide toma para ela o iodo que circula no sangue e que vem da comida na dieta. Este iodo é incorporado em uma proteína chamada tireoglobulina, graças à ação de uma enzima chamada tireoperoxidase. Nesta proteína, o iodo é metabolizado para produzir os hormônios finais: T4 ou tiroxina que transporta 4 moléculas de iodo e T3 ou tri-iodotironina que transporta 3 moléculas de iodo.

 

Os hormônios obtidos podem ser enviados para o sangue ou podem ser armazenados em pequenos sacos que formam toda a tireoide chamada folículos. Dentro há um líquido chamado “coloide”.

 

Espalhados por toda a tiroide a nível microscópico, há outro tipo de células chamadas células C, que formam outro tipo de hormônio chamado calcitonina. Este hormônio também é responsável pela regulação do cálcio com paratormônio produzido nas glândulas paratireoides.

Qual é a função dos hormônios da tireoide?

Os dois hormônios produzidos pela tireoide ajudam o nosso corpo a manter a pressão sanguínea, o ritmo cardíaco, o tônus muscular e as funções sexuais. Esses hormônios ainda atuam na oferta e no consumo de oxigênio pelos órgãos, o que intensifica a respiração celular, liberando calor no organismo. Em anfíbios, os hormônios da tireoide controlam a metamorfose dos girinos para a vida adulta.

 

Os hormônios tireoidianos viajam pelo sangue e atingem todo o corpo. Eles exercem múltiplas funções regulatórias no nível metabólico.

  • Eles estão muito envolvidos no crescimento e desenvolvimento fetal;
  • Eles ajudam a usar energia e regulam quanto deve ser consumido;
  • Regulam a temperatura do corpo;
  • Ajudam no funcionamento de múltiplos órgãos, como o cérebro, o coração, os músculos, etc.

O que pode falhar? Principais doenças da tireoide

Sua função hormonal pode ser alterada

  1. Hipotireoidismo: pouca quantidade de hormônio tireoidiano é fabricada.
  2. Hipertireoidismo: hormônio tireoidiano é fabricado em excesso.

O tamanho pode ser alterado

  1. Bócio simples: crescimento da tiroide em uma base regular
  2. Bócio nodular e nódulos tireoidianos: crescimento de nódulos

 

Falando sobre o hipotireoidismo

O que é hipotireoidismo?

Segundo o Ministério da Saúde, o hipotireoidismo é a condição em que a glândula tireoide (tireoide) não é capaz de produzir hormônio suficiente (T3 e T4) para manter o bom funcionamento do corpo. Como a quantidade de T3 e T4 no sangue diminui, a função dos tecidos que esses hormônios precisam é alterada.

E isso acaba causando sintomas como ganho de peso, fadiga, prisão de ventre, inchaço, queda de cabelo e até depressão.

Quais as causas e os fatores de risco do hipotireoidismo?

Como vimos anteriormente, a produção do T3 e T4 é regulada pelo hormônio TSH, que é produzido na glândula hipófise. O TSH age como se fosse um interruptor: quando faltam T3 e T4 no sangue, o TSH sobe (fica “ligado”) e com isso tenta normalizar os níveis destes hormônios. De forma inversa, quando T3 e T4 estão elevados no sangue o TSH fica “desligado” e seus níveis no sangue caem.

 

O hipotireoidismo acontece quando os níveis de T3 e T4 estão baixos. Nesse caso sintomas como cansaço, sonolência, dificuldade de perda de peso, cabelos e unhas secos e quebradiços além de raciocínio lento podem ocorrer.

 

O quadro pode acontecer por um período curto (agudo) ou longo (crônico). Vários fatores podem desencadear este problema, tais como:

Doenças autoimunes

Doenças autoimunes acontecem quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo. Às vezes isso pode acontecer também com a tireoide, o que impediria a glândula de produzir as quantidades normais de hormônios.

 

As causas dessas doenças, no entanto, ainda são nebulosas para os cientistas. Muitos acreditam que vírus, bactérias ou até mesmo a genética possam estar envolvidos.

Tratamento de hipertireoidismo

O hipertireoidismo é justamente o oposto do hipotireoidismo. As pessoas afetadas por ele produzem quantidades acima do normal de hormônios e precisam ser tratadas com medicamentos que estabilizem a produção na tireoide.

