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Falando sobre assaduras

O post de hoje é sobre um assunto bastante comum e que incomoda tanto adultos, como bebês: as temidas assaduras

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Vermelhidão, bolinhas, inchaço e até descamação entre as dobrinhas da pele no bumbum e na virilha do bebê. Todos nós, cuidadores a conhecem por assadura, mas o nome correto é dermatite de fralda, que preocupa a todos e causa muito transtorno e dor nos nossos pequenos. 

O que é a assadura (dermatite de fralda)?

A dermatite de fralda trata-se da doença de pele mais frequente nos primeiros dois anos de vida. E, na maioria dos casos, a origem dela está no contato prolongado com a urina e as fezes. Além disso, o problema é frequentemente associado à infecção pelo fungo “oportunista” Candida albicans. 

 

Como sabemos, a fralda é um ambiente quente e úmido, o micro-organismo que vive naturalmente na pele humana se prolifera mais do que deveria, deixando o bumbum com aspecto brilhante.

 

Como é a assadura causada pelo uso de fraldas?

A assadura (dermatite) mais comum é caracterizada por uma vermelhidão acompanhada de pequenas manchas. Mas infelizmente, ela também pode aparecer de formas graves, como manchas persistentes na cor vermelho brilhante que se espalham para outras áreas do corpo. Erupções vermelhas, com escalas de amarelo, também podem surgir.

 

É possível prevenir a assadura em bebês?

 

Justamente por conta dessa proliferação de bactérias, a melhor maneira de prevenir as assaduras é trocar as fraldas do bebê com frequência – ou seja, pelo menos a cada três horas ou toda vez que ele fizer cocô. 

 

Sempre que for trocar, convém fazer a higiene com algodão e água morna se estiver em casa ou com um lencinho umedecido se estiver em outro ambiente e for mais prático seu uso. Se a criança tiver feito cocô, o ideal é lavar a região com sabonete de Ph fisiológico. 

 

É ainda recomendável a aplicação de uma pomada anti-assaduras a fim de criar uma barreira protetora no bumbum e na virilha da criança. Lenços umedecidos podem ser usados, mas preferencialmente em passeios. Isso porque eles contêm alguns componentes químicos que podem ressecar a pele e aumentar a chance de dermatite ou ainda provocar alergias.

 

Alergias alimentares e cocô ácido que podem causar assaduras

Como saber se o cocô está ácido?

Normalmente, ao trocar a fralda do bebê, você irá perceber que o cocô está mais líquido e com odor mais forte que o habitual. Além disso, ele causa assaduras rapidamente. Ou seja, você não deixa o bebê sujo de cocô por muito tempo (basta poucos minutos) e, mesmo assim, ele desenvolve uma assadura forte.

Qual pode ser a causa?

  • Alergias alimentares. Incluindo a Alergia à proteína do leite de vaca (APLV), que costuma causar muita assadura! 

 

  • Intolerância alimentar. Como intolerância à lactose, que é diferente de alergia alimentar (logo à frente vamos falar em um tópico sobre a diferença entre as duas condições).

 

  • Alimentação. Consumir alguns tipos de alimentos pode deixar o cocô dos bebês mais ácido, entre eles estão: tomate, beterraba, batata, laranja, limão e morango.

 

  • Nascimento dos dentes. Vamos falar um pouco sobre a tríade “nascimento dos dentes – cocô ácido – assaduras”. A criadora do blog Cientista que Virou Mãe, Ligia Moreira Sena, entre outras coisas, é cientista e não aceita que algo é assim porque é e pronto, então ela formulou uma hipótese para ligação entre cocô ácido e assaduras. Para ela “Quando os dentinhos da criança estão nascendo, isso não é um evento isolado. Outras mudanças no organismo dela acontecem. Qual a função dos dentes? É atacar os predadores mas, principalmente, ser uma ferramenta para alimentação, ainda mais no caso da espécie humana. 

 

“Oi corpo! Estou ficando pronta para comer de tudo! Logo mais, passarei dos alimentos simples aos mais complexos, tá?“. Se é assim, é provável que o nascimento dos dentes acompanhe uma mudança no trato gastrointestinal e no sistema digestório. Para se preparar para receber alimentos mais complexos, situação simbolizada pelo nascimento dos dentes, o estômago começa a produzir mais suco gástrico, que contém, além das enzimas que quebram as proteínas, o ácido gástrico, o ácido clorídrico. 

