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Hoje vamos falar de um medicamento bastante popular e conhecido. Epocler® é disponibilizado pelo laboratório Cosmed e está devidamente registrado na ANVISA, na classe terapêutica de medicamentos hepatoprotetores e lipotrópicos.

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Apresentação de Epocler

Uso Oral

 

Uso Adulto e Pediátrico Acima de 12 anos

 

Embalagens contendo 6, 12 ou 60 flaconetes de 10 mL.

Composição

Cada mL da solução contém:

 

citrato de colina ………… 100mg

betaína ………………….. 50mg

racemetioni ……………… 10mg

excipientes q.s.p ………… 1mL (sorbitol, sacarina sódica di-hidratada, corante amarelo FDC nº10, metilparabeno, propilparabeno, aroma artificial de abacaxi e água).

Para que serve Epocler?

Epocler é um produto composto por 3 aminoácidos: racemetionina, colina e betaína. Indicado no tratamento dos distúrbios metabólicos hepáticos.

Exemplos de alguns distúrbios metabólicos hepáticos

A disfunção hepática resulta do comprometimento das células parenquimatosas do fígado, quer diretamente, por doenças hepáticas primárias, quer indiretamente, por obstrução do fluxo biliar ou distúrbios da circulação neste órgão. A disfunção hepática pode ser aguda ou crônica; a disfunção crônica é muito mais comum que a aguda.

 

Os processos patológicos que levam à disfunção hepatocelular podem ser causados por agentes infecciosos, como bactérias e vírus, assim como por anóxia, distúrbios metabólicos, toxinas e medicamentos, deficiências nutricionais e estados de hipersensibilidade.

 

A causa mais comum da lesão parenquimatosa é a desnutrição, principalmente aquela relacionada com o alcoolismo. As consequências da doença hepática são numerosas e variadas. Seus efeitos finais são, com frequência, incapacitantes, ou exibem risco de vida, sendo sua presença um sinal de mau prognóstico. Com frequência, o tratamento é difícil. Veja alguns exemplos mais comuns:

Icterícia

Quando a concentração de bilirrubina no sangue está anormalmente elevada, todos os tecidos do corpo, inclusive as escleras e a pele, tornam-se amareladas ou esverdeadas, uma condição chamada de icterícia.

 

A icterícia fica clinicamente evidente quando o nível sérico de bilirrubina supera 2,5 mg/dl (43 fmol/l). Os níveis séricos aumentados de bilirrubina e a icterícia podem resultar do comprometimento da capacitação hepática, da conjugação da bilirrubina ou da excreção da bilirrubina no sistema biliar.

 

Há vários tipos de icterícias: hemolítica, hepatocelular ou a icterícia decorrente da hiperbilirrubinemia hereditária. As icterícias hepatocelular e obstrutiva são os dois tipos comumente associados à doença hepática.

Hiperbilirrubinemia Hereditária

Os níveis séricos aumentados de bilirrubina (hiperbilirrubinemia) decorrentes de vários distúrbios herdados também podem produzir icterícia. A síndrome de Gilbert é um distúrbio caracterizado por um nível aumentado de bilirrubina não conjugada que gera a icterícia.

 

Mesmo os níveis séricos de bilirrubina estando aumentados, a histologia do fígado e os resultados das provas de função hepática estão normais, e não há hemólise. Essa síndrome afeta 2 a 5% da população.

 

Outras condições que são provavelmente causadas por erros inatos do metabolismo biliar incluem a síndrome de Dubin-Johnson (icterícia idiopática crônica, com pigmento no fígado) e a síndrome de Rotor (hiperbilirrubinemia conjugada crônica sem pigmento no fígado); icterícia colestática “benigna” da gravidez, com retenção de bilirrubina conjugada, provavelmente secundária à sensibilidade incomum aos hormônios da gravidez; e, provavelmente, também a colestase intra-hepática recorrente benigna.

 

Hepatite Viral

A hepatite viral é uma infecção viral sistêmica, na qual a necrose e a inflamação das células hepáticas produzem um agrupamento característico de alterações clínicas, bioquímicas e celulares.

