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Já ouviu falar em Tumor Feocromocitoma? Cliquefarma te explica agora tudo sobre ele. O que é, qual a causa, os sintomas, quando procurar por ajuda médica, como é o tratamento, as possíveis complicações, o prognóstico e se existe algum tipo de prevenção. Confira agora mesmo este artigo até o final e fique por dentro de tudo! 

tumor de feocromocitoma 1

O que é Feocromocitoma?

Feocromocitoma é um tipo de tumor raro que aparece no tecido de algumas glândulas, mais comumente nas adrenais, glândulas que ficam acima dos rins, na parte posterior do abdômen e causa hipertensão, entre outros sintomas.

 

As glândulas adrenais (ou supra-renais) produzem a adrenalina e a noradrenalina, responsáveis, respectivamente pelas respostas do nosso corpo em situações extremas e por seu relaxamento posterior. Quando o feocromocitoma ocorre, há uma mudança na produção desses hormônios.

 

A maioria dos feocromocitomas cresce dentro do córtex das glândulas adrenais. Cerca de 10% crescem nas células cromafins fora das glândulas adrenais. Menos de 10% dos feocromocitomas que crescem dentro das glândulas adrenais são cancerosos, mas esse percentual é maior nos tumores externos às glândulas adrenais. Os feocromocitomas podem ocorrer em homens ou mulheres em qualquer idade, mas são mais comuns em pessoas entre 20 e 40 anos de idade.

 

Algumas pessoas que apresentam feocromocitomas têm uma doença hereditária rara denominada neoplasia endócrina múltipla, que a torna propensa a ter tumores nas glândulas tireoide, paratireoide e adrenais. Os feocromocitomas também podem surgir em pessoas que apresentam síndrome de von Hippel-Lindau e naquelas que apresentam neurofibromatose (doença de von Recklinghausen) ou várias outras doenças genéticas. É provável que quase 50% das pessoas com feocromocitomas tenham uma dessas doenças genéticas ou familiares.

Quais os tipos?

Os feocromocitomas são classificados de acordo com o local onde aparecem. 90% dos feocromocitomas ocorrem nas glândulas adrenais. Quando sua localização muda, eles são chamados de feocromocitomas extra-adrenais ou de paragangliomas e podem ocorrer no coração, peito, crânio ou pescoço.

Quais as causas para o crescimento destes tumores?

Não se sabe ao certo o que provoca o aparecimento do feocromocitoma. Alguns especialistas acreditam que o problema tenha origem hereditária, mas nada ainda foi comprovado. Ela pode aparecer com algumas desordens genéticas, como neurofibromatose e síndrome de von Hippel-Lindau, como dito anteriormente.

Em geral, o feocromocitoma está ligado à neoplasia endócrina múltipla tipo 2, uma doença rara que afeta diversas glândulas e também é transmitida por herança genética.

No entanto, algumas pessoas com feocromocitoma não apresentam histórico familiar do problema.

tumor de feocromocitoma 2

Sintomas de Feocromocitoma

Os feocromocitomas podem ser muito pequenos. Entretanto, mesmo um feocromocitoma pequeno pode produzir grandes quantidades de catecolaminas potentes. As catecolaminas são hormônios, como a epinefrina ( adrenalina), a noradrenalina e a dopamina, que tendem a aumentar muito a pressão arterial, a frequência cardíaca e causar outros sintomas normalmente associados com situações com risco à vida.

 

O sinal mais notável de um feocromocitoma é a hipertensão arterial, que pode ser muito grave. Entretanto, apenas uma em cada mil pessoas com hipertensão arterial tem um feocromocitoma. Os sintomas incluem:

 

  • Batimentos cardíacos rápidos e latejantes
  • Sudorese excessiva
  • Tontura ao se levantar
  • Respiração rápida
  • Pele fria e úmida
  • Dores de cabeça intensas
  • Dores no peito e no abdômen
  • Náusea e vômito
  • Distúrbios da visão
  • Formigamento nos dedos das mãos
  • Constipação
  • Uma sensação estranha de que algo ruim vai acontecer

 

Quando esses sintomas aparecem de maneira repentina e acentuada, eles podem parecer um ataque de pânico.

