Para que serve Kalist é um medicamento que contém hormônio (dienogeste) para o tratamento dos sintomas dolorosos das lesões da endometriose (migração e crescimento do tecido da parede interna do útero fora da cavidade uterina).Continue lendo...
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Ir para a lojaATENÇÃO: O texto abaixo deve ser utilizado apenas como uma referência secundária. É um registro histórico da bula, rótulo ou manual do produto. Este texto não pode substituir a leitura das informações que acompanha o produto, cujo fabricante podem mudar a formulação, recomendação, modo de uso e alertas legais sem que sejamos previamente comunicados. Apenas as informações contidas na própria bula, rótulo ou manual que acompanha o produto é que devem estar atualizadas de acordo com a versão comercializada porém, no caso de qualquer dúvida, consulte o serviço de atendimento ao consumidor do produto ou nossa equipe.
Kalist é um medicamento que contém hormônio (dienogeste) para o tratamento dos sintomas dolorosos das lesões da endometriose (migração e crescimento do tecido da parede interna do útero fora da cavidade uterina). A ingestão de um comprimido por dia de Kalist leva à redução do tecido afetado (endométrio) e diminui os sintomas associados, como por exemplo, dor pélvica e sangramentos menstruais dolorosos.
A substância ativa deste medicamento, o dienogeste, é um hormônio que age diminuindo a produção e a ação de um outro hormônio do organismo – o estradiol – no endométrio (camada de tecido que reveste a parede interna do útero), levando à redução da produção de células do tecido afetado (endométrio).
Se alguma destas condições aparecer pela primeira vez durante o uso de Kalist, pare de tomá-lo e consulte seu médico imediatamente.
A ingestão dos comprimidos de Kalist pode ser iniciada em qualquer dia do ciclo menstrual. A dose recomendada de Kalist é de um comprimido por dia sem intervalo de pausa, tomado, preferencialmente, no mesmo horário todos os dias, com um pouco de líquido, se necessário. Os comprimidos devem ser tomados continuamente, independentemente de sangramento vaginal.
Portanto, ao término de uma cartela, outra deve ser iniciada a seguir, sem interrupção.
O Kalist não é indicado para crianças antes da menarca. A segurança e eficácia de Kalist em adolescentes (menarca a 18 anos) ainda não foi totalmente estabelecida.
Não há dados que sugiram a necessidade de ajuste de dose em pacientes com alteração da função dos rins.
O seu médico irá informar por quanto tempo você deve tomar Kalist.
Se ocorrer vômito ou diarreia intensa, a substância ativa do comprimido pode não ter sido absorvida completamente. Se ocorrer vômito no período de 3 a 4 horas após a ingestão do comprimido, é como se você tivesse esquecido de tomá-lo.
Portanto, siga o mesmo procedimento indicado no item “O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Kalist?”, logo abaixo. Consulte seu médico em quadros de diarreia intensa.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
A eficácia de Kalist pode ser diminuída em caso de esquecimento da tomada do medicamento, vômitos e/ou diarreia intensos (se ocorrerem dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de um comprimido). Em caso de esquecimento, tome apenas um comprimido assim que se lembrar e continue no dia seguinte a tomar os comprimidos no horário habitual. Um comprimido não absorvido devido a vômito ou diarreia deve ser igualmente substituído por outro comprimido.
Se você interromper a ingestão de Kalist, os sintomas originais de endometriose podem voltar a ocorrer.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião dentista.
Antes de iniciar o uso de um medicamento, é importante ler as informações contidas na bula, verificar o prazo de validade e a integridade da embalagem. Mantenha a bula do produto sempre em mãos para qualquer informação necessária.
Leia com atenção as informações presentes na bula antes de usar o produto, pois ela contém informações sobre os benefícios e os riscos associados ao uso do produto. Você também encontrará informações sobre o uso adequado do medicamento. Converse com o seu médico para obter mais esclarecimentos sobre a ação do produto e sua utilização.