 

Pode acontecer, no entanto, de a situação se inverter e o paciente passar a apresentar um quadro de hipotireoidismo após passar pelo tratamento.

Cirurgia de tireoide

Remover uma parte da tireoide durante procedimento cirúrgico pode prejudicar a produção de hormônios pela glândula. A alternativa para esses casos é a reposição hormonal durante todo o restante da vida.

Radioterapia

Muitos cânceres são tratados com radioterapia. O procedimento costuma causar muitos efeitos colaterais nos pacientes, e um deles pode ser o hipotireoidismo.

Medicamentos

Uma série de medicações pode contribuir para o quadro. Um deles, por exemplo, é o lítio, usado no tratamento de certos problemas psiquiátricos.

 

Menos frequentemente, o hipotireoidismo pode ser causado por:

Doença congênita

É possível que alguns casos de hipotireoidismo sejam desencadeados por um mal desenvolvimento da tireoide, que aconteceu intra-útero, ou seja, durante a gestação. Para esses casos, os especialistas deram o nome de hipotireoidismo congênito. Crianças com essa forma da doença podem não apresentar quaisquer sintomas depois do nascimento, o que pode causar complicações no futuro.

Distúrbio pituitário

Essa é uma das causas mais raras é redução da produção do hormônio TSH pela hipófise, a glândula-mãe do sistema endócrino.

 

Existem defeitos na linha de produção do TSH na hipófise que podem ocasionar a doença, que neste caso chamamos de hipotireoidismo central. Também são causas de hipotireoidismo central: tumores na hipófise, lesões cerebrais e doenças autoimunes da hipófise.

Hipotireoidismo na gravidez

É verdade que algumas mulheres podem desenvolver hipotireoidismo durante ou após a gestação, porque, muitas vezes, elas produzem anticorpos voltados para a sua própria tireoide – o que afetaria a produção dos hormônios.

 

O problema é que, sem o tratamento correto, aumenta o risco de parto prematuro e também de pré-eclâmpsia, uma condição em que a pressão sanguínea da mulher aumenta consideravelmente durante os últimos três meses de gravidez.

 

O quadro também pode afetar o desenvolvimento do bebê, pois o cérebro em formação do bebê precisa receber os hormônios da tireoide para poder crescer adequadamente.

 

Por isso que é muito importante que a mulher que tem hipotireoidismo procure seu Endocrinologista assim que ficar grávida, assim ela poderá saber a dose correta do medicamento durante a gestação.

Deficiência de iodo

O iodo é um importante mineral para o corpo. Ele é encontrado principalmente em frutos do mar e representa um papel importantíssimo na produção de hormônios da tireoide.

 

A deficiência de iodo pode prejudicar a produção de tiroxina e tri-iodotironina. Esse problema não costuma ser comum no Brasil, porque aqui o nosso sal é iodado por lei. Mas pessoas de muitos outros países que sofrem com as baixas quantidades de iodo na alimentação tem risco de desenvolver hipotireoidismo.

Fatores de risco

Também é verdade que qualquer pessoa pode desenvolver hipotireoidismo, no entanto, alguns fatores são considerados de risco para contrair a doença. Veja quais são eles:

 

  • Ser mulher
  • Ter 60 anos ou mais
  • Ser portador de uma doença autoimune
  • Ter histórico familiar de doença autoimune
  • Fazer uso de medicamentos que possam afetar a produção dos hormônios da tireoide
  • Passar por sessões de radioterapia
  • Já ter feito uma cirurgia de tireoide
  • Estar grávida ou ter dado à luz nos últimos seis meses.

Quais sintomas de hipotireoidismo?

tireoide hipotireoidismo 1

Quando os hormônios da tireoide diminuem no sangue, o metabolismo começa a desacelerar. Aos poucos, vai surgindo uma sensação de frio, cansaço, constipação, humor deprimido, dificuldade de concentração e tendência a esquecer coisas, pele seca, etc.

 

Os sinais e sintomas costumam variar, dependendo da pessoa e da gravidade do caso. Em geral, os sintomas manifestados tendem a se desenvolver lentamente, às vezes por muitos anos.

 

Na primeira fase da doença, você pode notar apenas alguns indícios, mas sem desconfiar do que pode-se tratar. Com o tempo, com alterações cada vez mais marcantes no metabolismo, os sintomas da doença podem começar a ficar mais evidentes, levando-o a procurar um médico.