 

Em 50% das pessoas afetadas, os sintomas aparecem e desaparecem, às vezes desencadeados pela pressão sobre o tumor, massagem, medicamentos (especialmente anestésicos e betabloqueadores), traumas emocionais e, em raras ocasiões, o simples ato de urinar. Contudo, é possível que muitas pessoas apresentem esses sintomas como manifestações de um estado de ansiedade e não de um distúrbio glandular.

 

Então, atente-se a esses sinais:

 

  • Hipertensão arterial
  • Batimento cardíaco acelerado ou forte
  • Suor intenso
  • Dor de cabeça forte
  • Tremores
  • Palidez
  • Respiração encurtada

 

Entre os sintomas menos comuns de feocromocitoma, temos:

  • Ansiedade
  • Dor abdominal
  • Constipação
  • Perda de peso

 

Os sintomas do tumor feocromocitoma podem acontecer em pequenos ataques que duram de 15 a 20 minutos, mas podem se repetir várias vezes ao dia. Alguns fatores desencadeiam esses ataques, como:

 

  • Esforço físico
  • Ansiedade ou estresse
  • Mudanças na posição do corpo
  • Comidas ricas em tiramina, como alguns tipos de queijos, cerveja e vinho, carnes secas ou defumadas, bananas, abacate, entre outras
  • Medicamentos como descongestionantes e estimulantes

Quando devo buscar por ajuda médica?

Os sintomas do feocromocitoma podem indicar, na verdade, uma série de outras doenças, e ter um diagnóstico adequado é fundamental.

 

Mas se você está com pressão alta, vale relatar ao médico se você tem apresenta:

 

  • Dificuldade em controlar a pressão arterial mesmo com tratamento
  • Histórico familiar de feocromocitoma
  • Histórico familiar de neoplasia endócrina múltipla tipo 2, síndrome de von Hippel-Lindau ou neurofibromatose

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar um feocromocitoma são:

 

  • Clínico geral
  • Endocrinologista
  • Nefrologista

 

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

 

  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
  • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar

 

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

  • Quando os sintomas começaram?
  • Seus sintomas são contínuos ou vão e voltam?
  • Existe algo que piora o desencadeia seus sintomas?
  • O que parece melhorar o piorar seus sintomas?
  • Você toma medicamentos para hipertensão? E os consome da forma como foram prescritos?
  • Você foi diagnosticado com alguma outra condição médica? E segue o tratamento dela?

 

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar.

Como se dá o diagnóstico de Feocromocitoma?

Muitos médicos podem não desconfiar logo de cara que a pessoa está com feocromocitoma, pois a pessoa tende a não apresentar tantos sintomas persistentes, além da pressão arterial alta. No entanto, quando esse problema aparece em pessoas jovens, vai e volta ou é acompanhado de outros sintomas, o médico pode pedir exames para confirmar uma suspeita de feocromocitoma.

 

Entre os exames, o principal é a quantidade dos hormônios das glândulas adrenais, que pode ser medida em exames de urina 24 horas e exames de sangue.

 

Caso esses exames indiquem a presença de um feocromocitoma, o médico poderá pedir exames de imagem que confirme o diagnóstico, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre outros, para verificar a existência do tumor.

Tratamento de Feocromocitoma

O melhor tratamento para o feocromocitoma é a cirurgia para retirada do tumor. No entanto, antes de fazer a operação é necessário preparar o paciente, controlando sua pressão arterial antes da cirurgia. Os medicamentos usados no pré-operatório normalmente são:

  • Alfa-bloqueadores, que previnem a noradrenalina de estimular os músculos nas paredes das veias e artérias menores, reduzindo a pressão arterial
  • Beta-bloqueadores, que inibem a adrenalina, fazendo com que o coração bata mais devagar e com menos força, além de deixar as veias relaxadas

 

Mas outras medicações podem ser utilizadas, caso essas duas não produzam melhora no quadro de hipertensão.