Em caso de agravamento de qualquer reação adversa ou ocorrência de uma reação adversa que não esteja listada nesta bula, consulte seu médico.
Consulte o seu médico antes de tomar Kalist.
Nesta bula estão descritas situações em que o uso de Kalist deve ser descontinuado, e outras que pode haver diminuição da sua eficácia.
Com base nos dados científicos disponíveis, a ovulação é inibida na maioria das pacientes durante o tratamento com Kalist. Entretanto, Kalist não é um contraceptivo. Para evitar a gravidez durante o tratamento com o produto, você deve evitar relação sexual ou então utilizar adicionalmente um método contraceptivo não-hormonal, como por exemplo, preservativo ou outro método de barreira. Não utilize o método de ritmo ou da temperatura, pois estes métodos podem não ser eficazes, uma vez que Kalist modifica as variações comuns da temperatura e do muco cervical que ocorrem durante o ciclo menstrual.
Se o Kalist for utilizado na presença de qualquer uma das condições listadas a seguir, você precisará ser mantida sob cuidadosa observação. Fale com seu médico.
Se alguma das condições acima aparecer pela primeira vez, reaparecer ou piorar durante o uso de Kalist, consulte seu médico.
Trombose é a formação de um coágulo sanguíneo que pode bloquear uma veia ou uma artéria (embolia).
A trombose, às vezes, ocorre nas veias profundas das pernas (trombose venosa profunda). Se um coágulo se deslocar das veias onde foi formado, e alcançar e bloquear as artérias dos pulmões, pode causar a chamada “embolia pulmonar”.
A trombose venosa profunda é uma ocorrência rara, que pode se desenvolver se você estiver ou não tomando Kalist. Ela também pode ocorrer durante a gravidez.
O risco de tromboembolismo (trombose venosa profunda, embolia pulmonar) parece ser ligeiramente mais alto em usuárias de medicamentos hormonais (contendo progestógenos), como Kalist, do que em não- usuárias, mas este risco não é tão elevado quanto o risco durante a gestação.
O risco de apresentar trombose venosa profunda é temporariamente aumentado como resultado de uma cirurgia ou imobilização prolongada (por exemplo, quando você fica acamada com a(s) perna(s) engessada(s) ou com tala). Mulheres em uso de Kalist podem apresentar risco ainda maior.
Informe seu médico que você está utilizando Kalist com bastante antecedência em caso de qualquer hospitalização ou cirurgia programada.
Seu médico poderá solicitar a interrupção do tratamento com Kalist algumas semanas antes da cirurgia ou do tempo previsto de imobilização. Seu médico também irá informar quando você pode começar a tomar Kalist novamente, após sua recuperação.
O risco de tromboembolismo também está aumentado logo após o parto. Muito raramente também podem ocorrer coágulos em vasos sanguíneos do coração (causando ataque cardíaco ou infarto) ou do cérebro (causando derrame).
Estudos mostram que há pequena ou nenhuma evidência para associação entre medicamentos contendo progestógenos como Kalist e o risco aumentado de ataque do coração ou derrame. O risco destes eventos está mais relacionado ao aumento da idade, hipertensão e tabagismo. Em mulheres com hipertensão, o risco de derrame pode ser um pouco aumentado por medicamentos contendo progestógenos, como Kalist.
Se você desenvolver pressão arterial alta durante o uso de Kalist, fale com seu médico, ele pode recomendar que você interrompa o tratamento. Em raras ocasiões a trombose pode causar deficiências graves e permanentes ou mesmo ser fatal.
Se você observar possíveis sinais de trombose, pare de tomar Kalist e consulte imediatamente seu médico.
Os seguintes achados relativos aos contraceptivos orais combinados (“pílula”) também podem ser verdadeiros para usuárias de Kalist, embora as evidências não sejam conclusivas para os medicamentos que contém somente progestógenos, como Kalist.
O câncer de mama foi diagnosticado com frequência levemente maior em mulheres usuárias de pílula do que em mulheres da mesma idade não-usuárias de pílula.
