Bula

Anaten - 5/25Mg 30 Comprimidos

ATENÇÃO: O texto abaixo deve ser utilizado apenas como uma referência secundária. É um registro histórico da bula, rótulo ou manual do produto. Este texto não pode substituir a leitura das informações que acompanha o produto, cujo fabricante podem mudar a formulação, recomendação, modo de uso e alertas legais sem que sejamos previamente comunicados. Apenas as informações contidas na própria bula, rótulo ou manual que acompanha o produto é que devem estar atualizadas de acordo com a versão comercializada porém, no caso de qualquer dúvida, consulte o serviço de atendimento ao consumidor do produto ou nossa equipe.

Bula - Anaten - 5/25Mg 30 Comprimidos

Para que serve

Anaten é indicado no tratamento da hipertensão arterial (pressão alta) e insuficiência coronariana crônica estável (angina do peito).


Como Anaten funciona?

Anaten é um medicamento utilizado para reduzir a pressão arterial. Esse medicamento funciona através da ação combinada de dois agentes: o besilato de anlodipino e o atenolol. O besilato de anlodipino promove a dilatação do sistema arterial periférico com consequente redução da pressão arterial.

O atenolol leva a uma diminuição da frequência dos batimentos cardíacos e da força de contração do coração. O tempo necessário para se conseguir a eficácia máxima do medicamento é de aproximadamente 1 a 2 semanas.

Contraindicação

Se você possui alguma das seguintes alterações não use Anaten:

  • Bradicardia sinusal (redução acentuada do batimento cardíaco);
  • Bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau (um tipo de distúrbio do ritmo cardíaco);
  • Choque cardiogênico (falência grave do coração);
  • Hipotensão (pressão baixa);
  • Insuficiência cardíaca descompensada (“coração fraco”).

Se você é portador de insuficiência cardíaca e seus sintomas não estiverem sob controle, se você apresenta distúrbios na circulação arterial dos membros inferiores (doença arterial obstrutiva periférica) ou é portador de feocromocitoma (tumor originado na glândula supra-renal), também não se recomenda o emprego de Anaten.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes alérgicos a um ou mais componentes da fórmula.

Como usar

Este medicamento deve ser tomado por via oral com um pouco de água. Caso você não tenha recebido tratamento medicamentoso anti-hipertensivo anterior, recomenda-se o emprego de uma dose inicial de Anaten 5mg + 25mg uma vez ao dia.

O mesmo recomenda-se para pacientes idosos ou com alterações renais e/ou hepáticas. A dosagem de Anaten deve ser sempre avaliada de acordo com a resposta do paciente e reajustada, se necessário, conforme orientação médica até a dose máxima preconizada.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Anaten?

Caso você se esqueça de tomar a dose de Anaten, deve tomar a dose esquecida assim que lembrar, exceto nos casos em que o horário da próxima dose já esteja muito próximo. Em nenhuma hipótese a dose de Anaten deve ser dobrada em função de ter havido esquecimento de tomada de uma das doses.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções

Se você tem sintomas de insuficiência cardíaca descompensada (“coração fraco”) você não deve utilizar Anaten. Após o restabelecimento dos sintomas você pode retornar a utilizá-lo, mas com cuidados.

Se durante o tratamento com Anaten aparecer insuficiência cardíaca congestiva, este produto deve ser temporariamente suspenso até que a insuficiência cardíaca tenha sido controlada.

Se você é diabético, Anaten pode mascarar os sintomas decorrentes da hipoglicemia (quantidade de açúcar no sangue menor que o normal). Se você possui doenças crônicas obstrutivas das vias aéreas (doenças que causam falta de ar) pode utilizar Anaten em baixas doses e com os devidos cuidados. Todavia, se você tem asma, pode ocorrer um aumento da resistência das vias aéreas (dificuldade de respirar).

Se você tem doença cardíaca isquêmica (angina do peito), do mesmo modo que com qualquer medicamento que possua um betabloqueador (agente que age da mesma forma que o Anaten, o tratamento não deve ser interrompido repentinamente.

