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A tansulosina é um princípio ativo encontrado em diversos medicamentos disponibilizados por vários laboratórios e é indicado para o tratamento dos sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB – aumento benigno da próstata que pode causar dificuldade para urinar). No entanto, ele também pode ser usado na ajuda da eliminação de cálculos renais.

Segundo o Ministério da Saúde, sua forma de apresentação é em cápsula gelatinosa 0,4 mg e comprimido revestido 0,4 mg.  

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Os principais laboratórios que fabricam tais medicamentos aqui no Brasil são Geolab, que disponibiliza o fármaco em cápsulas, a Boehringer, que comercializa o Secotex em versão de comprimido revestido, e o Zodiac, que comercializa as cápsulas de Tamsulon. 

Para que serve o cloridrato de tansulosina? serve para infecção urinária?

Não é de hoje que os cálculos de via urinária são verdadeiros transtornos na vida de médicos e pacientes. O desconforto lancinante causado pelas famosas pedras no rins e ureter são parte do dia a dia de emergencistas, clínicos e urologistas. Muito além de uma rápida e eficaz analgesia, deve-se estabelecer um plano terapêutico para retirada do cálculo. Como dito anteriormente, a tansulosina é uma das medicações mais utilizadas na prática para auxiliar a eliminação destes cálculos, pois é um alfa-bloqueador.

Estudos prévios do uso de tansulosina sugeriram não haver benefício para facilitar a passagem de cálculos ureterais com menos de 10mm. Agora, pesquisadores conduziram uma revisão sistemática e meta análise de diversos ensaios clínicos randomizados da tansulosina, estratificando os resultados por tamanho do cálculo (< 4mm vs. 4 a 10mm).

Sobre as pedras nos rins (cálculos de via urinária)

Alguns casos de cálculos de via urinária são completamente assintomáticos, e sua presença é detectada em exames de rotina ou durante a investigação de outras doenças. A presença de sintomas como dor e disautonomia são decorrentes da obstrução da via urinária pelo cálculo impactado.

Os fatores de risco são:

  • Hipercalciúria
  • Hiperoxalúria
  • Hipocitratúria
  • História familiar
  • Hipertensão arterial
  • Diabetes
  • Obesidade
  • Gota
  • Dieta de risco (baixo consumo de cálcio dietético, alto consumo de oxalato dietético, alto consumo de proteína animal, alto consumo de sódio e baixo consumo de líquidos).

O diagnóstico deve ser confirmado por exame de imagem (TC abdominopélvica sem contraste) e exames laboratoriais (urinálise, ureia e creatinina, eletrólitos, PTH e ácido úrico na presença de vômitos e alteração na função renal, proteína C-reativa e hemograma completo na presença de febre) devem ser solicitados.

Como funciona o tratamento com Tansulosina?

O cloridrato de tansulosina melhora os sintomas urinários obstrutivos e aumenta o fluxo urinário máximo, pois diminui a obstrução ao fluxo urinário através do relaxamento da musculatura lisa na próstata e na uretra.

É uma mentoxibenzonossulfonamida pertencente à classe dos inibidores alfa adrenérgicos, usada no tratamento da hipertrofia prostática benigna. Exerce antagonismo seletivo no receptor alfa 1-A, predominante na próstata e apresentando menos efeitos cardiovasculares em relação a outros alfa-bloqueadores, com baixo risco de redução da pressão arterial e excelente tolerabilidade. Antagoniza os efeitos dos inibidores adrenérgicos do colo da bexiga, uretra, cápsula e estroma prostáticos. Como outros bloqueadores da mesma classe, produz relaxamento da musculatura lisa prostática e uretral, melhorando o fluxo urinário e os sintomas decorrentes da hipertrofia prostática. 

A Tansulosina HCl é um bloqueador da ação dos receptores adrenérgicos da próstata, diminuindo o seu crescimento anormal. Reduz a tensão da musculatura da próstata e uretra (canal de saída da urina) e deste modo facilita a eliminação da urina. O tempo médio estimado para início da ação é entre 4 e 8 horas. 

