A segurança de Fampyra (fampridina) foi avaliada em estudos clínicos controlados e no pós-marketing.
Os estudos clínicos em esclerose múltipla incluíram 1.075 pacientes tratados com Fampyra (fampridina) durante pelo menos 12 semanas, 819 pacientes por 6 meses, 628 pacientes durante pelo menos um ano e 526 pacientes durante pelo menos dois anos.
As reações adversas identificadas foram principalmente neurológicas e relacionadas à excitação do sistema nervoso, incluindo convulsão, insônia, ansiedade, alterações do equilíbrio, tontura, parestesia, tremor, cefaleia (dor de cabeça) e astenia. Estes dados são consistentes com a atividade farmacológica da fampridina. A reação adversa de maior incidência, identificada a partir dos ensaios clínicos controlados por placebo em pacientes com esclerose múltipla tratados com a dose recomendada de Fampyra (fampridina), é a infecção do trato urinário (em aproximadamente 12% dos pacientes, e 8% em pacientes que receberam placebo).
Reações Adversas ao medicamento em estudos clínicos
Como os estudos clínicos são conduzidos sob condições muito específicas, as taxas de reações adversas observadas nos estudos clínicos podem não refletir as taxas observadas na prática e não devem ser comparadas com as taxas em estudos clínicos de uma outra droga ou medicamento. As informações sobre reações adversas a medicamentos em estudos clínicos é útil para identificar eventos adversos relacionados ao medicamento e taxas aproximadas.
A Tabela 1 lista os eventos adversos mais frequentes que ocorreram durante o tratamento ativo em ≥ 1% dos pacientes com esclerose múltipla tratados com Fampyra (fampridina) em comparação com placebo, em ensaios clínicos controlados.
Tabela 1: Eventos adversos que ocorreram durante o tratamento, com incidência ≥ 1% nos pacientes com esclerose múltipla tratados com Fampyra (fampridina) e em taxa maior ou igual a 1% comparado ao placebo.
Eventos Adversos
Placebo (N=238)
Fampyra 10 mg duas vezes ao dia (N= 400)
Infecção do trato urinário
20 (8.4%)
48 (12.0%)
Insônia
9 (3.8%)
35 (8.8%)
Vertigem
10 (4.2%)
29 (7.3%)
Cefaleia
9 (3.8%)
28 (7.0%)
Náusea
6 (2.5%)
28 (7.0%)
Astenia
9 (3.8%)
27 (6.8%)
Dor nas costas
5 (2.1%)
20 (5.0%)
Transtorno de equilíbrio
3 (1.3%)
19 (4.8%)
Parestesia
6 (2.5%)
16 (4.0%)
Nasofaringite
4 (1.7%)
14 (3.5%)
Constipação
5 (2.1%)
13 (3.3%)
Dor faringolaríngea
2 (0.8%)
8 (2.0%)
Dispepsia
2 (0.8%)
8 (2.0%)
Vômito
1 (0.4%)
7 (1.8%)
Ansiedade
1 (0.4%)
6 (1.5%)
Influenza
0 (0%)
6 (1.5%)
Outras infecções virais
1 (0.4%)
6 (1.5%)
Prurido
1 (0.4%)
6 (1.5%)
Tremor
0 (0%)
4 (1.0%)
Dispneia
0 (0%)
4 (1.0%)
Baixa contagem de células brancas
0 (0%)
4 (1.0%)
Hipertrigliceridemia
0 (0%)
4 (1.0%)
Outros eventos adversos observados durante os ensaios clínicos
A seguir apresentamos uma lista dos eventos adversos relatados por pacientes tratados com fampridina em qualquer dose e qualquer formulação na população de segurança (n = 1510). Essa população inclui pacientes que receberam fampridina durante os estudos de farmacologia clínica, estudos controlados com placebo em pacientes com esclerose múltipla, estudos controlados com placebo em pacientes com lesão da medula espinhal e estudos não controlados.
Eventos que já foram incluídos na Tabela 1 foram excluídos. Embora os eventos relatados tenham ocorrido durante o tratamento com fampridina, eles não foram necessariamente causados pela fampridina.
