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O assunto de hoje é para a saúde dos olhos. Vamos falar de Colírio. Você já usou alguma vez? Sabe para que ele serve exatamente? Suas principais indicações de uso, seus tipos e mecanismos de ação? Então confira este artigo até o final para não perder nada e ainda ficar por dentro de onde encontrar o ideal para você pelo melhor preço e condição de entrega agora mesmo!

Para que serve o colírio?

É verdade que esses medicamentos oculares são bastante populares, principalmente quando utilizados para lubrificação da córnea.

Mas o que muitas pessoas não sabem é que existem colírios para todo tipo de situação e, dependendo do caso, é necessário ter muito cuidado para que seu uso não cause algum prejuízo para os olhos.

Qual a importância do colírio para a saúde ocular?

Os colírios são utilizados no tratamento de várias doenças oculares. Aplicados diretamente nos olhos, eles servem também como lubrificantes da córnea que, devido a diversos fatores — como poluição, vento, patologias e agentes químicos —, pode ficar ressecada. No entanto, independentemente do tipo do colírio ou do motivo do seu uso, é muito importante que ele seja utilizado apenas com indicação de um médico oftalmologista. 

Isso se deve ao fato de que os colírios são medicamentos sérios e que, assim como são úteis no tratamento de doenças, podem trazer complicações se forem usados de forma incorreta.

Quais os tipos de colírio?

Como já foi dito, existem diversos tipos de colírio. Eles são indicados para tratar desde doenças sérias como glaucoma a desconfortos causados por agentes externos. A seguir, relacionamos os mais comuns:

Lubrificante

Os colírios lubrificantes são os mais populares. Também conhecidos como lágrimas artificiais, eles são recomendados em casos de ardor nos olhos, síndrome do olho seco, uso de lentes de contato e irritações causadas por fatores externos, como:

  • ar-condicionado;
  • poeira;
  • produtos químicos;
  • fumaça;
  • cosméticos;
  • raios ultravioleta;
  • vento.

Na maioria dos casos, a melhor forma de acabar com a sensação de olhos secos é a utilização de um colírio lubrificante, que irá repor as lágrimas, aumentará sua produção e também as conservarão por mais tempo. Os colírios lubrificantes possuem propriedades químicas parecidas com as da lágrima natural, sendo assim, praticamente não apresentam efeitos colaterais e são os mais seguros encontrados. 

Suas vendas são feitas em farmácias e não é necessário a apresentação de receitas médicas. Geralmente, não existe contraindicação ao uso desses lubrificantes, com exceção dos poucos casos de alergia aos conservantes existentes nas fórmulas, por isso, quanto menos química utilizada na sua composição, melhor.

Lágrimas artificiais

Para você que trabalha diariamente em ambientes com ar-condicionado ou em locais onde não há umidade alguma, também é indicado o uso de lágrimas artificiais, na frequência que acharem necessário, ou o uso de colírios lubrificantes sem ou com poucos conservantes, já que esse produto químico pode causar irritações.

Para pessoas que usam lentes de contato

É necessária atenção na utilização do colírio lubrificante em pessoas que fazem uso de lentes de contato. Alguns deles exigem que sejam retiradas as lentes antes da aplicação, e que elas só sejam colocadas depois de passados alguns minutos.

Cuidados na utilização do colírio lubrificante

Você precisa ter cuidado na hora de usar e conservar seu colírio lubrificante, para evitar problemas mais graves. Lembre-se que deve ser aplicado apenas uma gota de colírio em cada olho ou a quantidade prescrita pelo oftalmologista. Mantenha-se atento à validade do produto, guarde sempre a embalagem bem fechada e evite que a sua ponta encoste em algum lugar, para que não ocorra a contaminação dos olhos. 

Antes de pingar o colírio é muito importante que as mãos estejam bem lavadas, e que depois da aplicação, os olhos sejam mantidos fechados por aproximadamente 30 segundos, para que ele seja totalmente absorvido. Caso você esteja utilizando um outro colírio, é necessário esperar cinco minutos até a aplicação do próximo.