Quais as contraindicações do cloridrato de tansulosina?

  • Hipersensibilidade ao cloridrato de tansulosina, incluindo angioedema induzido pelo medicamento, ou a qualquer componente da fórmula;  
  • Histórico de hipotensão ortostática;  
  • Insuficiência hepática grave;
  • Uso concomitante com inibidores potentes da CYP3A4, como o cetoconazol. 

Ele possui advertências de uso e precauções a serem tomadas?

Assim como ocorre com outros antagonistas de receptores alfa-1 adrenérgicos, durante o tratamento com cloridrato de tansulosina pode ocorrer diminuição da pressão arterial que, em casos excepcionais, pode levar a ocorrência de síncope. Aos primeiros sinais de hipotensão ortostática (tontura, fraqueza), o paciente deve sentar ou deitar-se até o desaparecimento dos sintomas. 

Antes de se iniciar o tratamento com cloridrato de tansulosina, o paciente deve ser submetido a exames, a fim de excluir a presença de outras condições que possam causar os mesmos sintomas que a hiperplasia prostática benigna. O exame de toque retal e, quando necessário, a determinação do antígeno prostático específico (PSA) devem ser realizados antes do tratamento e após este, em intervalos regulares. O tratamento de pacientes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina < 10 mL/min) deve ser abordado com precaução, uma vez que tais pacientes não foram estudados. 

Em alguns pacientes em tratamento, ou que haviam sido tratados anteriormente com cloridrato de tansulosina, durante a realização da cirurgia de catarata e glaucoma, foi observada a ocorrência da Síndrome Intraoperatória da Íris Frouxa (IFIS), que é uma variante da Síndrome da Pupila Pequena. A IFIS pode aumentar o risco de complicações oculares durante e após a cirurgia de catarata. 

A descontinuação do tratamento com cloridrato de tansulosina de 1 a 2 semanas antes da cirurgia de catarata ou glaucoma pode ajudar, no entanto, o benefício da interrupção do tratamento ainda não foi estabelecido. Também foram reportados casos de IFIS em pacientes que tiveram seu tratamento com tansulosina interrompido por um período maior de antecedência à cirurgia. 

Não é recomendado iniciar o tratamento com cloridrato de tansulosina em pacientes que serão submetidos à cirurgia de catarata ou glaucoma. Durante a avaliação pré-operatória, cirurgiões e oftalmologistas devem levar em consideração se os pacientes que serão operados de catarata ou glaucoma estão em tratamento ou foram tratados com tansulosina, de modo a assegurar que medidas apropriadas sejam tomadas para o manejo da IFIS durante a cirurgia. 

O cloridrato de tansulosina deve ser usado com precaução em combinação com inibidores moderados da enzima CYP3A4, por exemplo, a eritromicina. Não foram realizados estudos sobre o efeito na capacidade de dirigir veículos ou de operar máquinas. Entretanto, os pacientes devem ser conscientizados sobre a possibilidade de ocorrência de tontura. Este medicamento não é indicado para uso em mulheres. 

Transtornos de ejaculação são observados em estudos clínicos com tansulosina de curto e longo prazo. Eventos de transtornos de ejaculação, ejaculação retrógrada e falha na ejaculação são relatados na fase pós-comercialização. Insuficiência renal grave (depuração de creatinina < 10 mL/min): o tratamento deve ser feito com cautela, uma vez que não há estudos com tais pacientes. 

Interações medicamentosas de tansulosina

Estudos de interação medicamentosa foram realizados somente com adultos. Não foram observadas interações na administração concomitante com atenolol, enalapril ou teofilina. A administração concomitante de cimetidina eleva os níveis plasmáticos de tansulosina, enquanto que a furosemida causa redução. Porém, como os níveis se mantêm dentro dos limites da normalidade, não há necessidade de ajuste posológico. 

In vitro, diazepam, propranolol, triclormetiazida, clormadinona, amitriptilina, diclofenaco, glibenclamida, sinvastatina e nem varfarina modificam a fração livre de tansulosina no plasma humano. Tampouco a tansulosina modifica as frações livres de diazepam, propranolol, triclormetiazida e clormadinona. Contudo, o diclofenaco e a varfarina podem aumentar a taxa de eliminação da tansulosina. 