Os eventos são classificados por sistema de órgãos e frequência, conforme a seguinte definição:
Muito comuns (> 1/10 ou >10%);
Comuns (>1/100 e <1/10; ou >1% e <10%);
Incomuns (>1/1.000 e <1/100; ou >0,1% e <1%);
Raros (>1/10.000 e <1/1.000; ou >0,01% e <0,1%);
Muito raros (<1/10.000 ou <0,01%).
Doenças do sangue e do sistema linfático
Incomuns: anemia, dor de linfonodo;
Raros: leucopenia, neutropenia.
Cardiovascular
Comuns: palpitações, taquicardia;
Não comuns: bloqueio atrioventricular de primeiro grau, bloqueio de ramo direito, precordialgia, doença arterial coronariana, extra-sístoles ventriculares, hipertrofia ventricular;
Raros: bloqueio de ramo esquerdo, dilatação ventricular.
Distúrbios do ouvido e do labirinto
Comuns: tinitus, vertigens;
Incomuns: otalgia, surdez bilateral.
Distúrbios endócrinos
Incomuns: bócio;
Raros: cisto na tireoide.
Distúrbios oculares
Comuns: visão turva, distúrbios visuais;
Incomuns: blefarospasmo, cegueira, conjuntivite, diplopia, hemorragia ocular, distúrbio de movimento dos olhos, aumento da secreção lacrimal, hiperemia ocular, fotopsia, escotoma;
Raros: Ptose palpebral.
Doenças gastrointestinais
Comuns: desconforto abdominal, boca seca, flatulência, desconforto no estômago, dor de dente;
Incomuns: hérnia abdominal, dor abdominal inferior, sensibilidade abdominal, disfagia, desconforto epigástrico, gastrite, hemorragia hemorroidal, hipoestesia oral, síndrome do intestino irritável;
Raros: colite, hematemese.
Distúrbios gerais e alterações no local de administração
Comuns: desconforto no peito, dor torácica, calafrios, sensação de calor, distúrbios da marcha, sintomas de influenza, irritabilidade;
Incomuns: complicação relacionada com cateter, cisto, edema, eritema no local da injeção, dor suprapúbica, sensibilidade
Distúrbios do sistema imunitário
Comuns: hipersensibilidade, alergia sazonal.
Infecções e infestações
Comuns: bronquite, cistite, infecção do ouvido, infecção fúngica, herpes simplex, abscesso dentário, infecção micótica vulvovaginal;
Incomuns: infecção bacteriana, candidíase, infecção do trato urinário por Escherichia, infecção do olho, foliculite, infecção por herpesvírus, labirintite, laringite, infecção localizada, candidíase oral, otite externa, faringite, faringite estreptocócica, rinite, infecção da pele, abscesso subcutâneo, outras infecções dentárias;
Raros: abscesso oral, pielonefrite bacteriana, infecção clostridiana, abscesso gengival, paroníquia, infecção vaginal.
Intoxicações e complicações processuais
Comuns: lesão nas costas, entorse articular, tensão muscular, dor de procedimentos, laceração da pele, queimadura térmica;
Incomuns: mordida por artrópodes, picada por artrópodes, abrasão da córnea, epicondilite, escara, fratura de fíbula, fratura de mão, lesão articular, laceração, lesão ligamentar, lesão no pescoço, fratura de patela, lesão óssea, queimaduras, lesões de tendão, fratura de dentes, fratura no punho;
Raros: fratura, distensão de ligamento.
Investigações
Comuns: hipercolesterolemia, creatina fosfoquinase aumentada, aumento da trigliceridemia, aumento da temperatura corporal, aumento da contagem de células brancas do sangue;
Incomuns: aumento de aspartato aminotransferase, aumento de creatinina sérica, aumento de lactato desidrogenase sérico, hiperfosfatemia, hipocalemia, hipercalemia, hiperuremia, sopro cardíaco, sopro carotídeo, presença de cristais na urina, inversão da onda T do eletrocardiograma, outras alterações no eletrocardiograma, hemograma anormal, taquicardia, bradicardia, frequência cardíaca irregular, aumento de enzimas hepáticas, linfopenia, diminuição da contagem de monócitos, neutropenia, plaquetopenia, eritropenia, policitenia, hematuria micro e macroscópica, aumento de peso, leucocituria;
Raros: colesterol sanguíneo anormal, a pressão sistólica ventricular direita aumentada, tiroxina aumentada, citologia urinária anormal.
