A cefaleia tensional costuma ser a mais prevalente e pode ser aguda ou crônica. Como o nome diz, resulta da tensão prolongada da musculatura cervical (ao redor do pescoço) e da musculatura ao redor do crânio. Em geral, é uma dor em peso ou aperto, bilateral, de intensidade leve ou moderada, que se manifesta na testa, na nuca ou na parte de cima da cabeça. A duração da crise varia bastante. No entanto, em geral não impede que a pessoa exerça suas atividades rotineiras.
Na cefaleia em salvas (cluster headache), a dor é pulsátil, muito forte, de um lado só, na região temporo-frontal, na face e na órbita ou no fundo de um dos olhos. Queda da pálpebra, congestão ocular (o olho fica vermelho e lacrimejante), obstrução nasal e coriza são outros sintomas que se manifestam também no lado afetado pela dor. As crises vêm agrupadas, são diárias (de uma a oito por dia), muitas vezes ocorrem durante a noite, e podem repetir-se por dias ou meses. Assim como desaparecem de uma hora para outra (remissão espontânea), podem voltar de repente.
Acredita-se que a cefaleia em salvas tenha origem no hipotálamo, uma estrutura cerebral ligada aos ciclos sono-vigília, e que haja alguma correlação entre essa dor e a apneia do sono. O distúrbio se manifesta mais nos homens do que nas mulheres, durante a segunda e terceira décadas da vida.
A enxaqueca, ao contrário, afeta mais as mulheres. Também chamada de migrânea, é um distúrbio neurovascular crônico, multifatorial e incapacitante. As crises podem surgir em qualquer idade, mas é mais comum terem início na adolescência.
O sintoma característico é a dor de cabeça unilateral e latejante, de intensidade média ou forte, que pode ser precedida por uma aura premonitória (embaçamento da visão ou aparecimento de pontos luminosos, manchas ou linhas em zigue-zague). Outros sintomas são náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia), aos sons (fonofobia), aos movimentos e irritabilidade.