Anti-inflamatório

Esse colírio é indicado para casos de ceratite, conjuntivite viral, inflamações na córnea ou no pós-operatório de cirurgia nos olhos. Eles podem ser hormonais — que são aqueles que contêm corticoides — e não-hormonais.

Por se tratar de um colírio mais agressivo (principalmente os hormonais), deve ser utilizado seguindo à risca o tempo recomendado. Assim, não há risco de causar opacidade no cristalino e desenvolver patologias como catarata, glaucoma e outros problemas.

Alguns exemplos de colírios com ação anti-inflamatória, indicados para prevenção e tratamento da dor e da inflamação são o Acular LS, Maxilerg, Nevanac ou Voltaren DU, por exemplo.

O que muda de um colírio anti-inflamatório com corticoide para outro, sem? A grande diferença está no efeito. O anti-inflamatório hormonal (com corticoide) tem uma ação mais agressiva, com maior penetração e maior poder sobre as células inflamatórias. Mas só deve ser usado em casos graves por causa dos efeitos colaterais.

Qual o período máximo que esses produtos podem ser usados sem risco? Varia de acordo com a fórmula, a doença e a sensibilidade de cada pessoa. Em geral combatem as doenças em até duas semanas, mas devem ser usados sempre com acompanhamento médico. Isso porque, como mencionado logo acima, os anti-inflamatórios hormonais (com corticoide),quando usados prolongadamente, podem causar catarata e glaucoma. Até um colírio vasoconstritor, usado para reduzir irritações oculares, pode causar catarata pelo uso prolongado, mas vamos falar dele mais à frente.

Antialérgico

Algumas pessoas desenvolvem alergia ocular, apresentando sintomas como ardência, secreção, vermelhidão e inchaço. Nesses casos, os colírios antialérgicos agem aliviando o incômodo, inclusive quando o diagnóstico é de conjuntivite alérgica.

Os olhos são um alvo fácil para as alergias, isto ocorre porque quando os abrimos, a conjuntiva, membrana fina que recobre a superfície do olho, fica diretamente exposta ao ambiente. Essa membrana possui uma estrutura semelhante à parte interna do nariz, e em contato com certas substâncias pode desencadear algumas reações alérgicas.

Caracterizada como uma reação exagerada do sistema imunológico a uma destas substâncias irritantes, denominadas alérgenos (ácaros, poeiras, pólen, mofo, pelos de animais, produtos de limpeza etc.), a alergia ocular atinge entre 15% a 20% da população mundial, afetando as pálpebras e a córnea e tendo sua maior incidência em pessoas que já sofrem com algum outro tipo de alergia, como asma, rinite e sinusite.

Os sintomas de alergia ocular são similares aos dos vários tipos de conjuntivite: vermelhidão, coceira, irritação, lacrimejamento, inchaço, desconforto ocular e maior sensibilidade à luz (fotofobia). Além da causa, o que difere um do outro é o tempo de duração dos sintomas, que em casos de conjuntivite infecciosa duram de uma a duas semanas, e na forma alérgica, com administração do anti-histamínico, já no segundo dia os sintomas tendem a diminuir.

Se você acha que tem alergia ocular, aqui estão algumas coisas que você deve saber — incluindo dicas úteis para aliviar alguns sintomas, tais como vermelhidão, a coceira e o lacrimejamento dos olhos.

O que causa uma alergia ocular?

Como foi possível entender, alérgenos normalmente são substâncias inofensivas que causam problemas para indivíduos predispostos a reações alérgicas. Os alérgenos transportados pelo ar que mais comumente causam alergias oculares são pólen, mofo, poeira e pêlos de animais.

As alergias oculares também podem ser causadas por reações a determinados cosméticos ou colírios, incluindo lágrimas artificiais usadas no tratamento de olho seco e que contêm conservantes.

Alergias alimentares e reações alérgicas a picadas de abelha ou de outros insetos geralmente não afetam os olhos tão severamente quanto os alérgenos transportados pelo ar, mas podem causar inchaços nas pálpebras.

Alívio para a alergia ocular

Para aliviar uma alergia ocular e seus principais incômodos, como coceira e lacrimejamento dos olhos, você pode adotar algumas abordagens:

Evite os alérgenos

A melhor abordagem para controlar os sintomas de uma alergia ocular é fazer todo o possível para limitar sua exposição a alérgenos comuns aos quais você sabe que é sensível, como poeira e pêlos de animais.