 

Esse ácido não corrói a parede interna do estômago porque ele produz, também, muco, que protege contra o ataque químico. Num organismo mais preparado, quando o alimento misturado com o ácido passa para o intestino, os demais órgãos do aparelho digestório – pâncreas, fígado, vesícula – vão liberando seus sucos, que neutralizam a acidez. Mas como no bebê tudo está em desenvolvimento, pode ser que essa neutralização não seja tão eficiente quanto deveria. E aí o que sai do estômago, passa pelo intestino e vai ser eliminado como fezes, acaba indo mais ácido também. Nessa fase, para não ter suas paredes atacadas, o intestino também começa a produzir mais muco, que continua a produzir durante toda a vida.”

 

Um pouquinho complexo, porém faz sentido! 

Diferenças entre alergia e intolerância alimentar

Enquanto a alergia é uma reação do sistema imunológico. Ou seja, o organismo alérgico entende determinada substância, ou alimento, como inimigo e começa mais ou menos um plano de guerra contra aquela substância. A intolerância é bem menos grave, e causada pelo organismo da pessoa não produzir uma enzima necessária para digerir determinado alimento. Ambas podem causar diarreia, produzindo um cocô ácido, que favorece o aparecimento da dermatite, mas vamos falar sobre isso logo à frente.

 

Como vimos, a assadura causada pelo cocô ácido aparece mais rapidamente (poucos minutos de contato da pele com as fezes) e é também mais severa (chega a dar fissuras, então, alguns cuidados especiais tem que ser tomados. Por exemplo:

 

  • Se possível, o ideal é que a criança seja deixada sem fralda o máximo de tempo possível!
  • Quando estiver usando a fralda, ela tem que ser trocada frequentemente, mesmo que tenha só um pouco de xixi (o ácido do xixi piora a assadura).
  • Para a limpeza, o ideal é usar água corrente e secar com secador (com o ar frio ou, no máximo, morno, para evitar machucar ainda mais a pele do bebê).
  • Não se deve usar lenços umedecidos, até mesmo os sem odor e que alegam ter menos química, pois eles podem irritar ainda mais a assadura.
  • Deve-se aplicar pomadas de tratamento (as que contém óxido de zinco são muito boas) ou uma combinação de pomada de tratamento + amido de milho por cima, cuja combinação parece dar bastante resultado (já que a pomada trata e o amido de milho absorve a umidade).

 

Outras medidas que podem te ajudar a manter a integridade da pele do bebê, prevenindo assaduras, são: banhos rápidos, em temperatura morna; uso de hidratante após a higiene; secar bem o bebê após o banho, com atenção especial às dobrinhas.

 

Sabia que nem todos os bebês têm assaduras? Por mais comum que essa irritação seja, uma boa higiene e produtos certos podem prevenir isso. 

 

Descobrindo a origem da dermatite de fralda

Para um tratamento correto, primeiro é preciso saber o que está originando os ferimentos, buscando ajuda profissional. “As assaduras podem ser apenas uma irritação ou uma infecção por fungos, caso em que as lesões descamam e coçam”, exemplifica Alessandra Cavalcante Fernandes, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, em São Paulo. E, para cada caso, o tratamento varia.

 

Em todo caso, as feridas em geral aparecem quando alguma sujeira fica esquecida depois da troca da fralda ou mesmo por culpa do ambiente quente e úmido, como mencionado mais acima, ideal para a proliferação de micro-organismos. É por isso, aliás, que no verão a situação costuma se agravar. E lembre-se: as fraldas descartáveis feitas com materiais mais plastificados favorecem o aparecimento desses machucados.

 

Como já mencionado, o principal quesito para barrar as assaduras é caprichar na higiene. A melhor maneira de limpar é com água morna e algodão a cada troca. Deixe os lencinhos para situações em que não há água morna e algodão à disposição, afinal, o potencial de higienização é a mesma, com a vantagem do algodão com água não possuírem componentes químicos em sua formulação.