Este ligeiro aumento no número de diagnósticos de câncer de mama desaparece gradualmente ao longo de 10 anos após a interrupção do uso da pílula. Não se sabe se essa diferença é causada pela pílula. É possível que as mulheres tenham sido examinadas com mais frequência e por isso o câncer de mama foi diagnosticado mais precocemente.
Raramente, tumores do fígado e, ainda mais raramente, tumores malignos do fígado foram relatados em usuárias de pílula. Estes tumores podem levar a sangramento interno (hemorragia interna). Consulte seu médico imediatamente se você apresentar dor muito intensa no abdome.
O tratamento com Kalist altera o padrão do sangramento menstrual na maioria das mulheres. O sangramento uterino, por exemplo, em mulheres com adenomiose ou leiomioma uterinos, pode ser agravado com Kalist.
Se o sangramento for intenso e contínuo, pode causar anemia (grave em alguns casos). Nestes casos, consulte seu médico, ele pode recomendar que você interrompa o tratamento com Kalist.
Uma vez que Kalist não deve ser utilizado durante a gravidez, recomenda-se que você utilize métodos não-hormonais de contracepção, tal como um método de barreira (por exemplo, preservativo) para prevenir a gravidez. Você não deve utilizar contraceptivos contendo hormônios sexuais de nenhuma forma (comprimido, adesivo, sistema intrauterino) enquanto estiver usando Kalist.
Se excepcionalmente você ficar grávida durante o tratamento com dienogeste (medicamento que contém progestógeno), a probabilidade de ocorrer uma gravidez extrauterina (quando o embrião se desenvolve fora do útero) é mais alta. Informe seu médico antes de iniciar o uso de Kalist se você já teve uma gravidez extrauterina ou se tem algum problema nas trompas (trompas de Falópio).
Se você apresentar sintomas abdominais sem razão aparente, que sejam diferentes dos sintomas de endometriose que você já apresenta comumente, consulte imediatamente seu médico, pois existe a possibilidade de ser uma gravidez extrauterina.
Folículos ovarianos persistentes (frequentemente chamados de “cistos funcionais de ovário”) podem ocorrer durante o uso de Kalist. A maioria destes folículos não está associada a qualquer sintoma.
Se você apresentar sintomas abdominais diferentes dos sintomas de endometriose que você tem comumente, consulte imediatamente seu médico. Na maioria dos casos os folículos aumentados desaparecem espontaneamente após 2 ou 3 meses de observação.
Durante o tratamento com Kalist, seu médico irá solicitar seu retorno para realizar exames regulares.
Como todos os medicamentos, Kalist pode causar efeitos indesejáveis, embora nem todas as pessoas apresentem estes efeitos. As reações adversas podem ser mais frequentes durante os primeiros meses após o início do tratamento com Kalist e geralmente desaparecem com o uso continuado.
Embora o seu fluxo menstrual possa permanecer inalterado, você também pode apresentar alterações em seu padrão de sangramento, como por exemplo, sangramento frequente, pouco frequente, irregular, prolongado ou este pode ser interrompido completamente.
Além das reações adversas listadas em outras seções (por exemplo, “Kalist e a trombose” e “Kalist e o câncer”), a seguir, são descritas as reações adversas que podem ocorrer com dienogeste em ordem de frequência:
Se você apresentar qualquer reação adversa, inclusive uma possível reação que não esteja descrita nesta bula, fale com seu médico.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Não há indicação relevante de Kalist para a população idosa.
Não tome Kalist se você tiver alteração da função do fígado.
Os poucos dados disponíveis sobre mulheres expostas ao Kalist durante a gravidez não revelaram risco especial. Entretanto, Kalist não deve ser utilizado por mulheres grávidas, pois não há necessidade de tratar a endometriose durante a gravidez. O seu médico irá se certificar de que você não está grávida antes de iniciar o tratamento com Kalist.