Quando estiver ao ar livre durante a estação das alergias, use óculos de sol fechados para ajudar a proteger os olhos do pólen, e dirija com as janelas fechadas.

Retire as suas lentes de contato

Como a superfície das lentes de contato pode atrair depósitos, principalmente de proteínas e eventualmente alguns alérgenos transportados pelo ar, nos casos em que o quadro de conjuntivite alérgica for mais intenso, considere usar óculos em vez de lentes de contato durante esta fase. Ou considere usar lentes de contato diárias, que você descarta após um único uso, evitando, assim, o acúmulo de proteínas, alérgenos e outros resíduos em suas lentes.

Geralmente, se as alergias estiverem incomodando seus olhos, a melhor opção é parar de usar lentes de contato e consultar seu oftalmologista.

Use colírios, sempre com prescrição médica

Mesmo que algumas alergias oculares sejam comuns, consulte seu oftalmologista antes de tomar a iniciativa de usar um colírio que não precise de receita médica. Apesar de existirem alguns medicamentos sem a exigência da prescrição para a compra, é arriscado escolher um medicamento sem ter certeza do quadro clínico.

Acompanhamento médico

Pessoas que possuem alergia ocular devem buscar uma assistência médica com especialista, de preferência devem realizar um tratamento simultâneo com um oftalmologista e alergologista.

Medicamentos

A fim de ajudar na melhora dos sintomas, é prescrita pelo oftalmologista a utilização de colírios. Entre os mais utilizados estão: colírios lubrificantes (proporcionam alívio discreto na coceira e “lavam” o olho); colírios anti-histamínicos (diminuem a liberação e a ação de uma substância chamada histamina, responsável pela coceira), colírios de dupla ação (são os mais usados atualmente, além de diminuírem a coceira, também interrompem o processo da alergia) e colírios de corticoides e cortisona (receitados em casos de alergias mais graves, agem rápido e de forma intensa sobre a alergia).

Vacinas antialérgicas

Conhecido também como imunoterapia ou vacina para alergia, nesse método é injetado gradualmente no alérgico um número crescente de alérgenos com o objetivo de dessensibilizar o organismo às substâncias que causam alergia e estimular a imunidade do paciente.

É importante salientar que, caso não seja tratada corretamente, a alergia ocular pode evoluir e trazer algumas complicações para a visão, como úlceras, formação de placas e surgimento de vasos anormais na periferia da córnea. Por isso, em caso de manifestação dos sintomas, busque um auxílio médico.

Os colírios e medicamentos orais usados para aliviar alergias oculares incluem as seguintes categorias:

Anti-histamínicos

Parte da resposta alérgica natural do corpo é a liberação de histamina, uma substância que dilata os vasos sanguíneos e torna suas paredes anormalmente permeáveis.

Os sintomas causados pela histamina incluem coriza, lacrimejamento e coceira nos olhos. Os anti-histamínicos reduzem as reações alérgicas ao bloquear a ligação da histamina às células do corpo que produzem uma resposta alérgica.

Descongestionantes

Os descongestionantes ajudam a diminuir as passagens nasais inchadas para facilitar a respiração. Eles também reduzem o tamanho dos vasos sanguíneos no branco (esclera e conjuntiva) do olho para aliviar a vermelhidão. Existem, ainda, medicamentos combinados que contêm um anti-histamínico e um descongestionante.

Estabilizadores de mastócitos

Esses medicamentos causam alterações nas células que contêm histamina, localizadas nos tecidos do corpo, incluindo a conjuntiva e as pálpebras, que os impedem de liberar histamina e mediadores relacionados a reações alérgicas.

Como pode levar várias semanas até que os estabilizadores de mastócitos comecem a produzir total efeito, esses medicamentos são mais utilizados no início do quadro juntamente com outras drogas de ação mais rápida e em alguns casos até mesmo antes do início da temporada de alergias, como um método de prevenir ou reduzir a gravidade de futuras reações alérgicas (em vez de tratar sintomas alérgicos agudos já existentes).