 

Até o momento, foram identificados cinco tipos definitivos de hepatite viral: hepatites A, B, C, D e E. As hepatites A e E são similares na modalidade de transmissão (via fecal-oral), enquanto as hepatites B, C e D compartilham muitas características.

 

A incidência crescente da hepatite viral é uma preocupação de saúde pública. A doença é importante porque é fácil de transmitir, apresenta alta morbidade e causa o absenteísmo prolongado da escola ou do emprego.

Cirrose hepática

A cirrose é uma doença crônica caracterizada pela substituição do tecido hepático normal por fibrose difusa, a qual rompe com a estrutura e função do fígado. Existem três tipos de cirros e ou cicatrização do fígado:

 

Cirrose alcoólica, na qual o tecido cicatricial circunda caracteristicamente as áreas porta. Isso se deve com maior frequência ao alcoolismo crônico e é o tipo mais comum de cirrose.

 

Cirrose pós-necrótica, em que existem faixas largas de tecido cicatricial como consequência tardia de um surto prévio de hepatite viral aguda. Cirrose biliar, em que a cicatrização acontece no fígado ao redor dos dutos biliares. Em geral, esse tipo é o resultado da obstrução biliar crônica e da infecção (colangite); é muito menos comum que os dois outros tipos.

 

A parte do fígado principalmente afetada na cirrose são os espaços porta e periporta, onde os canalículos biliares de cada lóbulo comunicam-se para formar os dutos biliares hepáticos.

 

Essas áreas transformam-se nos lugares de inflamação, e os dutos biliares são ocluídos pela bile espessada e pus. O fígado tenta formar novos canais biliares, existindo um crescimento excessivo de tecido constituído em grande parte de dutos biliares recentemente formados e desconectados, circundados pelo tecido cicatricial.

 

As manifestações clínicas compreendem a icterícia intermitente e a febre. A princípio, o fígado está aumentado, endurecido e irregular, porém, mais adiante, ele se atrofia.

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O que podemos esperar do mecanismo de ação de Epocler?

Epocler age principalmente sobre o fígado evitando o acúmulo de gordura nesse órgão e auxiliando na remoção de restos metabólicos e outras toxinas. Previne a infiltração (entrada) de gordura no fígado.

 

Início de ação: cerca de 1 hora após a ingestão.

 

Resultados de eficácia

Quarenta pacientes considerados com risco de desenvolvimento de dano hepático, renal, pancreático ou miocárdico após intoxicação com paracetamol, foram estudados, distribuídos aleatoriamente em 3 grupos, controlados pela idade, intervalo entre ingestão e início de tratamento e severidade da intoxicação.

O grupo I recebeu terapia endovenosa com cisteamina (3-6 g por 20h, n=14); o grupo II, metionina por via oral (10 g por 16 h, n=13) e o grupo III, controle, recebendo apenas terapia de suporte (dextrose 10% por via endovenosa e vitaminas, n=13).

 

Tanto os pacientes do grupo I como os pacientes do grupo II apresentaram melhor evolução clínica, monitorada por avaliação histológica, concentrações séricas de bilirrubina, aspartato aminotransferase e tempo de protrombina.

 

Um paciente do grupo III faleceu, enquanto não foram observados óbitos nos grupos I e II.

Em um estudo, foram tratados 17 pacientes com altos níveis plasmáticos de paracetamol com metionina por via oral (2-5 g a cada 4h, tratamento iniciado com intervalo menor que 10 h após a ingestão de paracetamol).

 

Dos 17 pacientes estudados, 12 não demonstraram evidências de dano hepático (monitorado através da concentração sérica de AST), 2 apresentaram dano hepático pequeno enquanto que 3 apresentaram dano hepático mais intenso.

 

Não ocorreram mortes neste grupo, entretanto, no grupo controle (n=14), 7 dos pacientes faleceram por insuficiência hepática e os sete restantes apresentaram evidências de dano hepático intenso.

 

Estes pesquisadores também administraram metionina a cinco pacientes, só que com intervalo de ingestão maior que 10h.

 

Neste grupo, um paciente faleceu e os outros quatro apresentaram evidências de dano hepático.

