Você acorda, se olha no espelho e nota o rosto mais inchado que o normal. Ao longo do dia, as meias deixam marcas profundas nos tornozelos. No banheiro, uma surpresa: a urina está com uma espuma densa, que não some. Sinais como esses, muitas vezes ignorados, podem indicar uma condição conhecida como Síndrome Nefrótica.
Quando esses sintomas aparecem, é importante prestar atenção. Continue lendo para entender melhor o que eles podem significar.
O que o corpo está tentando dizer?
A síndrome nefrótica não costuma chegar de forma silenciosa. Ela se revela através de um conjunto de sinais bem característicos, que servem como um sinal de alerta:
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Inchaço (edema, que é o acúmulo de líquido nos tecidos):
Começa geralmente no rosto pela manhã e se espalha pelas pernas e tornozelos ao longo do dia. É o sintoma mais conhecido da síndrome nefrótica.
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Urina espumosa:
A aparência lembra a espuma de um copo de cerveja. Isso acontece porque uma grande quantidade de proteína está sendo eliminada na urina.
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Ganho de peso rápido:
Não é gordura, é água. O acúmulo de líquidos pode fazer os números na balança subirem significativamente em pouco tempo.
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Cansaço e fraqueza:
Quando o corpo perde proteínas essenciais, ele precisa se esforçar mais, e você pode se sentir sem energia.
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Infecções frequentes:
O sistema de defesa também perde anticorpos pela urina, deixando o corpo mais vulnerável.
Notou esses sintomas? Um profissional de saúde pode orientar sobre os exames necessários e o próximo passo no cuidado. Agende uma consulta para entender melhor.
Como os rins filtram o sangue e o que dá errado na síndrome nefrótica
Os rins filtram o sangue e ajudam o corpo a reter substâncias importantes, como a albumina, que mantém os líquidos no lugar certo e ajuda você a ter energia. Na síndrome nefrótica, essa filtragem não funciona direito, e a albumina acaba saindo pela urina. Quando isso acontece, o líquido se acumula no corpo, causando inchaço no rosto, nas mãos, nos tornozelos e nas pernas, e o corpo precisa se esforçar mais, o que pode gerar cansaço e fraqueza.
Se você percebeu sinais como esses, conversar com um médico pode ajudar a entender melhor o que está acontecendo e cuidar da sua saúde.
Síndrome nefrótica: de onde vem o problema?
A síndrome nefrótica pode surgir de duas formas: às vezes o problema começa no próprio rim, e outras vezes ele é consequência de outra condição que afeta o corpo, como diabetes, lúpus ou infecções como hepatite ou HIV.
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Não se preocupe: a síndrome nefrótica não é contagiosa e não tem relação com pouca ingestão de água. Entender de onde vem o problema ajuda você a ficar atento aos sinais e buscar o cuidado adequado.
Como é feito o diagnóstico?
Para investigar se você tem síndrome nefrótica, o médico primeiro procura pistas nos exames mais simples e comuns, que ajudam a identificar o que está acontecendo no seu corpo:
Exame de urina: verifica se há muita proteína sendo perdida, o que explica sintomas como urina espumosa e inchaço.
Exame de sangue: checa os níveis de albumina, colesterol e a função dos rins, mostrando como o corpo está reagindo à perda de proteínas.
Na maioria das crianças com sinais claros da síndrome, esses exames já ajudam a confirmar o diagnóstico. Em adultos ou em casos que não seguem o caminho esperado, o médico pode indicar a biópsia renal, um exame que analisa uma pequena amostra do rim para entender a causa exata e escolher o tratamento mais adequado.
Como é o tratamento?
O tratamento da síndrome nefrótica consiste em uma combinação de bons hábitos e de medicamentos para atacar a raiz do problema.
Na rotina, os cuidados incluem:
- Redução do sal na comida para controlar o inchaço.
- Controle da ingestão de líquidos, orientado pelo médico.