 

A fralda, no entanto, não pode demorar para ser trocada. Toda vez que houver cocô ou umidade perceptível por causa do xixi, não pense duas vezes. Agora, as versões noturnas têm duração maior. Converse com o pediatra do seu filho e veja qual a opinião dele nesses casos.

 

Outra dica muito importante é: toda vez que for fazer a troca, vale passar um creme preventivo de assaduras. “Mesmo que a criança não tenha assaduras, a barreira protetora impede a contaminação. Ela deve ser aplicada nos pontos de contato com a fralda e também nos órgãos genitais”, ensina Alessandra.

 

Fora a higiene, alimentação e acontecimentos em outras partes do corpo do bebê estão entre os fatores por trás do problema. Alguns alimentos mais ácidos e alergias, como citamos, pioram as assaduras. Porém, ela podem surgir até quando os dentes do bebê estão nascendo.

 

Há também outras causas que podem estar por trás das famigeradas assaduras. Uma delas é a alergia a produtos químicos da fralda ou de cosméticos aplicados no bebê. O fato da criança começar a se alimentar com comidas sólidas e surgir o problema também costuma ser comum, já que alguns alimentos (como frutas cítricas) podem deixar o xixi e o cocô mais ácidos.

 

Pediatras indicam não esperar o problema se agravar e procurar ajuda médica assim que possível. Porque uma simples irritação pode se transformar em infecção, já que a pele (que é um mecanismo de defesa do organismo) está comprometida. 

 

Ao aumentar a frequência de trocas e deixar o bebê sem fraldas sempre que possível, vai proporcionar um “respiro” maior para a pele e aliviar o desconforto do pequeno. Contudo, o não adianta apenas tratar dos sintomas. Além dos cuidados de higiene redobrados, é importante a visita ao médico para ele prescrever pomadas com antifúngicos e/ou anti-inflamatórios, dependendo da causa.

 

Atenção: se a assadura estiver persistindo por mais de dois ou três dias mesmo com esses cuidados que mencionamos, vale investigar mais a fundo a questão. Às vezes, o médico prescreverá pomadas específicas para eliminar o micro-organismo que está causando as assaduras. Atualmente, com tratamentos cada vez mais eficazes, esse incômodo deve estar com os dias contados!

Assaduras por causa da introdução alimentar

Todos nós sabemos que as assaduras causadas pelas fraldas são bastante comuns no primeiro ano de vida do bebê. Mas você sabia que, a partir dos seis meses, é possível que elas apareçam como resultado da introdução alimentar, que pode mexer com o funcionamento do intestino do pequeno?  

 

A introdução alimentar aos seis meses, como complemento da amamentação, é recomendada pelo Ministério da Saúde. Como o organismo do bebê não estava acostumado aos novos alimentos, pode ser que passe por uma adaptação. Durante esse período, é normal que suas fezes fiquem diferentes, possivelmente mais firmes e com odor mais forte. Alguns alimentos não digeridos também poderão aparecer nelas.

 

É possível que as fezes do bebê fiquem mais soltas, aquosas ou cheias de muco. Se isso ocorrer, significa que o trato intestinal está um pouco irritado. É importante conversar com o pediatra para que ele oriente a formulação do cardápio durante a adaptação. 

 

Podemos observar que, como o uso de fraldas promove o aumento da temperatura e umidade local, tornando a pele mais suscetível ao contato com fezes e urina, podem surgir assaduras nas áreas que são cobertas pelas fraldas: períneo, nádegas, região púbica e face interna das coxas.

 

Claro que, além da introdução alimentar, outros fatores podem provocar o aparecimento da dermatite pelo uso de fraldas, como:

 

  • Deixar o bebê com a fralda molhada ou suja por muito tempo;
  • Contato e fricção entre a fralda e a pele do bebê;
  • Infecção por fungos;
  • Infecção bacteriana;
  • Reação alérgica à fralda;

 

Tratando as assaduras 

Mesmo enquanto estiver investigando a causa, ou se já descobriu, é preciso tratar as assaduras, então essas dicas podem te ajudar durante o processo:

 

  1. Se o bebê estiver assado, não use lenços umedecidos, eles têm compostos químicos que podem causar alergias e também agravar o problema!

