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Truvada - 200 Mg + 300 Mg C/30 Comprimidos

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Bula - Truvada - 200 Mg + 300 Mg C/30 Comprimidos

Para que serve o Truvada?

O Truvada é um medicamento que possui uma combinação de Tenofovir e de FTC, ou Emtricitabina. Os dois medicamentos são antivirais, impedindo que o vírus HIV se multiplique no organismo.

O Truvada não é um medicamento que traz a cura para pessoas contaminadas pelo HIV, ou seja não impede portanto, que a pessoa adquira a AIDS, mas tem o objetivo de impedir que o vírus provoque doenças causadas pela imunodeficiência que atacam o organismo do paciente.

Trata-se de um medicamento que deve ser usado em conjunto com a prática de sexo seguro para assim prevenir o risco de infecção para adultos com HIV negativo e deve ser tomado com esse único propósito, havendo, no entanto, o alerta de que o Truvada pode não oferecer proteção para determinadas pessoas.

O Truvada pode ser utilizado para os seguintes casos:

  • Tratamento de infecção pelo HIV (em combinação com outros medicamentos) para adultos e crianças que tenham peso maior do que 17 quilos;
  • Redução do risco de infecção pelo HIV em pessoas adultas com HIV negativo ou que tenham risco de contrair a infecção, ou seja, para profilaxia pré-exposição (PrEP).

Como o Truvada Funciona?

Os medicamentos que compõem o Truvada, Emtricitabina e Tenofovir, são integrandes de uma classe de princípios anti-retrovirais, atuando como medicamentos do grupo de reversa de análogos de nucleósidos e de inibidores de transcriptase, ou RNITs.

Veja abaixo a composição do medicamento Truvada.

composicao-medicamento-truvada

Esse tipo de medicamento deve ser usado em combinação com outros anti-retrovirais para tratamento da infecção pelo vírus de imunodeficiência humana, o HIV.

Medicamentos anti-retrovirais agem no organismo interferindo nas enzimas necessárias para a multiplicação do vírus HIV. Dessa forma, conseguem reduzir a quantidade do vírus no organismo, ajudando o sistema imunológico e aumentando a quantidade de células protetoras, denominadas CD4 (T).

É importante ressaltar que o uso do medicamento não cura a infecção pelo vírus HIV, apenas ajuda o organismo a combater doenças oportunistas por ele causadas.

Como funciona a profilaxia pré-exposição(PrEP)?

A Profilaxia Pré-exposição (PrEP) ao vírus da imunodeficiência humana, o HIV, é uma estratégia de prevenção que envolve a utilização de um medicamento antirretroviral (ARV), por pessoas não infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de relações sexuais.

O Truvada é um medicamento indicado para profilaxia pré-exposição, ou PrEP, desde que combinado com práticas de sexo seguro, reduz o risco de contaminação em pessoas com alto risco.

Com essa propriedade, o Truvada pode ser usado por pessoas que mantém relações com um parceiro sexual HIV positivo, ajudando a reduzir o risco de infecção pelo vírus da AIDS.

O Truvada pode ser disponibilizado com outras marcas ou em formatos diferentes, embora possa não estar disponível ou aprovado para todas as condições descritas anteriormente. Além disso, pode haver formas do medicamento que não são aplicáveis a todas as indicações, o que deve levar o paciente ou usuário a tomar os devidos cuidados na sua utilização.

Estudos cllínicos e laboratoriais do Truvada

Os estudos cllínicos e laboratoriais para aprovação do Truvada tiveram como base um ensaio clínico de fase III, denominado Iniciativa de Profilaxia de Pré-Exposião (iPrEx), realizado com 2.499 homens não infectados pelo vírus HIV.

Os testes foram patrocinados pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) e pela Fundação Bill e Melinda Gates, tendo como medida de resultado primária encontrar soropositivos para a seroconversão em 36 meses.

Como medidas de resultado secundárias estabeleceu-se encontrar mudanças na densidade mineral óssea, resistência a medicamentos em pacientes com HIV e prevalência de infecções sexualmente transmissíveis no prazo de 42 meses.

Os resultados do estudo demonstraram que o Truvada trouxe redução no risco de contaminação pelo HIV em 42% dos voluntários, reduzindo também a taxa de infecção em 43,8% dos homens homossexuais.

Além desse estudo, foi considerado também outro para aprovação do medicamento pelo FDA (Food and Drug Administration), como trigagem PrEP para parceiros, tendo a participação de 4.758 casais hererossexuais, em que um dos parceiros estava infectado pelo vírus HIV, enquanto que o outro não era soropositivo.

Esse segundo estudo foi patrocinado pela Universidade de Washington em parceria com a Fundação Bill e Melinda Gates, realizado entre maio de 2008 e junho de 2012. O estudo teve a característica aleatória, de dupla ocultação e paralela, avaliando a segurança e eficácia do Truvada em comparação com um placebo.