A administração concomitante de cloridrato de tansulosina com inibidores potentes da enzima CYP3A4 pode levar ao aumento da exposição ao cloridrato de tansulosina. A administração concomitante de cetoconazol (conhecido como potente inibidor da CYP3A4) resultou em um aumento da AUC e Cmáx de cloridrato de tansulosina de 2,8 e 2,2, respectivamente. 

O cloridrato de tansulosina não deve ser administrado em combinação com inibidores potentes da CYP3A4, uma vez que indivíduos com baixa metabolização do CYP2D6 não podem ser facilmente identificados, e existe o potencial para aumento significativo da exposição ao cloridrato de tansulosina quando este é coadministrado com inibidores potentes da CYP3A4 em indivíduos com baixa metabolização da CYP2D6. 

O cloridrato de tansulosina deve ser administrado com precaução em associação com inibidores moderados da CYP3A4. A administração concomitante de cloridrato de tansulosina com paroxetina, um potente inibidor da CYP2D6, resultou em um aumento de 1,3 e 1,6 na Cmáx e AUC da tansulosina, respectivamente. Entretanto, esses aumentos não são considerados clinicamente relevantes. A administração concomitante de outros antagonistas dos receptores alfa-1 adrenérgicos pode levar a efeitos hipotensores.  

Posologia, modo de usar e dosagem do medicamento

A dose diária recomendada de cloridrato de tansulosina é de 0,4 mg (uma cápsula de liberação prolongada). A cápsula de liberação prolongada deve ser ingerida inteira, por via oral, sem abrir ou mastigar, pois isto pode interferir na liberação prolongada do princípio ativo. 

A administração do medicamento pode ser feita independentemente do horário das refeições. A presença de insuficiência hepática leve a moderada não necessariamente requer ajuste posológico, assim como a presença de insuficiência renal. 

Pacientes Pediátricos: Não há uma indicação relevante para o uso de cloridrato de tansulosina em crianças. A segurança e eficácia de tansulosina em crianças menores de 18 anos de idade não foram estabelecidas. 

  • E atenção: Este medicamento não deve ser partido ou mastigado. 

O comprimido revestido deve ser ingerido inteiro, por via oral, sem partir ou mastigar, pois isto pode interferir na liberação prolongada do princípio ativo.

A administração do medicamento pode ser feita independentemente do horário das refeições.

A presença de insuficiência hepática leve a moderada não necessariamente requer ajuste posológico, assim como a presença de insuficiência renal.

E tansulosina possui reações adversas?

  • Reações comuns (> 1/100 e <1/10): tontura, distúrbios da ejaculação, incluindo ejaculação retrógrada e falha na ejaculação. 
  • Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): cefaleia, palpitações, hipotensão ortostática, rinite, constipação, diarreia, náusea e vômitos, erupção cutânea, prurido, urticária e astenia. 
  • Reações raras (>1/10.000 e < 1/1000): síncope, edema angioneurótico. 
  • Reações muito raras (<1/10.000): priapismo, Síndrome de Stevens-Johnson.  
  • Desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis): Visão turva*, deficiência visual*, epistaxis*, eritema multiforme*, dermatite esfoliativa*, boca seca*. *observadas no período pós-comercialização 

Existem relatos de ocorrência da Síndrome Intraoperatória da Íris Frouxa (IFIS), na qual a pupila deixa de dilatar-se, durante a realização da cirurgia de catarata e glaucoma em pacientes em tratamento com tansulosina.

Experiência pós-comercialização: além dos eventos adversos listados, têm sido reportados casos de fibrilação atrial, arritmia, taquicardia e dispneia, associados ao uso da tansulosina. Esses eventos são relatados espontaneamente em todo o mundo a partir da experiência pós-comercialização e por essa razão, a frequência desses eventos e o papel da tansulosina em sua causalidade não pode ser determinado com segurança. 

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. 

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Onde comprar?

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