Deve-se ter cuidado ao utilizar o Anaten ao mesmo tempo que agentes antiarrítmicos (medicamentos utilizados para tratamento ou prevenção dos batimentos anormais do coração), como a disopiramida e amiodarona. Deve ser usado com cuidado quando administrado ao mesmo tempo que o verapamil caso você tenha problemas no coração (função ventricular comprometida ou anormalidades de condução).

Como ocorre com qualquer medicamento que contenha um betabloqueador, pode-se decidir interromper a sua utilização antes de uma cirurgia. Neste caso, a última dose do medicamento deve ser administrada 48 horas antes do início da anestesia.

Se por outro lado for decidido continuar o tratamento, deve-se tomar cuidado ao usar agentes anestésicos tais como éter, ciclopropano e tricloroetileno.

Se você tem insuficiência hepática (disfunção do fígado) recomenda-se cuidado ao se utilizar Anaten, visto que o anlodipino pode demorar muito para ser eliminado do corpo.

Na estenose aórtica grave (problema na válvula do coração), o uso de qualquer vasodilatador periférico (um tipo de medicamento que faz com que o sangue circule melhor) pode provocar hipotensão aguda (pressão baixa), mesmo que raramente.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas

A seguir são classificadas as reações adversas de acordo com as frequências observadas para os componentes ativos de Anaten isoladamente:

Anlodipino

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Edema periférico, rubor (vermelhidão).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Rubor facial (vermelhidão), edema periférico (comum na dose 2,5 mg por dia), rash (erupção na pele), dor abdominal, anorexia, náusea, constipação gastrintestinal, mialgia (dor muscular), artralgia (dor nas articulações), cãimbras, falta de ar e tosse.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Palpitações, alterações na frequência cardíaca, descoloração da pele, urticária, pele seca, alopécia (redução de pêlos), dermatite ou sensação de pele fria, púrpura (manchas vermelhas na pele), ataxia (alteração na coordenação dos movimentos), apatia, amnésia, agitação, tremor, vertigem, insônia, sonhos anormais, visão anormal, dor no olho, conjuntivite, diplopia (visão dupla dos objetos), olho seco, alterações na acomodação visual, tinitus (sensação de ruído leve), frequência aumentada da urina e urina noturna.

Reação rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Hiperplasia gengival (aumento da gengiva). A literatura cita ainda as seguintes reações adversas, sem frequências conhecidas: prurido generalizado, ginecomastia (crescimento das mamas nos homens), dor de cabeça, tontura, distúrbios do sono, ansiedade e depressão.

A literatura cita ainda as seguintes reações adversas, sem frequências conhecidas: prurido generalizado, ginecomastia (crescimento das mamas nos homens), dor de cabeça, tontura, distúrbios do sono, ansiedade e depressão.

Atenolol

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Bradicardia (redução do batimento cardíaco), tontura e cansaço.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Hipotensão postural (queda de pressão arterial ao ficar em pé), extremidades frias, constipação, naúsea, diarreia e fadiga.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Piora da insuficiência cardíaca, precipitação de bloqueio cardíaco, distúrbios do sono do tipo observado com outros betabloqueadores, ataxia (alteração na coordenação dos movimentos), sonhos vívidos e/ou insônia.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Fenômeno de Raynaud (em pacientes suscetíveis) e piora da claudicação intermitente (se esta já estiver presente), alterações de humor, pesadelos, confusão, psicoses, alucinações, cefaleia, olhos secos, distúrbios visuais, broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou história de queixas/complicações asmáticas ou obstrutivas pulmonares.

Alopécia (perda de pelos), reações cutâneas psoriasiformes, exantema (erupção avermelhada na pele), rash cutâneo (erupção na pele), lúpus eritematoso sistêmico, anafilaxia (o atenolol pode contribuir para a gravidade e refratariedade do tratamento anafilático ou de reações de hipersensibilidade) e disfunção sexual (por exemplo: impotência, diminuição de libido e redução nas taxas de relação sexuais).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial

Gravidez e Lactação

Durante a gravidez, é recomendado utilizar Anaten somente quando o benefício esperado se sobreponha ao risco potencial ao feto. Não deve ser utilizado se você estiver amamentando. Se o uso for considerado necessário, a amamentação deve ser interrompida.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Pacientes idosos

Deve ser iniciado o tratamento com Anaten com a menor dose e reajustar se necessário.