 

A cirurgia em si é feita através da laparoscopia, cirurgia feita com pequenas incisões e minimamente invasiva. Na maioria das vezes, a glândula toda é retirada, a não ser que a outra glândula já tenha sido retirada em outra ocasião.

Caso o tumor seja maligno, a cirurgia só terá sucesso se o tumor e os tecidos metastáticos estiverem isolados e o tratamento deverá ser complementado com quimioterapia, radioterapia ou terapia alvo, de acordo com a orientação de um oncologista.

Possíveis complicações

Caso o feocromocitoma não seja diagnosticado e tratado, pode desenvolver uma série de complicações fatais, como:

 

  • Crises hipertensivas
  • Arritmia cardíaca
  • Infarto do miocárdio
  • Falência múltipla dos órgãos

O tumor de Feocromocitoma tem cura?

Em geral os feocromocitomas são tumores benignos e quando eles são removidos com a cirurgia, o prognóstico é positivo. No entanto, estatísticas mostram que 10% das pessoas operadas têm chance de ter reincidência do tumor na outra glândula.

 

Se o feocromocitoma for canceroso e tiver se espalhado, a quimioterapia raramente cura o tumor. Medicamentos quimioterápicos mais recentes, como a temozolomida e o sunitinibe, ajudam a retardar o crescimento do tumor. Tratamento com radioisótopos, como a metaiodobenzilguanidina (MIBG) ou a octreotida radioativa, que tem por alvo o tecido tumoral, também pode ser muito eficaz. 

 

Os efeitos perigosos do excesso de catecolaminas secretadas pelo tumor podem quase sempre ser bloqueados pelo uso contínuo de fenoxibenzamina, ou medicamentos similares, e betabloqueadores.

Existe Prevenção?

Não há formas conhecidas de prevenir o feocromocitoma.

Sistema Nervoso Autônomo

Vamos comentar um pouco sobre fisiologia e anatomia do sistema nervoso. Temos uma parte desse sistema que é chamado autônomo, isto é, não está sob nosso controle como temos os neurônios que inervam os músculos esqueléticos quando decidimos fazer um movimento com nossos corpo, por exemplo.

 

O sistema nervoso autônomo compreende o sistema simpático e parassimpático. Enquanto o primeiro é responsável pela respostas fisiológicas que preparam os seres vivos para lutar ou fugir: acelerando os batimentos cardíacos, dilatando as pupilas, elevando a pressão arterial, dilatando os brônquios, aumentando a glicose no sangue etc., o segundo sistema atua de forma contrária: desacelerando esses processos e restabelecendo o organismo após uma situação de emergência atuando, predominante, em situações de calmaria. 

 

As respostas do sistema simpático não só aparecem em situações de grandes ameaças à vida, estressores mais simples do dia a dia e emoções fortes (boas e ruins) também ativam esse sistema.

 

As catecolaminas são liberadas na comunicação (sinapse) entre o neurônios da medula espinhal e neurônios presentes em gânglios nervosos concentrados na região cranial e sacral (sistema nervoso autônomo parassimpático) e paralelamente à medula espinhal (sistema nervoso simpático).

Nas sinapses dos gânglios nervosos do sistema nervoso autônomo, a noradrenalina é a principal catecolamina secretada. A medula adrenal funcionaria com um grande neurônio pós-sináptico e que libera principalmente adrenalina diretamente na circulação.

 

A estrutura primitiva que dá origem ao sistema nervoso, a crista neural, originam aos gânglios nervosos e outras células de estrutura semelhante à medula adrenal que ficam próximos dos gânglios nervosos e por isso são chamados de paragânglios, que podem ainda estabelecer conexões com outros plexos simpáticos. Sistema nervoso autônomo de onde se originam os paragangliomas e feocromocitoma.