Os resultados desse estudo demonstraram que o Truvada conseguiu reduzir o risco de infecção pelo HIV em 75% dos pacientes, quando comparado ao placebo, apresentando alguns efeitos colaterais em um determinado percentual, incluindo perda de peso, diarreia e dores no corpo.

Entre julho de 2008 e abril de 2011 foram realizados ensaios clínicos de Fase IV do medicamento, buscando avaliar a segurança e a eficácia do Truvada para o tratamento de pessoas infectadas pelo vírus HIV-1.

O principal objetivo do estudo foi encontrar a porcentagem de participantes que apresentavam ácido ribonucleico HIV-1 no organismo após 48 semanas. As medidas de resultado secundárias incluiram encontrar a porcentagem de pessoas com Resposta Virológica Pura (RVP) e mudança da linha de base no determinante de agrupamento 4 após 48 semanas.

O estudo, conduzido pelo laboratório Gilead, permitiu o lançamento comercial do Truvada no mercado norte-americano, competindo com outros medicamentos indicados para o HIV, como o Crixivan (Indinavir), produzido pela Merck, e o Edurant (Rilvipirine), da Johnson & Johnson e Titotec.

Efeitos colaterais do Truvada

O Truvada, a exemplo de outros medicamentos de prescrição, pode apresentar efeitos colaterais comuns no tratamento, incluindo náuseas, diarreia, cansaço, dor de cabeça, depressão, tontura, insônia, sonhos anormais e erupções cutâneas.

Em pessoas que utilizam o Truvada para o PrEP, os efeitos colaterais mais comuns se apresentam com dores de cabeça e no estômago, além de redução do peso.

A tabela a seguir apresenta uma lista abrangente dos efeitos colaterais, com sua incidência:

Mais comumMenos comumCom incidência não mencionada
Bolhas sob a peleCegueira ou mudanças na visãoUrina sangrenta ou turva ou mudanças na urina
Dores no corpoIrritação no rosto ou bocaDor óssea
Dificuldade em respirarIrritação, comichão, dormência, dor, formigação, nas mãos, braços, pés ou pernasComa
Congestão nasal Dor no peitoPrisão de ventre
Febre e calafriosDor agudaTosse
Perda de voz temporariamenteComichãoDificuldade em engolir
Dor ou sensibilidade ao redor dos olhos e bochechasIrritação avançada na peleBatimentos cardíacos rápidos ou respiração rápida e superficial
Erupção cutânea com lesões planas ou pequenas lesões ou vermelhidão na peleAgitaçãoAumento da pressão sanguínea
CorizaInchaçoAumento da sede
Dor de gargantaIrritabilidade, Espamos musculares
Manchas na pele parecidas com bolhas ou espinhasDores no estômago, lado ou abdômen, possivelmente irradiando para as costas
Cansaço ou fraqueza incomumInchaço das pálpebras ou ao redor dos olhos, rosto, lábios ou língua, ganho de peso rápido

A tabela, no entanto, não apresenta todos os efeitos colaterais que podem ser provocados com o uso do Truvada. Havendo outros efeitos além dos apresentados, o usuário deve procurar aconselhamento médico.

Nota importante:

No caso de pacientes que já sofrem com problemas renais, o uso do Truvada pode piorar essa condição, podendo provocar insuficiência renal. Em razão disso, o paciente deve passar por ensaios de depuração da creatina (CrCI), verificando as condições dos rins antes e durante o tratamento com o Truvada. Havendo piora nas condições do paciente, o médico deve ajustar as doses da medicação ou fazer a substituição por outros medicamentos.

Contraindicações do Truvada

Para qualquer medicamento de prescrição, o paciente deve informar o médico sobre suas condições de saúde ou sobre possíveis alergias que possa desenvolver. Quaisquer fatos significativos devem ser informados, já que podem afetar a forma como o medicamento é usado.

O Truvada pode desenvolver algumas condições, que devem ser acompanhadas pelo médico, principalmente as que destacamos a seguir:

Ossos

Os componentes do Truvada podem enfraquecer os ossos, devendo o médico monitorar a massa óssea do paciente enquanto ele estiver fazendo uso do medicamento, principalmente quando estiver com risco de fraturas ou doenças nos ossos.

Distribuição de gordura no corpo

O Truvada pode alterar a distribuição da gordura no corpo. Seu uso em longo prazo pode fazer com que a gordura se acumule no estômago, nos seios e nas costas, sendo reduzida em outras partes, como no braço, no rosto e nas pernas.

Hepatite B

Pacientes com hepatite B podem ter o seu quadro agravado quando fazem uso do Truvada. Ao prescrever o Truvada, o médico deve fazer acompanhamento das funções hepáticas em pacientes portadores de hepatite B.

Síndrome inflamatória de reconstituição imune

A síndrome inflamatória de reconstituição imune é o desenvolvimento de sintomas e sinais de inflamação de infecções anteriores. Essa situação pode ocorrer logo após o início da medicação anti-HIV, podendo variar de paciente para paciente. O sistema imune pode melhorar e combater infecções que se apresentem sem sintomas, como herpes, pneumonia, hepatite ou tuberculose.