Crianças

A segurança e eficácia de Anaten não foram estabelecidas em crianças.

Este medicamento pode causar doping.

Composição

Cada cápsula de Anaten 5mg+25mg contém:

Besilato de anlodipino*6,95mg
Atenolol25mg
Excipientes q.s.p.**1 cápsula

Cada cápsula de Anaten 5mg+50mg contém:

Besilato de anlodipino*6,95mg
Atenolol50mg
Excipientes q.s.p.**1 cápsula

*Cada 6,95mg de besilato de anlodipino equivalem a 5,0mg de anlodipino base.

**Excipientes: carbonato de magnésio, amido, gelatina, laurilsulfato de sódio, amidoglicolato de sódio, lactose, estearato de magnésio, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio, corante azul brilhante alumínio laca e corante laca de alumínio amarelo crepúsculo.

Superdosagem

Pode ocorrer hipotensão (pressão baixa) e, com menor frequência, insuficiência cardíaca congestiva em casos de superdosagem. Caso isso aconteça procure um médico para a orientação do tratamento adequado.

O tratamento deve visar, inicialmente, a remoção de qualquer quantidade do medicamento não absorvido através da indução de vômitos, lavagem gástrica e/ou administração de carvão ativado. O atenolol pode ser removido da circulação por hemodiálise.

O anlodipino não é dialisável, sendo aconselhável adotar medidas gerais de suporte (instalação de monitorização cardíaca e respiratória com aferições frequentes da pressão arterial), infusão de fluidos e substâncias vasopressoras. O gluconato de cálcio intravenoso pode ser benéfico na reversão dos efeitos dos bloqueadores de canal de cálcio (anlodipino). Se houver caso de superdosagem procure um médico imediatamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa

A seguir são listadas as principais interações relacionadas aos componentes ativos de Atenolol + Besilato de Anlodipino (substância ativa) de acordo com o potencial de gravidade.

Anlodipino

Interação medicamento-medicamento

GravidadeMedicamentoEfeito de interação
Maior DantroleneHipercalemia, bradicardia, bloqueio atrioventricular e/ou parada sinusal
DomperidonaAumento de exposição à domperidona e prolongamento do intervalo QT
Amiodarona e atazanavir Hipercalemia (aumento dos níveis de potássio no sangue) e depressão cardíaca
FentanilAumento de exposição ao fentanil
DroperidolAumento do risco de cardiotoxicidade
TegafurDiminuição da exposição ao 5-fluoracil
Telaprevir, claritomicina e conivaptanoAumento da concentração de anlodipino
ClopidogrelDiminui a resposta ao clopidogrel
Carbamazepina