O tratamento com Kalist durante a amamentação não é recomendado. Dados disponíveis indicam que o dienogeste passa para o leite materno.
Deve-se decidir sobre a descontinuação da amamentação ou do tratamento com Kalist considerando os benefícios da amamentação para a criança e os benefícios do tratamento com dienogeste para a mulher.
Com base nos dados disponíveis, a ovulação é inibida na maioria das pacientes durante o tratamento com Kalist, entretanto, Kalist não é um contraceptivo. Deve-se utilizar um método contraceptivo não-hormonal como meio de prevenção da gravidez.
Baseado em dados disponíveis, o ciclo menstrual retorna ao normal no período de 2 meses após a interrupção do tratamento com Kalist.
Peça orientações ao seu médico ou farmacêutico antes de usar Kalist ou qualquer outro medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Dienogeste: 2mg.
Excipientes: povidona, lactose monoidratada, amido, crospovidona, talco, estearato de magnésio.
Você não deve tomar mais comprimidos de Kalist do que a quantidade indicada pelo seu médico.
Não houve relatos de efeitos prejudiciais graves da ingestão de muitos comprimidos de Kalist de uma só vez. Não há antídoto específico. Se você descobrir que uma criança tomou este medicamento, procure seu médico.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Os progestógenos, incluindo o dienogeste, são metabolizados, principalmente pelo sistema do citocromo P450 3A4 (CYP 3A4) localizado na mucosa intestinal e no fígado. Portanto, indutores ou inibidores do CYP3A4 podem afetar o metabolismo do progestógeno.
Uma depuração aumentada de hormônios sexuais devido à indução enzimática pode reduzir o efeito terapêutico de dienogeste e pode resultar em reações adversas, como, por exemplo, alterações no perfil de sangramento uterino.
Uma depuração reduzida de hormônios sexuais devido à inibição enzimática pode aumentar a exposição ao dienogeste e resultar em reações adversas.
Fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e possivelmente também oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos contendo erva-de-São João. A indução enzimática já pode ser observada após alguns dias de tratamento.
De modo geral, observa-se indução enzimática máxima dentro de algumas semanas. Após a interrupção do tratamento a indução enzimática pode ser mantida durante aproximadamente 4 semanas.
O efeito indutor da rifampicina sobre o CYP3A4 foi estudado em mulheres sadias na pós-menopausa.
A coadministração de rifampicina com comprimidos de valerato de estadiol/dienogeste levou a diminuições significativas das concentrações no estado de equilíbrio e exposições sistêmicas do dienogeste. A exposição sistêmica ao dienogeste no estado de equilíbrio, medida pela (área sob a curva, 0 – 24h), foi diminuída em cerca de 83%.
Quando coadministrados com hormônios sexuais, muitos inibidores das proteases e inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa dos vírus da imunodeficiência humana (HIV) e da hepatite C (HCV), podem aumentar ou diminuir as concentrações plasmáticas da progestina. Em alguns casos, estas alterações podem ser clinicamente relevantes.
O dienogeste é um substrato da enzima 3A4 do citocromo P450 (CYP). Inibidores potentes e moderados do CYP3A4, tais como antifúngicos azólicos (por exemplo, itraconazol, voriconazol, fluconazol), verapamil, macrolídeos (por exemplo, claritromicina, eritromicina), diltiazem e suco de toranja (“grapefruit”) podem aumentar as concentrações plasmáticas desta progestina.
Em um estudo que investigou o efeito de inibidores do CYP3A4 (cetoconazol, eritromicina) na combinação valerato de estradiol/dienogeste, os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio de dienogeste aumentaram. A coadministração com o potente inibidor cetoconazol resultou em aumento de 2,86 vezes da AUC (0-24 h) de dienogeste, no estado de equilíbrio para o dienogeste. Quando coadministrado com o inibidor moderado eritromicina, a AUC (0-24 h) de dienogeste no estado de equilíbrio aumentou em 1,62 vezes. A relevância clínica destas interações é desconhecida.