 

Os sintomas mais comuns do hipotireoidismo costumam ser:

 

  • Fadiga
  • Sensibilidade ao frio
  • Prisão de ventre
  • Pele ressecada
  • Ganho inexplicável de peso
  • Inchaço no rosto
  • Rouquidão
  • Fraqueza muscular
  • Colesterol alto
  • Dores, sensibilidade e rigidez musculares
  • Queda de cabelo
  • Ritmo cardíaco mais lento
  • Depressão
  • Problemas de memória.

 

Se não for tratado, os sinais e sintomas do hipotireoidismo podem agravar-se cada vez mais.

Como você vê, os sintomas são o que na medicina chamamos de “sintomas não específicos”. Isso significa que eles são sintomas muito comuns e comuns a muitas doenças ou situações do dia, por isso é essencial fazer um exame de sangue para o diagnóstico correto.

Quando devo procurar ajuda médica?

Consulte um médico se você está se sentindo cansado sem qualquer motivo aparente ou apresentar qualquer um dos outros sinais ou sintomas de hipotireoidismo.

 

Se você operou a tireoide anteriormente, você também vai precisar consultar um médico com frequência para exames de checagem do funcionamento da tireoide. Se você tem colesterol alto, converse com um endocrinologista, pois a desregulação da tireoide pode estar entre uma das possíveis causas para o problema.

 

Além disso, se você está recebendo terapia hormonal como parte do tratamento para hipotireoidismo, visitas regulares ao médico também são necessários para acompanhamento. Ao longo do tempo, a dose de medicamento pode mudar.

Durante a consulta

No consultório médico, procure tirar todas as dúvidas sobre as possíveis causas do hipotireoidismo. Descreva seus sintomas e responda corretamente às perguntas do médico, que podem incluir:

 

  • Quando os sintomas começaram?
  • Seus sintomas são frequentes ou ocasionais?
  • Qual a intensidade de seus sintomas?
  • Você tomou alguma medida para tratar os sintomas em casa? Funcionou?

 

Como o hipotireoidismo é diagnosticado?

O teste mais importante é olhar para os hormônios no sangue:

  1. TSH: É o hormônio mais útil para o diagnóstico. Na maioria dos casos de hipotireoidismo, será elevado.
  2. T4 e T3: Diminuirão no sangue
  3. Anticorpos anti TPO: Eles vão ajudar a conhecer a causa

 

Como o hipotireoidismo é mais comum em mulheres mais velhas, alguns médicos costumam recomendar que mulheres acima dos 60 anos realizem exames de rotina para checar o funcionamento da tireoide. A mesma recomendação é feita para mulheres grávidas ou para aquelas que estejam planejamento uma gravidez.

Exames de sangue

O diagnóstico de hipotireoidismo é baseado nos sintomas do paciente e nos resultados de exames de sangue que medem o nível do TSH, o hormônio estimulante da tireoide, e, por vezes, o nível dos hormônios triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4) produzidos pela tireoide. Um baixo nível de T4 ou T3 e alto nível de TSH indicam uma disfunção da tireoide. Isso porque a hipófise acaba produzindo mais TSH em decorrência de um esforço maior para estimular a glândula tireoide a produzir mais hormônios.

Além disso, o médico deve investigar sua história, sintomas e exame físico:

Embora não haja nenhum sintoma característico, um detalhe importante é pensar se os sintomas apareceram recentemente (o hipotireoidismo será mais provável) ou se, ao contrário, eles sempre estiveram presentes (o hipotireoidismo será menos provável).

Os anticorpos darão informações úteis para detectar a causa. Se estiver tomando algum medicamento relacionado, se tiver feito uma cirurgia na tireoide, se tiver outras doenças autoimunes, etc.

No exame físico, você pode ver a pele seca, reflexos lentos, pulso lento, etc.

Como funciona o tratamento ?