Diminuição de exposição para substratos do CYP3A4

Moderada Acebutolol, alprenolol, amprenavir, bisoprolol, bucindolol, buflomedil, carvedilol, esmolol, labetalol, metoprolol, nadolol, nebivolol, pindolol, propranolol, sotalol e timolol Hipotensão e/ou bradicardia
Pioglitazona, dexametasona, rifabutina e bosentana Diminui a eficácia do anlodipino
CiclosporinaAumento do risco de toxicidade à ciclosporina (disfunção renal, colestase e parestesia)
Dalfopristina e quinupristinaAumento do risco de toxicidade ao anlodipino (tontura, hipotensão, rubor, cefaleia e edema periférico)
Fluconazol, cetoconazol e itraconazol Aumento da concentração sérica de anlodipino e toxicidade (tontura, hipotensão, rubor, cefaleia e edema periférico)
IndinavirAumento da concentração sérica dos bloqueadores dos canais de cálcio
DelavirdinaAumento da concentração sérica do anlodipino
FosamprenavirAumento da concentração sérica do anlodipino
RifapentinaRedução da eficácia dos bloqueadores de canais de cálcio
PosaconazolAumento da concentração sérica e toxicidade dos bloqueadores dos canais de cálcio
RitonavirAumento da concentração sérica de anlodipino e toxicidade potencial (tontura, cefaleia, rubor, edema periférico, hipotensão e arritmia cardíaca)
SaquinavirAumento do risco da toxicidade do anlodipino (tontura, cefaleia, rubor, edema periférico, hipotensão e arritmia cardíaca)
VoriconazolAumento da concentração sérica dos bloqueadores dos canais de cálcio do diidropiridona
MenorDexcetoprofeno, diclofenaco, diflunisal, dipirona, ibuprofeno, indometacina, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meclofenamato, meloxicam, nabumetona, naproxeno, nimesulida, oxifenbutazona, fenilbutazona, piroxicam, sulindaco, tenoxicam, ácido flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflumico e ácido tiaprofênicoAumento do risco de hemorragia gastrintestinal e/ou antagonismo do efeito hipotensivo
EpirubicinaAumento do risco de insuficiência cardíaca

Interação medicamento-planta medicinal

Gravidade Medicamento/Planta medicinalEfeito de interação
Maior Hypericum perforatum

Redução de eficácia do anlodipino

Moderada  Ephedra (Ma Huang, tipo de planta originária da china)Reduz o efeito hipotensivo dos bloqueadores de canais de cálcio
Óleo de mentaReduz a eficácia dos bloqueadores de canais de cálcio
YoimbinaReduz a eficácia dos bloqueadores dos canais de cálcio

Interação medicamento-exame laboratorial

Efeito de interaçãoPode ocorrer aumento dos níveis de ALT e AST

Atenolol 

Interação medicamento-medicamento

GravidadeMedicamentoEfeito da interação
Maior Albuterol, bambuterol, fenoterol, formoterol, hexoprenalina, metoprolol, salmeterol e terbutalina Diminui a eficácia tanto do bloqueador beta-adrenérgico, quanto do agonista ?2
Amiodarona e dronedarona Hipotensão e bradicardia
ClonidinaResposta exagerada a retirada da clonidina (hipertensão aguda)
Diltiazem, verapamil e fingolimode Aumento no risco de hipotensão, bradicardia e distúrbios de condução AV
FenoldopamResposta hipotensiva exagerada
FentanilHipotensão grave
Moderada Agentes antidiabéticos (por exemplo: acarbose, clorpropramida, gliclazida, glimepirida, glipizida, gliburida, insulina, insulina aspartato recombinante, insulina glulisina, insulina lispro recombinante, isoetarina, metformina, repaglinida, tolbutamida e troglitazona)Hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão
Alfuzosina, bunazosina, doxazosina, moxisilite, fenoxibenzamida, fentolamina, prazosina, tamsulosina, terazosina, trimazosina e urapidilResposta hipotensora exagerada a primeira dose de bloqueador alfa 
Felodipino, lacidipino, lercanidipino, manidipino, nicardipina, nivaldipina, nimodipina, nisoldipina, nitrendipino, pranidipino, quinidina e verapamil Hipotensão e ou bradicardia
Glicosídeos digitálicos, bepridil, flunarizina, galopamil, lidoflazina, mibefradil e perexilinaHipotensão, bradicardia e distúrbios na condução AV
ArbutaminaAtenuação da resposta a arbutamina pelo beta bloqueador, resultando em testes confiáveis da arbutamina
Clorpromazina, clorprotixeno e triflupromazinaHipoglicemia e ou toxicidade a fenazotiazinas
DisopiramidaBradicardia e diminuição do débito cardíaco
MetimazolAumenta o clearance dos beta-bloqueadores
MetildopaAumento da resposta hipertensiva, taquicardia ou arritmias, durante stress psicológico ou exposição às catecolaminas exógenas
Moxonidina