Com base em estudos de inibição in vitro, é improvável que haja interação clinicamente relevante entre dienogeste e o metabolismo de outros medicamentos mediado pela enzima do citocromo P450.
Deve-se consultar também as informações contidas na bula do medicamento utilizado concomitantemente, para verificar possíveis interações.
O uso de progestógenos pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos do fígado, tireoide, função renal e adrenal, níveis plasmáticos de proteínas (carreadoras), por exemplo, frações lipoproteicas/lipídicas, parâmetros do metabolismo de carboidratados e parâmetros da coagulação e fibrinólise.
De modo geral, as alterações permanecem dentro da faixa laboratorial normal.
Uma refeição padronizada com alto teor de gordura não afetou a biodisponibilidade de dienogeste.
Foi demonstrada a superioridade de dienogeste em relação ao placebo na redução da dor pélvica associada à endometriose (DPAE) e redução clinicamente significativa da dor comparada aos valores iniciais em um estudo de 3 meses incluindo 102 pacientes com dienogeste.
A DPAE foi medida com uma escala visual analógica (EVA) (0 – 100 mm). Após 3 meses de tratamento com dienogeste, foram demonstradas diferenças estatisticamente significativas comparadas ao placebo (? = 12,3 mm; 95% IC: 6,4 – 18,1; p < 0,0001) e redução clinicamente significativa da dor comparada aos valores iniciais (redução média = 27,4 mm ± 22,9).
Após 3 meses de tratamento, foi alcançada redução da DPAE de cerca de 50% ou mais sem aumento relevante da medicação concomitante para dor em 37,3% das pacientes tratadas com dienogeste (versus placebo: 19,8%); uma redução de DPAE de cerca de 75% ou mais sem aumento relevante da medicação para dor foi alcançada em 18,6% das pacientes tratadas com dienogeste (versus placebo: 7,3%).
Este estudo controlado com placebo foi estendido de forma aberta e seus resultados demonstraram melhora contínua da endometriose associada à dor pélvica com uma duração de tratamento de até 15 meses (redução média ao final do tratamento = 43,2 ± 21,7 mm) da EVA.
Adicionalmente, a eficácia na dor pélvica associada à endometriose foi demonstrada em um estudo comparativo de 6 meses com dienogeste comparado ao análogo do GnRH acetato de leuprorelina (AL) incluindo 120 pacientes em tratamento com dienogeste. A DPAE foi também medida sobre uma EVA (0 – 100 mm). Foi observada redução clinicamente significativa da dor comparada aos valores iniciais em ambos os grupos de tratamento (dienogeste: 47,5 ± 28,8 mm versus AL: 46,0 ± 24,8 mm). Foi demonstrada não-inferioridade em comparação ao AL baseado em uma margem pré-definida de 15 mm (p < 0,0001).
Três estudos incluindo um total de 252 pacientes que receberam diariamente 2 mg de dienogeste demonstraram redução substancial das lesões endometrióticas após 6 meses de tratamento.
Em um estudo pequeno (n = 8 por grupo de dose), uma dose diária de 1 mg de dienogeste demonstrou induzir um estado anovulatório após 1 mês de tratamento. O dienogeste não foi testado para eficácia contraceptiva em estudos maiores.
O dienogeste é um derivado da nortestosterona com atividade antiandrogênica de aproximadamente um terço da atividade do acetato de ciproterona. O dienogeste liga-se ao receptor de progesterona no útero humano com apenas 10% da afinidade relativa da progesterona. Apesar de sua baixa afinidade pelo receptor de progesterona, o dienogeste apresenta potente efeito progestogênico in vivo. O dienogeste não apresenta atividade androgênica, mineralocorticoide ou glicocorticoide significativa in vivo.