 

Mais de um século se passou desde a descrição do primeiro caso de feocromocitoma. O avanço de técnicas diagnósticas nos casos suspeitos, a frequente descoberta de massas incidentais em exames de rotina e o desenvolvimento de técnicas de mapeamento genético mudaram a abordagem e o entendimento dessa doença no decorrer de todo esse tempo. 

 

A regra dos 10% não parece valer mais, pelo menos para a representação das síndromes genéticas. Para o tratamento, novas técnicas foram desenvolvidas. Devemos estar atentos à constante evolução no manejo desse tumor que diríamos ser, no mínimo, enigmático.

 

Considerações gerais sobre as glândulas adrenais

Como aprendemos até agora, o corpo possui duas glândulas adrenais, uma próxima à parte superior de cada rim. Elas são glândulas endócrinas que secretam hormônios na corrente sanguínea. As glândulas adrenais são formadas por duas partes.

 

  • Medula: A parte interna secreta hormônios, como adrenalina ( epinefrina), que ajudam a controlar a pressão arterial, a frequência cardíaca, a produção de suor e outras atividades que também são reguladas pelo sistema nervoso simpático.
  • Córtex: A parte externa secreta vários hormônios, como corticosteroides (hormônios semelhantes à cortisona, como cortisol) e os mineralocorticoides (sobretudo a aldosterona, que controla a pressão arterial e os níveis de sal [cloreto de sódio] e de potássio no organismo). O córtex adrenal também estimula a produção de uma pequena quantidade de hormônios esteroides sexuais masculinos ( testosterona e hormônios similares).

 

As glândulas adrenais são parcialmente controladas pelo cérebro. O hipotálamo, uma pequena área do cérebro envolvida na regulação hormonal, produz o hormônio liberador de corticotrofina (CRH) e a vasopressina (também conhecida como hormônio antidiurético). A vasopressina e o CRH induzem a hipófise a secretar corticotrofina (também chamada de hormônio adrenocorticotrófico ou ACTH), que estimula as glândulas adrenais a produzirem corticosteroides. O sistema renina-angiotensina-aldosterona, regulado principalmente pelos rins, faz com que as glândulas adrenais produzam uma quantidade maior ou menor de aldosterona.

 

O corpo controla os níveis de corticosteroides de acordo com sua necessidade. Os níveis tendem a ser muito mais altos de manhã cedo do que no fim do dia. Quando o corpo está estressado devido a uma doença ou por outra causa, os níveis de corticosteroides aumentam drasticamente.

Distúrbios adrenais

Os distúrbios da glândula adrenal podem estar relacionados a uma secreção hormonal excessiva ou insuficiente.

 

Quando uma quantidade insuficiente de hormônio é secretada, o problema pode estar relacionado com a própria glândula adrenal (uma doença primária, como a doença de Addison), ou pode ser decorrente de um problema em outra parte do corpo, como a hipófise ou o hipotálamo. 

 

Por exemplo, um problema com a hipófise pode significar que as glândulas adrenais não estão sendo estimuladas para secretar hormônios.

 

Quando uma quantidade excessiva de hormônio é secretada (secreção excessiva), o distúrbio resultante depende do tipo de hormônio:

 

  • Secreção excessiva de glicocorticoides: Síndrome de Cushing
  • Secreção excessiva de aldosterona: Hiperaldosteronismo
  • Secreção excessiva de adrenalina e noradrenalina: Feocromocitoma
  • Secreção excessiva de andrógenos: Virilização

tumor de feocromocitoma 3

Caso você ainda possua qualquer dúvida a respeito de tumor de Feocromocitoma e ou sobre outro distúrbio das glândulas adrenais, deixe um comentário no box abaixo que teremos o maior prazer em lhe ajudar e interagir com você! 

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One Comment

  • Karini disse:

    Ola! Fui diagnosticada com feicromatocytoma e queria saber mais a respeito. Quando concluir se o tumor é “grabde” oy se foi “precocemente” descoberto?
    Obrigada!

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