 

Em um estudo envolvendo 10 pacientes adultos com esteatose hepática não alcoólica, os pacientes receberam betaína anidra solução oral dividida em duas doses diárias por 12 meses.

 

Uma melhora significativa nos níveis séricos de aminotransferase aspartato (p=0,02) e de ALAT (p=0,007) ocorreu durante o tratamento.

 

O nível de aminotransferases normalizou em três dos sete pacientes, reduzindo por 50% em três dos sete pacientes, e permanecendo imutável em um paciente quando comparado com os valores basais.

 

Melhora nos níveis séricos de aminotransferases (ALT – 39%; AST – 38%) também ocorreu durante o tratamento naqueles pacientes que não completaram todo o estudo.

 

Similarmente, uma significativa melhora no grau de esteatose, no grau de necrose inflamatória, e nos estágios de fibroses foi observada neste 1 ano de tratamento com betaína.

 

A betaína demonstrou melhora bioquímica e histológica significativa nas células do fígado de pacientes com esteatose não alcoólica, podendo ser utilizada sem riscos nestes pacientes.

Características farmacológicas

As substâncias ativas de Citrato de Colina + Betaína + Racemetionina (substâncias ativas) são importantes para normalizar o metabolismo proteico e lipídico nos casos em que há distúrbios metabólicos como a esteatose hepática.

 

A esteatose hepática é definida como uma alteração morfofisiológica dos hepatócitos em consequência de diversos distúrbios metabólicos, sendo habitualmente um processo reversível. A remoção dos fatores causais leva à mobilização da gordura acumulada e restauração do aspecto normal.

 

A associação dos aminoácidos demonstrou maior eficácia do que os aminoácidos em separado mantendo a excelente tolerabilidade. Estes aminoácidos atuam na metabolização das gorduras acumuladas no interior dos hepatócitos, revertendo o quadro da esteatose hepática.

 

A colina é uma substância que age principalmente sobre o fígado, evitando o acúmulo de gordura nesse órgão e auxiliando na remoção de restos metabólicos e outras toxinas. A colina, combinando-se com gorduras e com fósforo para formar a lecitina, é essencial à produção de lipoproteínas.

 

Estas lipoproteínas desempenham importante papel na remoção da gordura hepática e no transporte normal dos lipídios. A colina apresenta três principais funções no organismo.

Principalmente, participando na biossíntese da fosfatidilcolina e outro complexo de colina contendo fosfolípides, colina apresenta uma importante atuação na síntese dos fosfolípides no plasma e na estrutura das membranas celulares.

 

A segunda e terceira função metabólica são a síntese direta de acetilcolina, um neurotransmissor, e via betaína com fonte de grupos metil instáveis. Estimou-se que os humanos necessitam de aproximadamente 0,3 mmol/kg/d de grupos metil.

 

A colina deve ser oxidada em betaína na mitocôndria do fígado para atuar como doadora de metil. A betaína completa a ação antioxidante hepática de Citrato de Colina + Betaína + Racemetionina (substâncias ativas), pois juntamente com a metionina e a colina, acelera a remoção da gordura infiltrada no fígado.

 

O principal efeito fisiológico da betaína é como um osmólito e como doador de radicais metil (transmetilação). Como um osmólito, a betaína protege as células, proteínas, e enzimas do estresse ambiental (alta salinidade ou extrema temperatura).

 

Como um doador de radicais metil, a betaína participa do ciclo da metionina, primariamente no fígado e rins humanos.

 

O consumo inadequado de grupos metil leva a hipometilação em vias muito importantes, incluindo: Distúrbios no metabolismo de proteínas hepáticas (metionina) determinadas pela alta concentração de homocisteína plasmática e diminuição das concentrações de S-adenosilmetionina, e metabolismo inadequado das gorduras hepáticas, o que leva a esteatose (acumulação de gordura) e consequentemente dislipidemias.

 

A metionina é um aminoácido essencial, que tem importante função protetora do fígado por sua ação antioxidante acentuada e por ser precursora da S-adenosil-L-Metionina (SAMe) e do glutation, um reconhecido antioxidante.