Pode ser indicado um tratamento com tiroxina. A tiroxina é composta pela união de aminoácidos iodados. A sua função é estimular o metabolismo basal das células através de vários mecanismos. Dentre eles, temos:

  1. Aumento do número e tamanho das mitocôndrias, o que disponibiliza mais ATP para as células
  2. Aumento no transporte de íons, principalmente através da bomba Na/K ATPase, o que consome ATP e, portanto, aumenta o calor liberado pelas células
  3. Um maior metabolismo necessita de mais energia, dessa forma há um aumento no catabolismo (degradação) de carboidratos e lipídeos, aumentando, conseqüentemente o apetite.
  4. Uma maior transcrição gênica leva à formação de mais enzimas, o que acelera o metabolismo e aumenta a necessidade de vitaminas (coenzimas) pelo corpo.
  5. Uma maior necessidade de energia leva a um maior fluxo cardíaco, freqüência cardíaca, contratilidade cardíaca e pressão arterial o que, portanto, aumenta o aporte de oxigênio para as células
  6. Um maior aporte de oxigênio leva a uma necessidade de melhor oxigenação do sangue, portanto ocorrerá um aumento na freqüência e profundidade das respirações
  7. Há um aumento da motilidade gastrointestinal
  8. Há uma excitação nervosa, aumentando a ansiedade e o estado de alerta
  9. Geralmente a secreção das glândulas endócrinas são estimuladas.

 

 O medicamento geralmente deve ser tomado com o estômago vazio, cerca de 20 a 30 minutos antes do café da manhã.

Alguns efeitos colaterais do tratamento com tiroxina

Como é um hormônio sintético que é completamente o mesmo que o produzido pela tireoide, os efeitos colaterais só aparecerão se tomar muito ou muito pouco.

  • Se pouco hormônio for tomado: os sintomas de hipotireoidismo persistirão
  • Se você tomar muito hormônio: sintomas de hipertireoidismo aparecerão. Os sintomas mais comuns são cansaço, dificuldade em dormir, aumento do apetite, nervosismo, tremores e sensação de calor.

O tratamento padrão para o hipotireoidismo envolve o uso diário de uma versão sintética do hormônio tetraiodotironina (T4): a levotiroxina. Esta medicação oral restaura os níveis hormonais adequados, revertendo os sinais e sintomas.

 

Os primeiros resultados do tratamento costumam aparecer de uma a duas semanas após o seu início. Essa medicação também reduz gradualmente os níveis de colesterol e ajuda a reverter, também, um eventual ganho de peso do paciente provocado pelo hipotireoidismo.

 

No entanto, para determinar a dose exata de levotiroxina, o médico geralmente verifica o nível de TSH após dois a três meses. Quantidades excessivas de hormônio podem causar alguns efeitos colaterais, como:

 

  • Aumento do apetite
  • Insônia
  • Palpitações cardíacas
  • Tremores.

 

Se você tiver doença arterial coronariana ou hipotireoidismo grave, o médico pode iniciar o tratamento com uma quantidade menor de medicação e aumentar gradualmente a dosagem. Reposição hormonal progressiva é importante para adaptar o corpo ao novo metabolismo, que é mais acelerado.

 

Se utilizado nas doses corretas, a levotiroxina não costuma provocar efeitos colaterais

Mas atenção para medicamentos, suplementos e alimentos que possam afetar a capacidade do corpo de absorver levotiroxina. Converse com o médico antes de iniciar o tratamento. 

 

Alimentos com grandes quantidades de soja ou um dieta rica em fibras, por exemplo, podem prejudicar a absorção de levotiroxina pelo corpo. Suplementos de ferro e de cálcio também costumam ser contraindicados durante o tratamento.

Medicamentos para Hipotireoidismo

Os medicamentos mais usados para o tratamento de hipotireoidismo são:

 

Deixando claro sempre que, somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, tanto quanto a dosagem correta e a duração do tratamento. 

 

Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Como o hipotireoidismo é monitorado?

O acompanhamento é feito medindo a quantidade de TSH e / ou T4 no sangue. O objetivo do tratamento é alcançar e manter o nível de TSH na faixa normal (aproximadamente entre 0,5 e 5 mlU / L, embora o objetivo deva ser individualizado para cada paciente de acordo com seus sintomas, idade e outras variáveis).

O TSH deve ser analisado entre 6 e 10 semanas após o início do tratamento com tiroxina ou após a alteração da dose habitual. Uma vez que a dose adequada tenha sido estabelecida, o TSH pode ser analisado a cada 6 meses ou a cada ano.