- Uso de diuréticos para ajudar o corpo a eliminar o excesso de líquido.
- Medicamentos que protegem os rins e reduzem a perda de proteína, ajudando a manter você mais saudável e com mais energia.
A medicação recomendada costuma ser:
- Corticoides: ajudam os rins a reduzir a perda de proteína, diminuindo o inchaço e a sensação de cansaço. São especialmente eficazes em crianças.
- Imunossupressores: usados quando os corticoides não bastam. Eles controlam a reação do sistema de defesa do corpo, evitando que ataque os rins e mantendo a proteína no sangue, protegendo seus rins a longo prazo.
Quando a síndrome nefrótica é causada por outra condição (como diabetes ou lúpus), o foco principal é tratar a doença que está causando o problema.
Uma conversa franca sobre efeitos colaterais
Todo tratamento potente pode ter efeitos colaterais. É fundamental conhecê-los e conversar com seu médico. Corticoides podem causar ganho de peso e alterações de humor; imunossupressores podem afetar a pressão ou os próprios rins. É um médico que vai poder monitorar todas as variáveis e ajustar o caminho. O uso de medicamentos nunca deve ser feito sem supervisão, podendo inclusive ser um risco para agravar o problema de saúde. O Agendar Consulta está aqui para facilitar sua conexão com os especialistas que vão cuidar de você.
Quando procurar ajuda imediata?
Alguns sinais indicam complicações e exigem uma ida ao pronto-socorro:
- Falta de ar súbita ou dor no peito.
- Inchaço e dor em apenas uma das pernas (pode ser trombose).
- Febre alta durante o tratamento com imunossupressores.
- Redução drástica do volume de urina.
Síndrome nefrótica tem cura?
Para muitas crianças, a resposta é animadora: elas entram em remissão (ficam sem sintomas) e podem viver longos períodos, ou até a vida toda, sem novas crises.
Em adultos, o cenário é mais variado. Ainda não há uma cura definitiva, mas o controle e a remissão são objetivos totalmente possíveis. O segredo está em um diagnóstico preciso, tratamento personalizado e um acompanhamento rigoroso para evitar complicações e preservar a saúde dos seus rins.
Se você se identificou com os sinais, procure um médico. Cuidar dos seus rins é cuidar do seu bem-estar.
Tem alguma dúvida ou gostaria de compartilhar sua experiência? Deixe um comentário abaixo. A CliqueFarma pode te ajudar nessa jornada de cuidado, comparando os preços dos medicamentos e trazendo as melhores ofertas.
Perguntas frequentes (FAQ)
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Síndrome nefrótica e síndrome nefrítica são a mesma doença?
Não. São semelhantes, mas não iguais. A síndrome nefrótica é marcada pela perda massiva de proteína e inchaço. A síndrome nefrítica se caracteriza por inflamação, com sangue na urina, pressão alta e perda rápida da função renal.
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Todo mundo com suspeita precisa fazer biópsia do rim?
Não necessariamente. Em crianças com quadro típico, que melhoram com corticoide, ela costuma ser dispensada. Já em adultos, é uma ferramenta quase sempre indispensável para um diagnóstico preciso.
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Comer mais proteína ajuda a repor o que perdi?
Pelo contrário. Pode, inclusive, ser prejudicial. Uma dieta rica em proteínas pode sobrecarregar os rins já fragilizados. A alimentação deve ser sempre orientada por seu médico e, de preferência, por um nutricionista.
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Posso praticar atividade física?
Com autorização médica, sim. Exercícios leves a moderados ajudam a controlar o inchaço, melhoram a circulação e o bem-estar geral.
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Como posso prevenir a síndrome nefrótica?
Para as formas primárias ou genéticas, não há prevenção. A melhor estratégia é manter um estilo de vida saudável e controlar rigorosamente doenças como diabetes e hipertensão, que podem levar a uma forma secundária da síndrome.