É uma potencial opção para as alergias sazonais, que acontecem em épocas específicas do ano, como a primavera.

Anti-inflamatórios não esteroides

Também chamados de AINEs, como mencionado anteriormente, esses colírios podem ser prescritos para diminuir a intensidade de alguns sintomas como o inchaço, a inflamação e outros sintomas associados à conjuntivite alérgica sazonal (também chamada de febre do feno).

Esteroides

Às vezes, colírios de corticosteroides são prescritos para aliviar sintomas agudos da alergia ocular. Porém, possíveis efeitos colaterais do uso prolongado desses medicamentos incluem, glaucoma e catarata; portanto, eles geralmente são prescritos apenas para uso a curto prazo e sob supervisão do oftalmologista.

Informe-se sobre a imunoterapia

Se nenhuma das medidas acima for eficaz, pergunte ao seu médico sobre a imunoterapia. Como mencionado, ela é um tratamento no qual um especialista em alergia injeta pequenas quantidades de alérgenos para ajudá-lo a aumentar a imunidade gradualmente e, assim, diminuir as reações alérgicas.

Cuidados em casa

Nas doenças alérgicas, a prevenção é a base do tratamento. Por isso, o primeiro passo é identificar e eliminar os alérgenos do ambiente, assim os sintomas apresentarão melhoras significativas.

10 Dicas úteis para se evitar alergia ocular

1- Reduza o número de travesseiros, roupas de cama, cortinas, bicho de pelúcia e objetos que acumulem poeira;

2- Sempre que possível, higienize a roupa de cama com água quente e deixe-as secar ao sol;

3- Mantenha a casa limpa, arejada e com exposição ao sol, a fim de evitar o acúmulo de ácaros;

4- Prefira usar aspiradores de pó e panos úmidos ao limpar a casa, dispense vassouras, espanadores e objetos que podem espalhar a poeira na hora da limpeza;

5- Elimine vazamentos de água, uma vez que estes favorecem o aparecimento de mofo;

6- Encape colchões e travesseiros com material impermeável ou antialérgico;

7- Faça a limpeza do ar-condicionado semanalmente;

8- Evite coçar os olhos, além de esse hábito estimular as alergias, pode facilitar o surgimento ou desenvolvimento de ceratocone;

9- Caso tenha animais domésticos, mantenha-os sempre limpos e tosados;

10-Evite ambientes com muito pó, fumaça ou odores fortes.

Em caso de crise de alergia ocular, o que devo fazer?

1- Evite esfregar os olhos.

2- Não lave os olhos com soro fisiológico, pois o sal do soro irrita ainda mais os olhos.

3- Aplique compressas frias sobre os olhos fechados.

4- Procure um oftalmologista para iniciar o tratamento médico.

Autoteste da Alergia Ocular

Faça este teste para ver se você pode ter alergias oculares. Consulte sempre um oftalmologista perto de você se você suspeitar que tem algum problema ocular que precise de cuidados.

  • Alergias são comuns na sua família?
  • Seus olhos costumam coçar, principalmente durante a temporada de pólen da primavera?
  • Você já foi diagnosticado com conjuntivite?
  • Você é alérgico a determinados animais, como gatos?
  • Você frequentemente precisa de anti-histamínicos e/ou descongestionantes para controlar espirros, tosse e congestão?
  • Você começa a lacrimejar quando usa determinados cosméticos ou hidratantes, ou quando está próximo de perfumes fortes?

Se você respondeu “sim” à maioria dessas perguntas, é possível que você tenha alergias oculares. Marque uma consulta com um oftalmologista para determinar o melhor curso de ação.

Alergias oculares e lentes de contato

O desconforto da lente de contato é uma reclamação comum durante a temporada de alergias, e leva alguns usuários a questionarem se eles se tornaram alérgicos a lentes de contato.

A questão de ser alérgico a lentes de contato também surge de tempos em tempos quando uma pessoa começa a usar lentes de contato de silicone hidrogel depois de ter usado, com êxito, lentes de contato gelatinosas convencionais (hidrogel), e apresenta sintomas semelhantes a alergias.