O dienogeste age sobre a endometriose reduzindo a produção de estradiol endógeno e desta forma, suprimindo os efeitos tróficos do estradiol tanto sobre o endométrio eutópico quanto ectópico. Quando administrado continuamente, o dienogeste leva a um meio endócrino hipergestagênico, hipoestrogênico, causando decidualização inicial do tecido endometrial seguido de atrofia das lesões endometrióticas. Propriedades adicionais, tais como efeitos antiangiogênicos e imunológicos, parecem contribuir para a ação inibitória do dienogeste sobre a proliferação celular.
Os níveis de estrogênio endógeno são apenas moderadamente suprimidos durante o tratamento com dienogeste.
A densidade mineral óssea (DMO) foi avaliada em 21 pacientes antes e após 6 meses do tratamento e não houve redução na média da DMO.
Não foi observado impacto significativo sobre os parâmetros laboratoriais padrão, incluindo hematologia, bioquímica do sangue, enzimas hepáticas, lipídeos e hemoglobina glicosada (HbA1C) durante o tratamento com dienogeste até 15 meses (n = 168).
O dienogeste administrado por via oral é rápido e quase completamente absorvido.
Concentrações séricas máximas de 47 ng/mL são alcançadas em aproximadamente 1,5 hora após ingestão de dose única. A biodisponibilidade é de cerca de 91%. A farmacocinética do dienogeste é proporcional à dose dentro do intervalo de 1 a 8 mg.
O dienogeste liga-se á albumina sérica e não se liga às globulinas de ligação dos hormônios sexuais (SHBG) nem às globulinas de ligação dos corticosteroides (CBG). Dez por cento do total das concentrações séricas do medicamento apresentam-se na forma livre do esteroide e 90% ligam-se de forma não específica à albumina.
O volume aparente de distribuição (Vd/F) de dienogeste é 40 L.
O dienogeste é completamente metabolizado pelas vias conhecidas do metabolismo de esteroides, com a formação de metabólitos em sua maior parte endocrinologicamente inativos.
Com base em estudos in vitro e in vivo, a citocromo P450 (CYP3A4) é a principal enzima envolvida no metabolismo do dienogeste. Os metabólitos são excretados muito rapidamente de modo que a fração predominante no plasma é a forma inalterada do dienogeste.
A taxa de depuração metabólica sérica Cl/F é 64 mL/min.
Os níveis séricos de dienogeste diminuem em duas fases. A fase de disposição terminal é caracterizada por meia-vida de aproximadamente 9 a 10 horas. O dienogeste é excretado na forma de metabólitos que são excretados em uma razão urina/fezes de cerca de 3:1, após administração oral de 0,1 mg/Kg. A meia-vida de excreção urinária dos metabólitos é de 14 horas. Após administração oral, aproximadamente 86% da dose administrada é eliminada dentro de 6 dias, a maior parte sendo excretada dentro das primeiras 24 horas, principalmente na urina.
A farmacocinética do dienogeste não é influenciada pelos níveis de SHBG. Após ingestão diária, os níveis séricos do medicamento aumentam cerca de 1,24 vezes, alcançando as condições do estado de equilíbrio após 4 dias de tratamento. A farmacocinética do dienogeste após administração repetida de dienogeste pode ser prevista a partir da farmacocinética de dose única.
Os dados pré-clínicos não revelaram risco especial para humanos baseado em estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade de reprodução. No entanto, deve-se ter em mente que esteroides sexuais podem promover o crescimento de certos tecidos e tumores dependentes de hormônio.
O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15oC e 30oC), conservado em sua embalagem original, protegido da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Kalist é um comprimido circular biconvexo de cor branca a quase branca, homogêneo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Venda sob prescrição médica.
MS - 1.0573.0494
Farmacêutica Responsável: Gabriela Mallmann CRF-SP no. 30.138
Fabricado por:
Indústria Farmacêutica Melcon do Brasil S.A. Anápolis – GO
Registrado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 - 20o andar São Paulo - SP
CNPJ 60.659.463/0029-92
Indústria Brasileira.
Fabricante |
ACHÉ |
Princípio ativo |
Dienogeste |
Categoria do medicamento |
Medicamentos de A-Z |
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