Distúrbios metabólicos e nutricionais
Comuns: falta de apetite, hipercolesterolemia;
Incomuns: diabetes mellitus, hipocalemia;
Raros: polidipsia.
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos
Comuns: bursite, dor da parede torácica, rigidez muscular, desconforto musculoesquelético, osteoporose;
Incomuns: dor óssea, espasmo cervical, dor na virilha, instabilidade articular, desconforto nos membros, espasmos musculares, dor músculo-esquelética peitoral, osteoartrite, osteopenia, dor no maxilar, sensação de peso;
Raros: dedo em gatilho.
Neoplasias benignas e malignas (incluindo cistos e pólipos)rn
Comuns: câncer de mama, leiomioma uterino;
Raros: lentigo.
Distúrbios do sistema nervoso
Comuns: enxaqueca, nevralgia, sonolência, nevralgia trigeminal;
Incomuns: amnésia, disestesia, disgeusia, letargia, sinal de Lhermitte, disfunção motora, mioclonia, neuralgia, nistagmo, paralisia do nervo peroneal, ciática, cefaleia na área do seio, síncope;
Raros: síndrome anticolinérgica, titubeação.
Distúrbios psiquiátricos
Comuns: sonhos anormais, estado confusional, nervosismo, alterações do sono;
Incomuns: alucinação, ataque de pânico, paranoia.
Distúrbios renais e urinários
Comuns: disúria, urgência miccional, incontinência urinária, retenção urinária;
Incomuns: espasmo da bexiga, nefrolitíase, noctúria, poliúria, piúria, incapacidade de controlar urina, hesitação urinária.
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama
Incomuns: menorragia.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastinorn
Comuns: congestão nasal, congestão do seio. Incomuns: asma, atelectasia, epistaxe, soluços, eritema da faringe, rinorréia, chiado;
Raros: secura nasal, perturbações dos seios.
Distúrbios dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Comuns: bolha, equimose, hiperidrose, úlcera na pele. Incomuns: alopecia, suor frio, pele seca, unhas encravadas, livedo reticular, púrpura, exantema macular, sarna, lesão de pele;
Raros: erupção medicamentosa, hipotricose, fissuras na pele, telangiectasia.
Distúrbios vasculares
Comuns: rubor, hipertensão, vasoconstrição periférica;
Incomuns: trombose venosa profunda, rubor, hematoma, hipotensão, flebite;
Raros: trombose.
Convulsões
Casos de convulsão foram pouco frequentes nos ensaios clínicos controlados e nos estudos abertos com fampridina (5/532, 0,9% e 5/660, 0,76%, respectivamente). A maioria destes incidentes foi associada com sobredose não passível de controle, altas doses sistêmicas, ou níveis plasmáticos elevados de fampridina.
Reações Adversas pós-comercialização do medicamento
As seguintes reações adversas foram identificadas durante a experiência pós comercialização com fampridina:
Convulsões, exacerbação da neuralgia do trigêmeo (agravamento da dor no nervo da face) em pacientes com histórico de neuralgia do trigêmeo e reações de hipersensibilidade (reações alérgicas graves, incluindo reações anafiláticas/anafilactoides, tais como inchaço na língua e na garganta (edema faríngeo). Para a maioria dos casos de anafilaxia, uma relação com a fampridina não pode ser excluída.
Após a comercialização de Fampyra (fampridina), houve relatos de que pacientes com esclerose múltipla e história anterior de neuralgia do trigêmeo que foram tratados com fampridina – cerca de um mês após o início do uso da medicação - evoluíram piora e/ou reincidiva da neuralgia. Não é possível precisar uma estimativa da frequência desses casos, ou estabelecer relação causal à exposição à fampridina.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.