Funções renais

Com o acúmulo dos princípios ativos do Truvada no organismo, as funções renais podem ser reduzidas. Se isso ocorrer ou se o paciente apresentar qualquer problema renal, deve comunicar ao médico sua condição, podendo afetar a dosagem ou a eficácia do medicamento. Se persistirem os problemas renais, o médico deverá alterar o cronograma de dosagem.

Acidose láctica e gordura no fígado

O uso de Truvada pode gerar uma condição grave e rara, denominada acidose láctica, com acumulação do ácido láctico e com acréscimo de gordura no fígado. O médico deve monitorar o paciente, encaminhando-o para testes de verificação das funções do fígado. O paciente deve procurar imediatamente o médico quando sentir algum dos seguintes sintomas:

  • Tonturas e náuseas;
  • Arritmia cardíaca;
  • Dores de estômago;
  • Cansaço;
  • Frio e fraqueza.

Problemas hepáticos

O uso de Truvada pode provocar problemas hepáticos. As funções hepáticas devem ser monitoradas enquanto o paciente estiver fazendo uso do Truvada, devendo o paciente informar o médico sobre quaisquer sintomas, como os seguintes:

  • Presença de urina escura e diarreia;
  • Perda de apetite e náusea;
  • Fezes pálidas;
  • Perda de peso;
  • Vômitos;
  • Icterícia (amarelamento da pele ou dos olhos).

Pancreatite

O Truvada pode provocar inflamação no pâncreas, exigindo também monitoramento médico, principalmente quando o paciente já possui histórico ou apresenta riscos de desenvolvimento de pancreatite. Sintomas como os seguintes devem ser informados imediatamente ao médico:

  • Dores nas costas;
  • Febre e arrepios;
  • Náuseas;
  • Batimento cardíaco acelerado;
  • Dores abdominais superior esquerda ou abdômen inchado.

Profilaxia pré-exposição

Se o paciente estiver usando o Truvada para a profilaxia pré-exposição, ou PrEp, deve se submeter ao teste de HIV antes de começar o tratamento, repetindo-o a cada 3 meses. Deve também conversar com o médico se apresentar sintomas semelhantes aos da gripe, como cansaço, febre, suores noturnos, diarreia, võmitos, dores nas articulações ou musculares, dores de cabeça e de garganta, inchaço nos gânglios linfáticos no pescoço ou na virilha, já que podem ser sintomas indicativos de infecção pelo HIV.

Gravidez e amamentação

O Truvada não deve ser indicado para mulheres grávidas, a não ser que os benefícios superem os riscos. Se a mulher engravidar durante o tratamento, deve entrar em contato com o médico. Mulheres que estejam amamentando devem evitar o uso de Tkruvada, uma vez que não se sabe se os princípios ativos passam para o leite materno.

Crianças

A eficácia e a segurança do uso de Truvada não foram estabelecidas para crianças.

Interações medicamentosas

O paciente deve informar ao médico sobre o uso de qualquer medicamento que esteja utilizando, mesmo para outros problemas de saúde.

Alguns medicamentos podem interagir com o Tenovofir ou com o FTC, podendo aumentar ou reduzir os níveis do princípio ativo no sangue. O aumento os níveis de medicamentos pode provocar efeitos colaterais ou aumentar os efeitos já existentes. No caso de redução dos princípios ativos, o HIV pode desenvolver resistênciaa, reduzindo as futuras opções de tratamento.

Além disso, existe a possibiltiade de medicamentos que não afetem os níveis dos princípios ativos do Truvada, mas que podem provocar efeitos colaterais semelhantes.

Quando o paciente está fazendo uso de medicamentos que tenham potencial de ação com o Truvada, o médico pode ajustar a dose do Truvada ou prescrever outros medicamentos anti-HIV.

Principais medicamentos que interagem com o Truvada

Os medicamentos listados a seguir interagem ou possuem potencial para interagir com o Truvada:

Atazanavir

O Atazanavir pode aumentar os níveis de Tenofovir na corrente sanguínea. Esses níveis elevados podem levar à toxicidade relacionada com o Tenofovir, devendo o paciente ser monitorado constantemente. O Tenofovir, por seu lado, reduz os níveis de Atazanavir, levando o paciente a tomar Ritonavir para manter os níveis de Atazanavir. Os medicamentos devem ser tomados com alimentos uma vez ao dia.

Lopinavir / Ritonavir

Esse medicamento pode aumentar os níveis de Tenofovir no sangue, também levando à toxicidade. Pacientes que fazem uso do medicamento devem ser monitorados.

Ddl

O Tenofovir aumenta os níveis de Ddl no sangue entre 40 a 60%. Esse aumento pode provocar sintomas de toxicidade relacionadas do Ddl, como pâncreas e glândulas com inchaço doloroso, níveis excessiveos de ácido láctico no sangue ou nervos danificados nas mãos e nos pés. Quando os medicamentos são necessários, é preciso reduzir as doses de Ddl.

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