  • Em circunstâncias especiais, como gravidez, em crianças ou em pacientes que tomam certos medicamentos, eles devem ser examinados com mais frequência.
  • Além disso, é aconselhável consultar o médico em um estágio inicial em qualquer uma das seguintes situações
  • Quando os sintomas do hipotiroidismo reaparecem ou pioram
  • Se você quer mudar a hora de tomar a medicação ou se vai tomar com / sem comida
  • Se você ganhar ou perder muito peso durante o tratamento
  • Quando você começar a tomar algum medicamento novo que possa interferir na absorção da levotiroxina.
  • Se você esqueceu de tomar a medicação. Você deve sempre dizer ao médico a verdade para poder ajustar a dose que deve tomar.

O que posso esperar a longo prazo?

Na maioria dos casos, os níveis de hormônios produzidos pela tireoide voltam ao normal com o tratamento adequado. Contudo, o paciente deverá passar por terapia de reposição hormonal pelo resto da vida. Não há cura para o hipotireoidismo e é comum precisar desse tratamento para sempre. No entanto, existem algumas exceções. Alguns pacientes com tireoidite viral ou tireoidite pós-parto recuperam sua função tireoidiana e podem parar com a medicação.

Um padrão evolucionário comum é que a tireoide “some” pouco a pouco e produz menos e menos hormônio. Nestes casos, é geralmente necessário aumentar a dose de levotiroxina ao longo do tempo. Com o passar dos anos, a tireoide pára de funcionar completamente e a dose necessária é estabilizada.

Complicações possíveis

Sabemos que o hipotireoidismo, se não tratado, pode levar a uma série de problemas de saúde. Veja:

Bócio

A constante estimulação da tireoide a liberar mais hormônios pode causar o aumento da glândula – uma condição conhecida como bócio. Esse problema pode causar dificuldade para engolir ou respirar.

Problemas cardíacos

Hipotireoidismo pode também estar associado a um risco maior de doenças cardíacas, principalmente por causa do colesterol elevado.

Problemas psicológicos

Entre as complicações mais comuns estão a depressão e o deficiência intelectual.

Neuropatia periférica

Hipotireoidismo não controlado pode causar danos aos seus nervos periféricos – os nervos que levam informações do seu cérebro e da medula espinhal para o resto do corpo. Sinais e sintomas de neuropatia periférica podem incluir dor, dormência e formigamento na área afetada do nervo. Ela também pode causar fraqueza ou perda do controle muscular.

Mixedema

Hipotireoidismo não tratado pode levar também à mixedema. Seus sinais e sintomas incluem intolerância ao frio intenso e sonolência, seguido por uma profunda letargia e inconsciência. O coma causado por mixedema pode ser desencadeado por sedativos ou por infecção.

 

Vale lembrar que o coma causado por mixedema, que é uma possível complicação decorrente do hipotireoidismo, pode resultar em morte.

 

Infertilidade

Os baixos níveis de hormônio da tireoide pode interferir na ovulação da mulher, o que pode causar infertilidade. Além disso, algumas das causas de quadro – tais como doença autoimune – também pode comprometer a fertilidade. Ressaltando que, tratar hipotireoidismo com a terapia de reposição hormonal da tireoide pode não restaurar completamente a fertilidade.

Defeitos congênitos

Bebês nascidos de mulheres com esta desregulação da tireoide não tratada pode ter um maior risco de defeitos de nascença. Essas crianças também são mais propensas a sérios problemas intelectuais e problemas de desenvolvimento. 

 

Crianças com hipotireoidismo não tratado e congênito correm o risco de desencadear sérios problemas com o desenvolvimento físico e mental. Mas, se esta condição é diagnosticada nos primeiros meses de vida, a criança tem grandes chances de desenvolvimento normal.

Finalmente, o mais importante. Se você tem hipotireoidismo, não desanime pensando que está com a vida comprometida. Lembre-se que existe um tratamento eficaz! Se você tomar a medicação corretamente e fizer os exames de sangue necessários, você controlará seu hipotireoidismo facilmente durante toda a sua vida e sem complicações para sua saúde, é possível conviver normalmente com a condição.

Prevenção

Não existem meios de se prevenir hipotireoidismo. Exames de triagem para recém-nascidos podem detectar o quadro congênito. Faça testes de rotina para verificar o funcionamento da tireoide e detectar possíveis problemas.

 

Hipotireoidismo pode ser confundido com depressão

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde 50% dos casos de depressão não são diagnosticados corretamente. E isso não ocorre apenas com essa doença, mas também com transtornos de ansiedade, psicoses e outros problemas psiquiátricos. E um dos motivos é que muitos problemas de origem física podem apresentar sintomas semelhantes a essas doenças mentais.