Estudos mostram que o culpado por trás de alergias oculares associadas ao desgaste de lentes de contato não é uma reação alérgica à própria lente de contato, mas às substâncias que se acumulam na superfície dela.

No caso da troca das lentes de contatos gelatinosas convencionais por lentes de silicone hidrogel, as características da superfície e químicas do material da lente podem atrair depósitos de lente mais rapidamente do que o material anterior da lente, causando desconforto.

Muitos oftalmologistas acreditam que o melhor tipo de lente de contato gelatinosas para pessoas propensas a alergias oculares são a lentes de contato diárias, que são descartadas após um único uso, o que diminui o acúmulo de alérgenos e outros detritos na superfície da lente.

O silicone hidrogel geralmente é o melhor material para esse tipo de lente, já que, comparado com os materiais das lentes de contato gelatinosas convencionais, ele permite que uma quantidade significativamente maior de oxigênio passe através das lentes.

Antibiótico

Quando dizemos que colírio é coisa séria, não é exagero. É o caso daqueles que funcionam como antibióticos. Eles são indicados no tratamento de infecções oculares causadas por bactérias (conjuntivites bacterianas). Porém, os colírios antibióticos muitas vezes não servem para tratar a conjuntivite.

Cerca de 80% dos casos de conjuntivite são causados por um vírus e não há tratamento para a conjuntivite viral. Geralmente colírios com antibióticos são prescritos para pessoas com conjuntivite, apesar desses medicamentos serem quase sempre ineficazes, aponta um novo estudo. A maioria das conjuntivites bacterianas é leve e melhorará em uma semana ou duas sem tratamento. Os antibióticos são eficazes apenas em um número muito menor de casos que envolvem a bactéria que causa a gonorreia ou a clamídia”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Em um estudo retrospectivo, publicado na Ophthalmology, com cerca de 340.372 pessoas com conjuntivite, 58% receberam prescrição de colírios antibióticos. Cerca de 83% das pessoas no estudo receberam o diagnóstico de profissionais de saúde que não eram oftalmologistas. Em comparação com as pessoas diagnosticadas por um oftalmologista, aqueles que foram diagnosticados por pediatras, clínicos gerais, internistas e médicos de emergência eram de duas a três vezes mais propensos a receber antibióticos.

“O tratamento desnecessário com antibióticos não é apenas um desperdício do ponto de vista financeiro. Ele altera a flora bacteriana normal do olho e pode levar ao desenvolvimento de cepas resistentes de bactérias nocivas”, diz a oftalmologista Meibal Junqueira, que também integra o corpo clínico do IMO. Segundo a médica, “a conjuntivite é uma doença que exige primeiro o tratamento conservador. Recomendamos compressas frias, lágrimas artificiais, principalmente para proporcionar conforto aos olhos. Além disso, é contagiosa, então lave suas mãos, mude suas roupas de cama e não compartilhe as toalhas ou objetos de uso pessoal”, recomenda Junqueira

Se utilizados de forma indiscriminada ou por um longo período, pode tornar as bactérias resistentes, fazendo com que os olhos fiquem mais suscetíveis a diversas infecções.

Anestésico

O colírio anestésico é indicado apenas em procedimentos oftalmológicos e cirurgias. Sua finalidade é aliviar dores oculares, mas, como ele retira também a sensibilidade, é preciso ter cuidado para não causar lesões graves na córnea.

O colírio anestésico, como o próprio nome diz, é um colírio que possui ação anestésica local, eliminando a dor e a sensibilidade natural das estruturas superficiais dos olhos. Possui como princípio ativo a tetracaína, que é um potente anestésico, e a fenilefrina, um vasoconstritor. Seu efeito é de longa duração, sendo indicado para anestesia do globo ocular em cirurgias, retirada de corpos estranhos da córnea ou conjuntiva e procedimentos diagnósticos.

Deve ser utilizado aplicando-se 1 gota no olho desejado, a critério médico.