Hipertensão rebote

VarfarinaRisco de aumento do tempo de protrombina ou INR
DiazóxidoHiperglicemia 
Menor Aceclofenaco, carprofeno, clometacina, clonixina, dexcetoprofeno, diclofenaco, diflunisal, dipirona, fenoprofeno, ibuprofeno, indometacina, indoprofen, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meloxicam, nabumetona, naproxeno, nimesulida, oxifembutazona, fenilbutazona, piroxicam, tenoxicam e zomepiracoEfeito anti-hipertensivo diminuído
AmpicilinaReduz a eficácia do atenolol
DolasetronaAumenta o risco dos efeitos adversos da dolasetrona (cefaleia, hipotensão, bradicardia e tontura)
MetacolinaAumento exagerado ou prolongado do risco de broncoconstrição
RitodrinaPotencial interferência com a ação tocolítica da ritodrina
Ácido flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflúmico e ácido tiaprofênicoEfeito anti-hipertensivo diminuído

Interação medicamento-substância química

GravidadeMedicamento/Substância QuímicaEfeito da interação
ModeradaCarbonato de cálcioSíndrome alcalina (hipercalemia e alcalose metabólica) e insuficiência renal
Menor  Hidróxido de alumínio, cálcio, carbonato de magnésio e hidróxido de magnésio Reduz a eficácia do atenolol

Interação medicamento-planta medicinal

GravidadePlanta MedicinalEfeito da interação
Moderada Angelica sinensis (dong quai)Hipotensão
Ephedra (Ma Huang, tipo de planta originária da china)Rdução do efeito hipotensivo dos bloqueadores beta-adrenérgicos e dos diuréticos
Hypericum perforatumDiminui a eficácia dos beta-bloqueadores
Yoimbina, ginsengReduz a eficácia dos bloqueadores beta-adrenérgicos

Interação Alimentícia

Atenolol 

GravidadeAlimentoEfeito da interação
ModeradaGoma guarHipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão
Suco de laranjaDiminuição da concentração plamática média do atenolol

Anlodipino

GravidadeAlimento

Efeito de interação

ModeradaSuco de grapefruit (toranja)Aumenta a concentração sérica do anlodipino

Ação da Substância

Resultados de eficáca

O estudo Avaliação da Tolerabilidade e Eficácia da Combinação de anlodipino e atenolol no Tratamento da Hipertensão Arterial - ATENAS, foi um estudo multicêntrico, aberto, randomizado e comparativo. Nas primeiras 12 semanas de estudo foi avaliada a eficácia e tolerabilidade de anlodipino e atenolol em formulação galênica única versus atenolol no tratamento da hipertensão arterial estágios 1 e 2. A análise por intenção de tratamento compreendeu 222 pacientes que foram randomicamente distribuídos em três grupos na proporção de 1:1 1, sendo os dois primeiros grupos (grupos A e B) tratados com atenolol na dose de 50 mg/dia, a qual se necessário era titulada para 100 mg/dia.

O terceiro grupo (grupo C) foi randomizado para receber a combinação de anlodipino e atenolol na dose inicial de 5/25 mg/dia podendo ser titulada para 5/50 mg/dia.

Os níveis da pressão arterial sistólica e diastólica que eram semelhantes na avaliação inicial reduziram-se após 6 semanas de tratamento para valores estatisticamente menores com a combinação de anlodipino e atenolol em comparação ao atenolol em monoterapia (137,1 ± 13,0 / 86,2 ± 8,6 mmHg versus 145,2 ± 16,6 /89,2 ± 9,3 mmHg respectivamente, p<0,05).

Esta diferença persistiu ao longo do estudo tendo se acentuado na 12ª semana de tratamento (p<0,05), sendo que a redução da pressão sistólica nos pacientes que receberam a combinação de anlodipino e atenolol foi o dobro daquela obtida com o atenolol em monoterapia tanto da 6ª semana (-19,2 mmHg versus -9,5 mmHg, p< 0,05) quanto na 12ª semana (-21,4 mmHg versus -10,2 mmHg, p<0,05). Do mesmo modo, a redução da pressão arterial diastólica com combinação foi cerca de 50% mais intensa que aquela induzida pelo atenolol em monoterapia (p<0,05).

