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A existência de doenças especificamente infantis, as diferenças de comportamento de um medicamento num adulto e numa criança e a consequente dificuldade de ajustamento de dosagem, são algumas das razões a ponderar aquando da utilização de medicamentos em crianças. A escassez de estudos sobre a segurança, eficácia e tolerância dos medicamentos em crianças tornam mais difícil o uso de medicamentos no tratamento desta população.

Muitos dos medicamentos atualmente utilizados no tratamento da população pediátrica não foram objeto de estudos específicos nem de autorização para serem utilizados em crianças.

A União Europeia publicou em 2006 um regulamento (1901/2006) que estabelece as regras relativas ao desenvolvimento de medicamentos específicos das necessidades terapêuticas pediátricas. Este regulamento tem por objetivo facilitar o desenvolvimento e o acesso a medicamentos para uso pediátrico, garantir que os medicamentos utilizados no tratamento das crianças sejam objeto de uma investigação de elevada qualidade e melhorar a informação disponível sobre o uso de medicamentos nos diferentes grupos da população pediátrica.

Recomendações do especialista

Essa dica serve para a administração de qualquer medicamento, mas é ainda mais importante no cuidado com meninos e meninas, cujo organismo pode ser menos resistente. Dessa forma, não dê medicamentos para crianças por conta própria.

A conduta correta é sempre seguir as recomendações do pediatra. Por isso, não saia do consultório médico com dúvidas a respeito do remédio indicado. O profissional está lá para te atender e esclarecer tudo o que for necessário.

Uma pergunta importante a ser feita é sobre quais efeitos colaterais o medicamento pode causar no seu filho. Assim, você se prepara para reações adversas, como sonolência ou diarreia. Além disso, confira se o remédio deve ser ingerido com alguma refeição, de modo a diminuir possíveis cólicas estomacais ou melhorar a absorção por parte do organismo. Pode ser útil também verificar se a ingestão com alimentos ou bebidas é permitida a fim de disfarçar o gosto ruim do remédio – algo que incomoda qualquer criança.

Medicação específica para crianças

Ouvir atentamente o pediatra e tirar as dúvidas é uma ótima forma de precaução, mas não a única. Nada substitui o bom e velho “leia a bula”. Sim, as letras são pequenas, há nomes químicos ininteligíveis aqui e ali, mas esse pequeno papel dobrado junto ao produto traz informações essenciais para você administrar medicamentos para crianças.

O primeiro e mais importante passo é verificar se o produto é mesmo voltado para crianças. Jamais dê medicamentos de “Uso adulto” para elas. Utilize apenas aqueles que são de “Uso pediátrico”.

A partir daí, é verificar informações como posologia, contraindicações, reações adversas e mais. Estar a par dessas informações fará muita diferença.

Tosse e resfriado

Há problemas de saúde, como a tosse e o resfriado que nos afetam durante toda uma vida. Porém, quando se trata da infância, eles pedem atenções ainda mais especiais.

Segundo a Anvisa, você não deve, por exemplo, dar medicamentos para crianças com menos de dois anos para combater tosse e resfriado. Essa providência só deverá ser tomada caso você tenha recebido orientações médicas bem específicas sobre como fazê-lo.

No tratamento da tosse e do resfriado de uma criança, você precisa ter em mente também que os medicamentos não curam o problema. Eles são indicados para tratar os sintomas como febre, dor e congestão nasal. Assim, toda a “responsabilidade” pela cura não deve ser jogada sobre esses medicamentos: é importante também fazer com que a criança tome muito líquido e repouse bastante, pois isso fará com que ela melhore mais rapidamente.

Tempo e medida

É fundamental que você siga, de forma restrita, as indicações do médico quando o assunto é sobre o tempo de medicação e as medidas que devem ser administradas às crianças. Isso é necessário não só para melhorar o quadro da saúde do seu filho, mas também para evitar novos problemas.

Jamais dê doses maiores do que as indicadas para uma criança enferma ou em intervalos de tempo que sejam diferentes do recomendado. O excesso de medicação é capaz de causar danos irreversíveis à saúde dela. No caso da baixa dosagem, os efeitos não serão os esperados para resolver o problema. Da mesma forma, você não deve suspender o medicamento antes do prazo definido pelo médico, mesmo que a criança já tenha apresentado melhora. Isso é especialmente importante no caso de antibióticos. Em caso de dúvidas, a Anvisa sempre recomenda entrar em contato com o médico.

Quanto à quantidade, sempre use a colher medida que acompanha a embalagem de xaropes ou outros medicamentos líquidos. Nada de substituir sem ter a certeza de que a dose será idêntica.

Armazenamento

Os cuidados com medicamentos para crianças passam também pela atenção quanto ao seu armazenamento. Eles não podem ser deixados em qualquer lugar.

Os remédios devem ser mantidos fora do alcance dos pequenos, já que eles podem confundi-los com comida, ingerindo-os de forma inadequada e perigosa. Caso isso ocorra, leve seu filho até o médico mais próximo, e carregue também a embalagem do medicamento ingerido por engano.

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Responsabilidade Editorial

Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. PROCURE UM MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.

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