 

A falta de metionina e dos demais fatores antioxidantes podem ser responsabilizados pela esteatose hepática. Além disso, na deficiência de metionina, há menor formação de s-adenosilmetionina (transmetilação) com menor ativação de folato, do t-RNA, síntese de creatina, carnitina, lecitina e norepinefrina.

 

A queda da transsulfuração e formação da cisteína reduzem os níveis de glutationa, diminuindo, assim, parte importante da defesa antioxidante intracelular. A literatura bioquímica revela que o metabolismo da betaína está estritamente vinculado ao metabolismo da colina e da metionina.

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Quais as contraindicações e riscos de Epocler?

Este medicamento é contraindicado para pessoas hipersensíveis aos componentes da fórmula.

 

Este medicamento é contraindicado para pessoas portadoras de doenças graves do fígado, tais como cirrose hepática proveniente do consumo de álcool.

 

Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos de idade.

Quais as precauções e advertências de Epocler?

Em pacientes com doenças graves no fígado, a metionina deve ser usada com cautela, pois pode desencadear encefalopatia hepática (doença cerebral que surge em consequência das doenças graves no fígado).

 

Epocler não deve ser ingerido em jejum, pois ocasionalmente podem ocorrer problemas gástricos.

 

Atenção: Este medicamento contém corantes que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.

Interações medicamentosas de Epocler

Não há relatos de interações medicamentosas com o produto.

Uso de Epocler na gravidez e amamentação

Uso na gravidez e amamentação – Informe seu médico a ocorrência de gravidez durante o tratamento ou após o seu término.

 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

 

Informe também se está amamentando.

 

Durante o período de aleitamento materno ou doação de leite humano, só utilize medicamentos com o conhecimento do seu médico ou cirurgião-dentista, pois alguns medicamentos podem ser excretados no leite humano, causando reações indesejáveis no bebê.

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Instruções de armazenamento, data de fabricação, prazo de validade e aspecto físico de Epocler

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.

Número de lote, datas de fabricação e validade: vide embalagem.

 

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

 

Epocler é uma solução límpida amarela, com sabor e odor de abacaxi.

 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Instruções de posologia, dosagem e modo de uso de Epocler

USO ORAL

 

Adultos: 1 flaconete, até 3 vezes por dia, antes das principais refeições, ou a critério médico.

 

Não ultrapasse as dosagens recomendadas, exceto com orientação médica.

 

Durante o tratamento, recomenda-se não ingerir bebidas alcoólicas.

 

Dose máxima diária recomendada: 3 flaconetes/dia que equivale a 300 mg/dia de colina, 150mg/dia de betaína e 30 mg/dia de metionina.

 

Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvida sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.

O que devo fazer quando esquecer de usar este medicamento?

No caso de esquecimento, introduzir novamente e administrar a medicação para a continuação do tratamento, não devendo, portanto, dobrar a dose porque se esqueceu de tomar a anterior.

 

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais as reações adversas de Epocler?

Ao classificar a frequência das reações, utilizamos os seguintes parâmetros:

 

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).

 

Epocler é bem tolerado. Não há relatos de reações adversas relacionadas a seu uso nas doses recomendadas.

 

Reação rara: coceira; dor de cabeça; distúrbios gástricos como náuseas e pirose (azia).

 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

 

Informe a empresa sobre o aparecimento de reações indesejáveis e problemas com este medicamento, entrando em contato através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC).

O que fazer em caso de superdosagem de Epocler?

Ao considerar as características farmacológicas dos componentes deste medicamento, é pouco provável que a superdose acidental de doses muito acima das recomendadas determine efeitos adversos graves.

 

Caso ocorram, recomenda-se procurar socorro médico para adotar medidas de remoção do material não absorvido pelo organismo.

 

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

 

Onde comprar?

Você encontra Epocler em qualquer farmácia e drogaria situada na sua região. Para conferir os melhores preços e condições de entrega, acesse nosso buscador e comparador de preços Cliquefarma e obtenha seu medicamento no conforto do seu lar.

Responsabilidade Editorial

Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. PROCURE UM MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.

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