 

  1. Antes de limpar a pele lesionada com água (melhor ainda se estiver iniciando), proteja com óleo, pois ele evita que a pele descame.

 

  1. Utilize um algodão para aplicar o óleo (que os pediatras afirmam que pode ser aqueles próprios para bebês ou mesmo óleos vegetais como de coco, canola ou milho, por exemplo).

 

  1. Após tirar o excesso com o óleo e ter protegido a pele, lave com água (água corrente é o ideal, pois evita o atrito da pele com o algodão ou tecido).

 

  1. Faça uso de uma pomada medicamentosa que contenha corticoide (sempre com a indicação do pediatra de sua confiança).

 

  1. Aguarde alguns minutos para a pele absorver e coloque uma pomada para assadura (o ideal é que sejam essas chamadas pomadas de tratamento e que contenham óxido de zinco).

 

  1. Para proteger do atrito da pele com a fralda, finalize passando uma camada espessa de amido de milho, popularmente, conhecido como maisena. Você pode fazer uma pastinha da pomada com o amido para depois aplicar, é excelente!

 

Seguindo esses passos, a ideia é que vinte e quatro horas depois, o aspecto da pele mude e comece a apresentar melhora. No entanto, não se esqueça: se for algum problema fisiológico (alergia alimentar, por exemplo), pode melhorar, mas não vai curar enquanto não for descoberta qual a causa!

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Tire sempre as dúvidas com o pediatra. Seu bebê está apresentando uma assadura que parece piorar? Vale a pena ligar para o médico e ver o que ele indica fazer ou se vocês conseguem descobrir juntos a causa do problema.

 

Por diversas vezes, não adianta você tratar a assadura se não agir sobre a causa dela. Até porque, existem casos em que a assadura evolui para problemas mais sérios, como uma candidíase ou uma infecção bacteriana, aí, de qualquer forma será necessário recorrer ao pediatra.

Você pode observar que, muitas mamães costumam utilizar pomadas à base de Nistatina e Óxido de Zinco, que funcionam super bem para assaduras. Todavia, como essa pomada é considerada um medicamento, sempre deve ser considerado seu uso junto ao pediatra.

 

 

 

Alguns casos em que as assaduras são mais fortes

 

Crianças que sofrem de APLV podem apresentar episódios de assaduras bem mais fortes e mais frequentes! Normalmente, quando os pais introduzem algum alimento que pode irritar seu intestino, que já é mais sensível, a assadura resolve dar às caras de maneira bem dolorosa! 

 

Também existem casos da criança ter que consumir antibiótico por um período e também ficar com o intestino mais solto. Enfim, motivos diversos que levam a assaduras bem difíceis de tratar.

 

O que os pais podem ir fazendo é tentar descobrir com o pediatra a causa da diarreia, para tratar, e cuidar da assadura para ver se ela melhora o quanto antes ou para, pelo menos, não piorar.

 

Coisas que podem ajudar, de fato, quando as assaduras dolorosas já estiverem instauradas:

 

  • Fugir dos lenços umedecidos, pois os produtos utilizados na sua composição podem piorar o machucado (detalhe: é bom fugir dos lenços umedecidos em qualquer situação. Crianças com pele mais sensível podem ter assadura pelo uso contínuo do lenço. Ou seja, o lenço pode não só piorar como causar a assadura ou até uma alergia).

 

  • Dar prioridade para limpar o bumbum do bebê com água e sabão exclusivamente (sabão para uso infantil e em muito pouca quantidade), na banheira, chuveiro ou pia. Apenas passando água e o sabão terá menos atrito do que quando fizer uso do algodão e é isso que ajuda a amenizar a irritação. Mas no caso desse tipo de limpeza não ser possível (você estando fora de casa, por exemplo), utilize o algodãozinho com água,  pois ele é muito melhor que os lenços umedecidos e limpa da mesma maneira.

 

  • Seque bem a pele do bebê após a limpeza. Uma dica é secar com secador de cabelo, numa potência fraquinha e com o ar frio, para não lesionar ainda mais a pele. Mesmo que você limpe super bem o bumbum do pequeno, se deixá-lo úmido, a assadura não melhora (e pode até piorar). Se o secador não for viável, vá encostando devagar uma fraldinha bem macia em cima, para absorver o excesso de umidade (lembre-se de fazer delicadamente, jamais esfregue!)