É importante saber que:

  • O paciente deve ser orientado a não tocar nem esfregar os olhos enquanto estiverem anestesiados, além de protegê-los de poeira, fagulhas ou qualquer outra agressão;
  • O uso prolongado deste colírio pode causar opacificação da córnea, seguida de perda da visão ou perfuração corneana, além do retardo na cicatrização ocular;
  • Deve ser utilizado com cautela em pacientes com problemas cardíacos, hepáticos, respiratórios, epilepsia e miastenia grave;

E também em pacientes com câmaras anteriores rasas, pois pode provocar ataque de glaucoma de ângulo fechado;

  • Deve-se retirar as lentes de contato antes da aplicação do colírio, recolocando-as apenas 15 minutos após sua administração.

Vasoconstritor

Também conhecido como descongestionante, esse tipo de colírio lubrifica e descongestiona os olhos. Em outras palavras, alivia irritações e reduz a vermelhidão que pode ser causada por rinite, lentes de contato rígidas, resfriados, corpos estranhos e outros agentes externos.

Este é utilizado para diminuir a vermelhidão dos olhos. Age contraindo os vasos sanguíneos, que diminui a passagem de sangue na região e deixa o olho com o aspecto mais branco.

Se utilizado sem recomendação médica – ou por um período de tempo maior que o necessário – o medicamento pode fazer os vasos perderem sua elasticidade, dando aos olhos um aspecto vermelho irreversível.

Além disso, após anos de uso frequente sem acompanhamento, os colírios vasoconstritores podem provocar alterações cardíacas, elevação da pressão arterial e aumento do risco de catarata.

Se o olho está constantemente vermelho, é porque algo está errado e é bom você visitar um oftalmologista.

Antiglaucomatoso

O colírio antiglaucomatoso é recomendado apenas para pacientes com glaucoma. Ele age na redução da pressão intraocular e seu uso é obrigatório para evitar a perda total da visão.

Como você viu ao longo do texto, os colírios têm várias indicações. Por isso, não devem ser utilizados por conta própria. A visita ao médico oftalmologista é imprescindível para saber qual o medicamento certo e para não correr riscos desnecessários.

Historicamente, já usamos colírios para combater o glaucoma desde o século 18! Hoje temos outras maneiras de controlar o glaucoma, seja com tratamento a laser ou cirurgias. Mas o uso de colírios ainda é a principal ferramenta de combate ao glaucoma.

Mas você pode se perguntar: Como uma gotinha pode me ajudar no tratamento para glaucoma?

Para responder essa questão é preciso que se entenda toda a ação dos medicamentos por trás de como os colírios atuam em nosso olho e previnem a cegueira por glaucoma.

Rotineiramente, separamos os colírios para tratamento de glaucoma por classes, o que não é nada mais do que separá-los por mecanismo de ação.

No Brasil temos disponível 4 classes de colírios:

1 – BetaBloqueadores (Maleato de Timolol, Timoptol, Glaucotrat e etc…)

São os mais antigos da lista. Possuem preços acessíveis, geralmente abaixo de R$10,00 e são utilizados 2 X ao dia. Alguns pacientes asmáticos e com problemas de coração não devem utilizá-lo. Entre os principais efeitos colaterais estão: tosse e bradicardia (coração batendo devagar). Outra característica é que esses colírios podem reduzir a eficácia após um certo tempo de uso. Por isso é muito importante que o paciente sempre monitore a pressão bem de perto.

2 – Alfa-Agonistas (Tartarato de Brimonidina, Glaub, Alphagan Z)

Colírios de preço intermediário, oscilando entre R$20-40. Também devem ser utilizados 2X ao dia.  Essa classe de colírio tem por característica diversos efeitos colaterais, entre eles vale destacar a sonolência, boca seca e alergia, que parece uma conjuntivite.

3 – Inibidores da Anidrase Carbônica ( Cloridrato de Dorzolamida, Azopt, Ocupress, Dorzal)

Colírios na faixa de R$50-70 reais. Devem ser usados 2 vezes ao dia. Muitos pacientes se queixam da ardência ao aplicar ou de ficar uma sujeirinha após usá-lo por algumas formulações terem uma consistência mais leitosa.