 

Justamente por isso, é função do psiquiatra fazer exames físicos em seus pacientes. É muito importante que o profissional da saúde entenda que se a alteração comportamental é secundária a um problema orgânico, é essa causa que tem uma prioridade de tratamento e não seguir isso pode colocar a vida da pessoa em risco. Até porque o problema original não é tratado e ainda o paciente se expõe aos efeitos colaterais dos medicamentos sem necessidade.

 

Por isso que só depois de excluir causas de doença física ou consequência do uso de drogas que o psiquiatra vê a possibilidade dos sintomas em conjunto corresponderem a um adoecimento mental. Pode parecer raro, mas são vários os quadros físicos que podem resultar em sintomas com aspectos psicológicos e o hipotireoidismo se encontra entre eles!

 

O que posso fazer para cuidar da minha tireoide?

A ingestão adequada de iodo é essencial, especialmente se você está planejando uma gravidez: alimentos como peixe, frutos do mar, sal iodado. Alguns dos alimentos mais ricos em iodo são:

  • Alga marinha / algas secas – 1 folha inteira seca = 19 a 2.984 microgramas de iodo;
  • Cavala – 150 gramas = 255 microgramas de iodo;
  • Bacalhau selvagem – 3 colheres = 99 microgramas de iodo;
  • Peixes – 2 fatias = 35 microgramas de iodo;
  • Salmão – porção de 100 gramas = 71 microgramas de iodo;
  • Camarão – porção de 85 gramas = 35 gramas de iodo;
  • Lagosta – porção de 100 gramas = 100 microgramas de iodo;
  • Atum – 1 lata em óleo = 17 microgramas de iodo;
  • Peito de peru assado – porção de 85 gramas = 34 microgramas de iodo;
  • Ovos – 1 grande = 24 microgramas de iodo;
  • Ameixa – 5 ameixas secas = 13 microgramas de iodo;
  • Ervilhas verdes – 1 xícara cozida = 6 microgramas de iodo;
  • Berbigão – porção de 100 gramas = 160 microgramas de iodo;
  • Mexilhão – porção de 100 gramas = 120 microgramas de iodo;
  • Vagem – 2 xícaras = 3 microgramas de iodo;
  • Banana – 1 unidade média = 3 microgramas de iodo;
  • Morango – 1 xícara = 13 microgramas de iodo;
  • Cranberries – porção de 113 gramas = 400 microgramas de iodo;
  • Arenque – 150 gramas = 48 microgramas de iodo;
  • Cerveja – 560 gramas = 45 microgramas de iodo;
  • Fígado – 150 gramas = 22 microgramas de iodo;
  • Bacon – 150 gramas = 18 microgramas de iodo;
  • Batata – 1 unidade média = 60 microgramas de iodo;
  • Sal marinho iodado – 1 grama = 77 microgramas de iodo;
  • Sal rosa do himalaia – ½ grama = 250 microgramas de iodo;
  • Feijão branco – ½ xícara = 32 microgramas de iodo;
  • Iogurte natural – 1 xícara = 154 microgramas de iodo.

 

Lembre-se de consumir estes alimentos em sua forma orgânica e, no caso dos peixes, prefira os que não sejam de cativeiro, pois infelizmente os alimentos inorgânicos e os peixes de cativeiros são pobres em nutrientes, principalmente em iodo. No caso dos legumes e vegetais, isso se deve pelo fato do solo ser pobre em nutrientes, ocasionado pelo número de vezes que é utilizado.

Alguns nutricionistas ainda recomendam que, caso a ingestão de iodo esteja baixa, deve-se evitar o consumo de broto de bambu, cenoura, couve-flor, milho e mandioca, pois estes diminuem a absorção de iodo pelo organismo.

Outra maneira de cuidar bem da sua tireoide é saber se há um histórico de doenças da tireoide em sua família ou se você tem fatores de risco. Algumas situações predispõem a sofrer de doenças da tireoide, por isso, não tenha medo de perguntar se você tem um histórico familiar e consultar seu médico.

Mais importante ainda, seja claro sobre a importância da tireoide na gravidez e lactação. Mulheres que têm um problema na tireoide ou que têm fatores de risco para isso devem ser estudadas a função da tireoide antes da gravidez.

tireoide hipotireoidismo 3

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Responsabilidade Editorial

Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. PROCURE UM MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.

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