 

  • Mantenha a área sempre seca e livre das fezes. Cocô deixado na área é um veneno para a assadura, principalmente quando ele está ácido, é essencial que você o tire no instante que o bebê fizer ou assim que você perceber. O xixi também piora a situação, então o quanto mais você trocar a fralda, melhor.

 

  • Use produtos adequados para o tratamento de assaduras (que normalmente são feitos à base de óxido de zinco, vitaminas A e D, lanolina, calêndula e óleos). Há vários produtos no mercado que ajudam no tratamento de assaduras. 

Mais algumas dicas importantes

Evite a assadura: Se você conseguir prevenir esse incômodo imenso para o seu pequeno, é uma melhor opção do que precisar tratar, não é mesmo? Que tal seguir essas dicas básicas:

  • Faça troca de fraldas constantes, não deixando o bebê sujo ou molhado por muito tempo (as fraldas absorvem o xixi, mas a área continua um pouco úmida).

 

  • Evite oferecer para ele alimentos que você sabem que soltam demais o intestino ou que deixam o cocô mais ácido.

Mas por que é tão importante evitar e tratar a assadura?

O primeiro motivo é porque se trata de um incômodo super desagradável para o bebê, que o deixa irritado e interfere até no sono e na alimentação. E segundo, porque se a assadura não for tratada, ela pode virar um problema mais sério, como uma micose (a candidíase, por exemplo) ou uma infecção bacteriana. 

 

As micoses causadas pela Candida são mais comuns em bebês que estejam tomando antibióticos, pois esses medicamentos atacam também as bactérias boas que evitam a proliferação de fungos. A micose causada por esse fungo começam com pontinhos vermelhos e se proliferam até formar uma placa vermelha e de maneira bem rápida.

 

Já as infecções causadas por bactérias provocam o surgimento de placas amarelas e “espinhas de ponta amarela” bem parecidas com a acne e podem causar febre. 

 

Nesses dois casos específicos, assim que forem detectados os sintomas (pontinhos vermelhos e placas ou espinhas amarelas) o pediatra deve ser contatado imediatamente, afinal, os cremes e pomadas tradicionais para assadura não conseguem tratar o problema. E, em todo caso, sempre que você estiver desconfortável com a assadura do seu bebê, contate o pediatra e veja o que ele indica fazer. 

 

Ele sempre será a pessoa mais indicada para você recorrer quando surgir qualquer dúvida relativa a saúde do seu pequeno.

Medicamentos mais usados para tratamento de assaduras

 

O perigo da assadura se tornar uma infecção

 De acordo com a dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Maria Bandeira de Melo Paiva Seize, por mais que pareça simples, as assaduras podem se tornar um problema grave se não for tratada da maneira correta.

“Pode ser agravada por infecções de bactérias ou fungos, como a Cândida Albicans, que causa a candidíase, por exemplo. E pode ser confundida com outras doenças com sintomas semelhantes, como a psoríase”, explica a especialista.

 

A irritação surge, na maior parte das vezes, por conta da umidade, maceração da pele, ou pela exposição a substâncias ou dejetos, como fezes e urina. A dermatologista explica que isso ocorre com mais frequência em áreas de pele fina e de dobra.

 

Por isso, os mais afetados são os bebês, as crianças em idade pré-escolar e os idosos. Por terem a pele mais sensível, e ainda fazerem o uso da fralda, que é um facilitador para a inflamação, já que deixa a pele mais úmida e abafada.

 

Para identificar se o machucado é mesmo uma assadura, e não uma queimadura, por exemplo, que é provocada pelo calor, é preciso ficar atento às características. “Em geral, a área fica avermelhada e pode apresentar outros sintomas, como pele esbranquiçada, erosões, pústulas ou descamação”, declarou Maria.

 

 “Assadura é um termo popular usado para definir qualquer lesão avermelhada das áreas de dobras como virilha, região genital, nádegas e axilas. Mas esses machucados podem ter causas diversas e não ser somente uma irritação”, alertou ela.