4 – Análogos da Prostaglandina

Esses são divididos em 3 sub-categorias:

  • Latanoprosta (Drenatan, Xalatan)
  • Bimatoprosta ( Lumigan RC, Glamigan)
  • Travoprosta (Travatan , Travamed)

Esses são, na maior parte dos casos, a primeira escolha do especialista no combate ao glaucoma. São colírios de valor mais alto, variando de R$ 70 a 140 reais. Uma das principais vantagens é a utilização que é feita apenas uma vez ao dia. Vários efeitos colaterais são observados como vermelhidão, crescimento dos cílios, olheiras e olho seco.

Quais os problemas do uso inadequado do colírio?

Os problemas causados pelo uso do colírio estão ligados principalmente ao excesso e ao uso inadequado do medicamento. “Tudo em excesso faz mal” — e isso também se aplica aos colírios.

Esses problemas acontecem porque o colírio tem um alto poder de penetração no organismo, quando não aplicado corretamente.

O líquido corre o risco de entrar no corpo pelo orifício por onde sai a lágrima (ducto lacrimal), infiltrando-se na rinofaringe e na circulação sanguínea, o que faz com que os vasos sanguíneos e as artérias fiquem mais estreitos.

Com isso, além de problemas oftalmológicos, o paciente também pode ter sérias consequências para a sua saúde no geral, como danos cardíacos, por exemplo — especialmente aqueles que já têm histórico de problemas cardiovasculares.

Os problemas causados para a saúde dos olhos vão variar de acordo com o tipo do colírio, resultando desde vermelhidão e irritação contínua até cegueira irreversível.

Confira os problemas que cada colírio pode causar:

  • Colírio anti-inflamatório com corticoide: catarata e glaucoma, pois é mais agressivo e tem maior poder de penetração no organismo;
  • Colírio antibiótico: infecções nos olhos e perfuração da córnea, pois pode deixar bactérias mais resistentes;
  • Colírio vasoconstritor: dependência e catarata, pois age na diminuição da irritação/inflamação nos olhos a partir da diminuição da circulação sanguínea na região;
  • Colírio artificial ou lubrificante: conjuntivite alérgica e intoxicação nos olhos, devido à quantidade de conservantes presentes no medicamento;
  • Colírio antiglaucomatoso: piora no quadro de pacientes com glaucoma, pois pode aumentar a pressão dos olhos.

Todos esses problemas estão ligados, principalmente, à dependência que o colírio pode causar, ao aumento da pressão ocular e ao efeito que os colírios podem ter na córnea do olho.

Como usar colírio corretamente?

O tempo ideal de uso vai variar de acordo com o tipo do colírio, a finalidade com o uso e as características do olho de cada paciente. Porém, com algumas ações simples no dia a dia você pode usar o colírio da maneira correta e reduzir os riscos e problemas que ele pode causar. Veja abaixo:

  • Use sempre de acordo com a orientação médica (quantidade de vezes ao dia, gotas, etc), sem excessos;
  • Evite o contato direto da ponta do colírio com os olhos, para prevenir infecções;
  • Não pisque muitas vezes após a aplicação, para que o produto seja absorvido adequadamente e não escorra para fora dos olhos;
  • Ao aplicar, tampe o ducto lacrimal com o dedo indicador higienizado, para evitar que o líquido do colírio penetre no organismo;
  • Se precisar usar mais de um colírio ou o mesmo mais de uma vez no decorrer do dia, respeite o intervalo de 5 a 10 minutos entre uma aplicação e outra;
  • Para aqueles que usam lentes de contato, prefira colírios sem conservantes;
  • NUNCA utilize o colírio de outras pessoas, pois medicamentos não devem ser emprestados;
  • Esteja sempre atento à validade e à bula do produto.

Seguindo essas recomendações você poderá cuidar mais da sua saúde ocular e aproveitar melhor os benefícios que o colírio oferece para os seus olhos.

Onde comprar?

Você pode encontrar o colírio receitado pelo seu médico aqui mesmo no Cliquefarma. Faça sua busca no nosso comparador de preços e consiga a sua melhor oferta e condição de entrega nas farmácias e drogarias da sua região! Se você ainda tem alguma dúvida, ou quer compartilhar sua experiência fazendo uso de algum tipo de medicamento ocular, deixe no box de comentários. Sua opinião é importante para nós!

Responsabilidade Editorial

Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. PROCURE UM MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.

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