Assim, 81,7% dos pacientes tratados com a combinação alcançaram PAD < 90 mmHg comparado a 61,1% dos pacientes tratados com o betabloqueador em monoterapia. (p<0,002), e 60,3% dos pacientes que receberam a combinação alcançaram valores de PAD < 85 mmHg comparado com apenas 46,3% dos pacientes tratados somente com o atenolol em monoterapia (p<0,04).

Em relação aos efeitos metabólicos as duas estratégias terapêuticas não induziram alterações significativas nos parâmetros do metabolismo lipídico e, quanto ao metabolismo da glicose embora não se tenha observado com os dois tratamentos alterações significativas nos valores da glicemia e insulinemia de jejum e após sobrecarga de glicose, o cálculo do índice de sensibilidade à insulina que era semelhante nos dois grupos no período basal (4,12 ± 1,27 mg.UI-1 e 4,56 ± 1,58 mg.UI-1 para o grupo atenolol em monoterapia e grupo combinação respectivamente) tornou-se na 12ª semana de tratamento significativamente diferente e menor (p<0,05) no grupo tratado com o atenolol em monoterapia (3,89 ± 1,32 mg.UI-1) quando comparado ao grupo tratado com a combinação de anlodipino e atenolol (4,48 ± 1,54 mg.UI-1).

Na 12ª à 48ª semanas no estudo ATENAS foi avaliada em longo prazo a eficácia anti-hipertensiva, tolerabilidade, segurança e o impacto sobre o metabolismo da glicose da combinação de atenolol 25 a 50 mg e anlodipino 5 mg (em formulação galênica única diária) comparada à combinação livre de atenolol 50 a 100 mg com clortalidona 12,5 a 25 mg/dia (em única tomada diária) a pacientes hipertensos primários estágios 1 e 2. 

As duas combinações de atenolol com clortalidona e com anlodipino foram eficazes em reduzir significativamente e de forma progressiva as pressões arteriais sistólica e diastólica durante as 36 semanas de tratamento deste segundo período do estudo ATENAS, atingindo na 48ª semana valores médios de 130,9±2,6 / 82,5±1,0 mmHg no grupo atenolol associado a clortalidona e de 126,6±1,9 / 78,8±1,0 mmHg no grupo atenolol + anlodipino, sendo que a redução da pressão arterial com a combinação atenolol associado a anlodipino foi significativamente mais intensa (p < 0,05) em todas as visitas, com exceção das semanas 24 para a sistólica e 42 para a diastólica. 

A maior redução da pressão arterial e alcance de menores patamares pressóricos com combinação fixa de anlodipino e atenolol permitiu, ao longo do estudo, que um maior percentual de pacientes tivesse a pressão arterial controlada tanto para o critério de PAD < 90 mmHg (entre 87,7% e 95,9%, da 18ª semana até a 36ª semana ) quanto para a PAD ? 85 mmHg (entre 69,9 % e 90,2%, da 18ª semana até a 42ª semana) quando comparado com a combinação do atenolol com a clortalidona.

A análise individualizada da frequência média de eventos adversos específicos durante as 36 semanas de seguimento desta fase do estudo revelou que o grupo que recebeu a combinação de atenolol e clortalidona em comparação ao grupo atenolol e anlodipino apresentou maior incidência de bradicardia (8,6% versus 3,5%), cefaleia (3,4% versus 1,9%), alteração do perfil dos lípides plasmáticos (16,5% versus 8,7%) e alterações glicêmicas (20,9% versus 14,1%). Quanto ao metabolismo da glicose, o cálculo do índice de sensibilidade à insulina avaliado nas semanas 18, 30 e 48 (figura 4) revelou para o grupo de pacientes tratados com a combinação de atenolol e clortalidona valores deste índice inferiores e estatisticamente diferentes quando comparado ao grupo que recebeu a combinação de atenolol e anlodipino (? 3 mg.U-1 vs 4,13 a 3,46 mg.U-1, respectivamente).