 

Ao notar que é uma assadura, o ideal é ir ao dermatologista. A especialista recomenda que a qualquer sinal de lesão na pele, um profissional médico deve ser procurado, “sem antes se automedicar”, complementa.

 

Somente um especialista pode avaliar a causa e o melhor tratamento para a lesão. Se não tratado, o caso pode se complicar, como, por exemplo, se tornando infecções fúngicas e bacterianas. Normalmente, o indicado é o uso de cremes de barreiras, que, em poucos dias, já se pode notar o resultado na pele.

Assaduras em adultos

As dermatites, popularmente conhecidas como assaduras, não acometem apenas bebês que usam fraldas, mas podem ser frequentes também em adultos, especialmente em quem está com sobrepeso ou possui dificuldades de locomoção (pacientes acamados ou deficientes físicos usuários de cadeiras de rodas).

 

A irritação em adultos, geralmente é causada pelo contato da pele com substâncias como urina e suor, ocasionando a proliferação de fungos e bactérias. Os locais mais afetados são coxas, virilha e axilas, pela constante fricção da pele e, principalmente, pelo calor e umidade comuns nessas áreas. Os sintomas mais frequentes são sensação de queimação e coceira, aspecto avermelhado na região e, em alguns casos em que a pele está muito ferida, dor.

 

O ideal para prevenir assaduras em adultos é manter a pele sempre limpa e seca. Outro recurso muito eficaz é a hidratação do local com cremes a base de petrolato, óxido de zinco e lanolina. No entanto, quando a assadura já estiver instalada, deve-se manter a área afetada bem limpa, seca e ventilada.

 

Apesar dessas dicas e cuidados, se o quadro não apresentar melhora, é necessário acompanhamento médico para avaliar quais são os antifúngicos mais indicados e se há necessidade de antibióticos para complementar o tratamento.

Como tratar as assaduras em adultos

Infelizmente, as assaduras em adultos são agravadas principalmente com as altas temperaturas do verão, que faz com que transpiremos mais.

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Além do suor, podem aparecer por causa do excesso de umidade, a falta de higiene adequada, o atrito constante da pele, a má ventilação da derme e por alergias. Geralmente ocorre em regiões como a virilha, axilas, a região interna das coxas, em partes onde a pele do corpo dobra e sob as mamas, no caso das mulheres. Além de causarem ardência, sensação de queimadura e irritação, a pele fica vermelha e muito sensível.

 

A virilha por exemplo, é uma parte do corpo com dobra da pele e que está sempre coberta com roupas, por isso é sempre muito quente e úmida. O atrito de pele com pele ou com tecidos desencadeia ou piora o quadro.

 

Até mesmo praticar exercícios podem causar assaduras no corpo devido ao suor ou pela roupa não ser a ideal. Se você está com problemas de assaduras na virilha, confira abaixo algumas dicas para diminuir esse incômodo:

 

  • Não use calças muito apertadas. Tente usar roupas mais largas. 
  • Use roupas íntimas limpas diariamente e dê preferência para as feitas de algodão 
  • Mantenha a pele limpa e seca. 
  • Tome banho regularmente e, após o banho, procure secar bem a região.
  • Use sabão neutro e procure evitar água quente sobre a região;
  • Para secar bem a região, use o secador de cabelo ou vá no ventilador, pois vai deixar a região totalmente seca;
  • Após o banho e secar bem a região, procure utilizar talcos específicos para isso. 
  • Sempre que puder, procure ficar de calcinha ou cueca (de algodão). Caso tenha suor excessivo na virilha, utilize o ventilador na região de vez em quando para diminuir o calor e a umidade no local afetado;
  • Se os problemas persistirem, procure por um dermatologista, pois só ele saberá indicar o tratamento melhor.

 

Existem doenças que parecem assaduras mas não são, como as micoses, psoríase, dermatite seborreica e outras, que o dermatologista poderá diagnosticar e tratar adequadamente.

 

E você já teve problemas com assaduras no seu bebê? Conte-nos sua experiência, queremos saber sua opinião! 

 

Responsabilidade Editorial

Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. PROCURE UM MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.

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