Em estudo cujo objetivo foi determinar se o anlodipino apresenta um efeito anti-isquêmico aditivo quando associado ao atenolol, em pacientes pós-infarto e com isquemia induzida pelo exercício, foram avaliados pacientes pós-infartados, com idade média entre 40 a 70 anos e fração de ejeção ? 40%, randomizados para receber atenolol associado a anlodipino ou atenolol associado a placebo. Concluiu-se que a combinação de atenolol e anlodipino foi mais eficaz no controle da angina, na melhora do limiar isquêmico e no padrão de contratilidade em repouso quando comparado com atenolol associado a placebo.

Pacientes com doença arterial coronariana estável foram avaliados e randomizados para receber anlodipino associado a placebo, atenolol associado a placebo e após, a combinação de atenolol e anlodipino. O anlodipino em monoterapia e a combinação prolongaram o tempo de exercício para ocorrência de depressão do segmento ST 0.1- mV em 29 e 34% respectivamente (p<0,001) versus 3% com atenolol (p=ns). Durante a monitorização por Holter, a frequência de episódios isquêmicos diminuiu em 28% com anlodipino (p=0,083), em 57% com atenolol (p<0,001) e em 72% com a combinação (p < 0,05 x monoterapia; p < 0,001 x placebo).

O tempo de exercício para se ter angina aumentou em 29% com anlodipino (p < 0,01), em 16% com atenolol (p < 0,05) e em 39% com a combinação (p<0,005 x placebo, atenolol e anlodipino). Em pacientes com angina, o tempo total de exercício aumentou em 16% com anlodipino (p<0,001), em 4% com atenolol (p=ns) e em 19% com a combinação (p<0,05 x placebo e qualquer monoterapia). A combinação foi mais eficaz em ambas as avaliações do que qualquer dos dois agentes utilizados isoladamente. 

Pacientes com angina pectoris que permanecem sintomáticos apesar de terem efeito beta-bloqueador eficaz, foram avaliados para o uso aditivo de um antagonista dos canais de cálcio diidropiridínico, em estudo paralelo, duplo-cego, randomizado, controlado com 147 pacientes com angina e teste de esforço positivo para isquemia, apesar do beta-bloqueio ideal com atenolol (frequência cardíaca em repouso < 60 batimentos/min). Os pacientes foram randomizados para o atenolol e/ou o placebo (controle),e atenolol e/ou o anlodipino. O principal resultado avaliado foi a tolerância ao exercício após 8 semanas, em comparação com linha de base.

O número de pacientes com dor torácica durante o exercício diminuiu significativamente no grupo que recebeu anlodipino (p=0,04 vs controle). O subgrupo de pacientes com início de dor torácica precoce (<6 minutos) mostrou um aumento significativo para o tempo de ocorrência de dor no peito após a adição de anlodipino (p<0,0001 vs controle). No grupo com anlodipino, a depressão do segmento ST e o duplo-produto em carga de trabalho submáxima diminuiu para 0,4 milímetros (0,56) (p=0,03 vs controle) e 1.223 (2.652) batimentos/min x mm de Hg (p= 0,01 vs controle). O número de pacientes em cada grupo, com eventos adversos não foi diferente.

Características Farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

O besilato de anlodipino pertence ao grupo dos antagonistas dos canais de cálcio diidropiridínicos. Provoca a inibição do fluxo transmembrana de íons cálcio (no músculo cardíaco) seletivamente, através de membranas celulares. É um vasodilatador arterial periférico que atua diretamente no músculo liso vascular e causa redução na resistência vascular periférica e redução da pressão arterial. Na angina de esforço reduz a resistência periférica total contra a qual o coração trabalha e reduz a demanda miocárdica de oxigênio em qualquer nível de exercício. 

Como com outros antagonistas dos canais de cálcio, em pacientes com função ventricular normal, ocorre um discreto aumento na frequência cardíaca sem influência significativa na pressão diastólica final do ventrículo esquerdo. Estudos demonstraram que o besilato de anlodipino não está associado a um efeito inotrópico negativo quando administrado na dose terapêutica, mesmo quando administrado com betabloqueadores. Não produz alteração na função nodal sinoatrial ou atrioventricular. 

O atenolol é um betabloqueador cardio-seletivo, ou seja, age predominantemente bloqueando os receptores ?1 que se situam principalmente nas fibras miocárdicas, apresentando menor ação sobre os receptores ?2 (localizados na musculatura lisa dos brônquios e dos vasos periféricos). Apresenta, portanto, menor possibilidade de efeitos adversos quando comparado aos betabloqueadores não seletivos, em pneumopatas crônicos, asmáticos, fumantes, portadores de vasculopatias periféricas e diabéticos. Entretanto, este efeito preferencial não é absoluto, pois em altas doses, a cardiosseletividade não é observada. É provável que a ação do atenolol na redução da frequência e contratilidade cardíaca, faça com que ele seja eficaz na eliminação ou redução de sintomas de pacientes com angina.

Propriedades farmacocinéticas 

Após administração oral de doses terapêuticas, o anlodipino é bem absorvido com picos de níveis plasmáticos que ocorrem 6 a 12 horas após a administração da dose. A biodisponibilidade absoluta foi estimada entre 64 e 80%. O volume de distribuição é de aproximadamente 21L/kg. A absorção do anlodipino não é alterada pela ingestão de alimentos. A meia-vida de eliminação terminal plasmática é cerca de 35 a 50 horas, o que é consistente com a dose única diária. Os níveis do steady-state plasmático são obtidos após 7 a 8 dias de doses consecutivas. O anlodipino é amplamente metabolizado no fígado em metabólitos inativos com 10% do fármaco inalterado e 60% dos metabólitos excretados na urina. 

O anlodipino não foi associado a qualquer efeito metabólito adverso ou alteração nos lípides plasmáticos, sendo adequado para o uso em pacientes com asma, diabetes ou gota. 

Os estudos in vitro demonstraram que cerca de 97,5% do anlodipino circulante está ligado às proteínas plasmáticas. A absorção do atenolol após a administração oral é consistente, mas incompleta (aproximadamente 40 a 50%), com picos de concentração plasmática que ocorrem 2 a 4 horas após a administração da dose.

Os níveis sanguíneos de atenolol são consistentes e sujeitos à pequena variabilidade. Não há metabolismo hepático significativo e mais de 90% da quantidade absorvida alcança a circulação sistêmica inalterada. A meia-vida plasmática é cerca de 6 horas, mas pode se elevar na presença de comprometimento renal grave, uma vez que os rins são a principal via de eliminação. O atenolol penetra muito pouco nos tecidos devido a sua baixa solubilidade lipídica, e sua concentração no cérebro é baixa. Sua ligação às proteínas plasmáticas é baixa (aproximadamente 3%). 

O atenolol é efetivo por pelo menos 24 horas após dose oral única diária. Essa simplicidade de dose facilita a aceitação do tratamento por parte do paciente. 

Atenolol + Besilato de Anlodipino (substância ativa) é a combinação de dois anti-hipertensivos, os quais apresentam ações complementares e sinérgicas. Assim, quando comparado com os componentes isolados, se obtém um maior efeito anti-hipertensivo e menor incidência de efeitos adversos (dose-dependente). Portanto, a combinação entre atenolol e anlodipino demonstra ser mais eficaz e tolerável em relação aos fármacos isolados.

Cuidados de Armazenamento

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30oC). Proteger da luz e umidade.

Atenção: não armazenar este produto em locais quentes e úmidos (ex: banheiro, cozinha, carros etc.)

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do produto

  • - Anaten 5mg + 25mg: cápsula de cor branca e vermelha, contendo pó branco e comprimido revestido circular de coloração verde;
  • - Anaten 5mg + 50mg: cápsula de cor branca e azul, contendo pó branco e comprimido circular de coloração verde.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.?

Dizeres Legais

Venda sob prescrição médica.

M.S.: 1.0043.0935
Farm. Resp.: Dra. Sônia Albano Badaró – CRF-SP 19.258

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